janeiro 29, 2003

Fiquei olhando ele dormir. Ali, parada, um tempão. Me deu tanta paz. Tive vontade de chorar, mas não de tristeza. Um pouco de alívio, talvez. Por ter medo de tudo o que está se aproximando da minha vida neste exato momento. E por saber que ele vai estar aqui, segurando a minha mão. Levantei, beijei e abracei ele forte, até adormecer também. Acredito que esta pode ser a síntese perfeita da palavra felicidade.

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janeiro 27, 2003


GASTROENTERITE VIRAL.

É a mania do verão 2003 em Porto Alegre. Se você não tiver, seu vizinho terá.

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janeiro 25, 2003

Caros amigos,
Minha intenção nesta breve mensagem é esclarecer sobre o meu repentino sumiço. Durante toda a semana que passou, estive tratando de uma reviravolta que acontecerá em minha vida. Depois conto esta novidade. Agora, relatarei o percalço que enfrento desde a quinta-feira. Na noite deste dia, comecei a passar mal um pouco antes do jantar. Uma dor abdominal muito forte que depois acabou generalizada para todo o corpo. Depois de sair do apartamento do Elio, cheguei em casa ardendo em febre e fui medicada pela minha mãe. Vou resumir o dilema: a febre não cedeu em nenhum momento (somente aumentava), meu quadro não aparentava nem de longe ser uma gripe, comecei a ter crises de náuseas e vômitos, as dores aumentavam a cada hora e, como estava piorando cada vez mais, fui levada para o setor de emergência de uma clínica na Mostardeiro ontem à noite. O médico não conseguiu diagnosticar o que eu tenho. Pediu vários exames de sangue e me deu uma injeção de Buscopan para aliviar a dor insuportável. Depois da injeção consegui dormir. E hoje pela manhã fiz a coleta de sangue e urina. Aproveito uma melhora na minha situação para escrever este post. Mas ainda estou muito cansada, pois não consegui me alimentar direito desde quinta-feira. Retorno quando melhorar ou tiver novidades. Bye.

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janeiro 22, 2003

Tô falida.

Tô falindo...

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The best things in life are free
But you can keep them for the birds and bees
Now give me money
That's what I want
That's what I want, yeah
That's what I want

You're lovin' gives me a thrill
But you're lovin' don't pay my bills
Now give me money
That's what I want
That's what I want, yeah
That's what I want

Money don't get everything it's true
What it don't get, I can't use
Now give me money
That's what I want
That's what I want, yeah
That's what I want, wah

Money don't get everything it's true
What it don't get, I can't use
Now give me money
That's what I want
That's what I want, yeah
That's what I want

Well now give me money
A lot of money
Wow, yeah, I wanna be free
Oh I want money
That's what I want
That's what I want, well
Now give me money
A lot of money
Wow, yeah, you need money
now, give me money
That's what I want, yeah
that's what I want


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janeiro 21, 2003

Elinho, li o teu blog. Não tenho mais informações sobre esta coluna do jornal Zero Hora, de 03 de janeiro de 2003. No entanto, achei o comentário na seção de cartas publicada hoje. Tenho somente uma coisa para dizer:

Não leio o cronista. Nem quando ele escreve sobre futebol, sequer quando ele não tem a mínima vergonha de exibir seu preconceito sobre diversos assuntos e sua mente limitada.

Cronista parvo... Aproveitando que estás na praia, podes me fazer um favor? Enfie sua cabeça na areia... A pose de ema talvez facilite a oxigenação do seu cérebro.

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Ontem, ao chegar em casa, estava com a mente perturbada. Primeiro porque tenho que decidir algumas coisas com urgência. Preciso conciliar e tentar não brigar com duas pessoas que são minhas amigas. Segundo porque vi o filme Fale com Ela e gostei muito, pensei sobre algumas coisas, tive vontade de chorar... Então... entrando no meu prédio pensei: "Não vou conseguir dormir hoje. Estou muito preocupada e impressionada. Deixo os problemas tomarem conta da minha cabeça e fico fantasiando conflitos. Me deixo levar pelas situações, e esqueço de tomar chá de camomila para me acalmar. Ou relaxar." Uma vez, alguém me disse: "Não tens o controle de todas as coisas. Quando descobrires isto, vais ser mais feliz". Não preciso nem dizer: ontem, às 23h45min eu estava AAAAAAAAAAHHHHHHHHH!!!!!!!

Ainda entrando no prédio, resolvi abrir a caixa de correio, mesmo sabendo que não haveria correspondência naquela hora. E, para minha supresa, encontrei um papel amarelo que trazia uma mensagem. Vou transcrever o texto aqui... Ah! Consegui dormir depois disto.

Pedi força e vigor e Deus me mandou dificuldades para me fazer forte;
Pedi sabedoria e Deus me mandou problemas para resolver;
Pedi prosperidade e Deus me mandou energia e cérebro para trabalhar;
Pedi coragem e Deus me mandou situações perigosas para superar;
Pedi amor e Deus me mandou pessoas com problemas para eu ajudar;
Pedi favores e Deus me deu oportunidades;
Não recebi nada do que eu queria;
Recebi tudo o que precisava;
Minhas preces foram atendidas.


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Mocoronga? Eu?

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Tô sumida.

Tô sumindo...

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janeiro 18, 2003

Time was on my side
When I was running down the street
It was no bind bind bind
A suitcase and an old guitar
It's all I need to occupy
A mind like mine

Yes we were born born born
Born to be alive


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janeiro 17, 2003

Momento insólito no meu condomínio... Às 14:27 começou a tocar uma sirene ensurdecedora. Pensei: "Só pode ser o alarme de incêndio". PUTZ!!!! Saí como estava, de pés descalços, avisei a mãe e fui pelas escadas para ver se achava o fogo. Em caso positivo, voltaria para chamar todo mundo. Não vi as chamas. Chegando no térreo, encontrei o nosso porteiro, acalmando várias senhoras e crianças... A molecada quebrou o vidro do alarme e ele saiu berrando...

O problema é que esta é a segunda vez que isto acontece. Na primeira, eu não estava em casa. Foi de manhã e a minha mãe se apavorou tanto que sentia o chão quente... E nas escadas, cachorros, gatos, crianças chorando, velhinhos e velhinhas ainda de pijamas. Chegando lá embaixo: a gurizada.

Ninguém mais acredita no alarme. Na subida de volta, os vizinhos atualizavam comigo a situação e voltavam para dentro dos apartamentos. Brabo seria bater em todas as portas e convencer de que o fogo realmente existia desta vez.

O engraçado da história. Pensando que era incêndio: meu irmão trocou de roupa (?), minha irmã estava na frente da estante pensando que livros levaria e minha mãe saiu correndo atrás de mim (depois de trocar o biquini por um vestido). É claro, se o fogo é a lugar mais "quente" e da hora, é lá que ela queria estar... "Depois de chamar a gente, Lu, o que tu pegaria?" Sei lá. Minha bolsa, uma pasta com meus documentos mais importantes e minha agenda. E o meu computador derreteria, sem terminar de baixar Renegades of Funk, na versão do Rage Against The Machine... Ótima trilha para o momento, não concordam?

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AMBÍGUO adj. (lat. ambiguus, equívoco). 1. Que apresenta duas naturezas diferentes. 2. Que pode ser tomado em mais de um sentido. 3. Incerto, duvidoso. 4. Ininteligível, enigmático.

Realmente, é uma arte...

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Lá estava indo eu. Em direção à Assis Brasil, pronta para trabalhar em mais um dia de Feira do Livro. Ventava muito, e meu cabelo (ajeitado previamente com o secador e minha cera com cheirinho de laranja) parecia uma peruca descontrolada. Imaginem a cena: carregando duas bolsas, vestida de pingüim, com uma muli de salto alto, tropeçando e virando o pé a cada dez passos. Descendo a ladeira, prontinha para um tombo. As forças da gravidade acabaram não afetando minha trajetória. Chegando na avenida, tive que suportar a maratona de lotações cheias, motoristas fazendo aquele sinal que eu, realmente, não aceito... Após 15 minutos, vinda de uma direção iluminada pelo sol da manhã, surge a lotação perfeita. Vazia, motorista com cara de cordialidade e com chegada prevista em tempo no Centro (em tempo de evitar minha demissão). A porta pára bem na minha frente... Vamos, agora é só entrar... Coloco o primeiro pé no degrau, e quando coloco o segundo, minha muli pula instintivamente para fora do meu pé, vai rolando pela escadinha e aterrissa na avenida, junto à calçada. "Ela perdeu o sapato!!!" "Olha ali o pé dela!" "Bah!!!!" "Ohhhhhh!". Não tive dúvidas. Acomodei gentilmente minhas coisas no primeiro banco. E desci as escadas, completamente manca, para apanhar meu sapato, em plena rua. Sentindo a sujeira na planta do pé... Certamente deveria estar preto, combinando plenamente com a minha face vermelha e os olhos pequeninos de vergonha.

E por que esta história justo agora? Pensei que poderia ir novamente até a Assis Brasil, se tivesse deixado o calçado lá. E encontraria meu sapato, cheio de pó e no meio do lixo... Como um reencontro, uma nova chance, de que ele me perdoasse a falta de firmeza nos pés... Na realidade, também pensei que o acontecimento poderia ser um aviso... Para que me livrasse daquele par de sapatos. Não fiz isto. Tenho, até hoje, duas cicatrizes na lateral do pé, provocadas pela muli, depois de tantos quilômetros rodados na feira... E será que isto é outro tipo de aviso? Na realidade, pensei também outra coisa. Que estou com muita saudade de andar descalça na terra, na grama, na areia. Subindo em árvores, comendo a fruta direto do pé, fazendo comidinhas deliciosas com lama, nadando no rio, na cachoeira, empurrando o balanço muito forte para poder voar e subir no topo do eucalipto mais alto... Sapatos para quê? Fui uma criança feliz. Definitivamente. Quero que a minha criança seja feliz.

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janeiro 16, 2003

Peleia: peleja, pugilato, contenda, briga, rusga, disputa, combate, luta entre forças beligerantes.
Pelear: brigar, lutar, combater, pelejar, teimar, disputar.
Pelejar: entrar em combate, lutar.

São sinônimos. Isto já vi. Mas o gaúcho fala Peleia ou Peleja? E por que, de uma hora para outra, os metidos a besta da televisão começaram a usar uma gíria nova (peleja)? Isto já está ultrapassando certos limites.

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Também vejo estas mesmas estradas. Todas elas. Suas diferenças e dificuldades. Também tenho os mesmos mapas rodoviários na minha mão. Já estudei os trajetos e as possibilidades. Conferi a funcionalidade da minha bússola e testei a minha resistência física para enfrentar a jornada. Acho que a quantidade de mantimentos é suficiente e estou com sapatos especiais para evitar bolhas e machucados. Resolvi viajar de óculos. A troca e manutenção das lentes de contato poderiam ser um problema. Pensei até mesmo em trazer um biquini, caso encontrássemos um lago no caminho. Desisti, que palhaçada a minha. Não estou trazendo livros. É impossível, para mim, ler durante o deslocamento. E à noite pretendo me dedicar à elaboração de estratégicas futuras. Tudo parece ok. Está ok? Não, não está. Meu carro sumiu! Não tenho como atravessar todos estes quilômetros pela frente. As rodas estão aqui, abandonadas, sem os eixos. Teu veículo não suporta o peso da minha bagagem. Como faremos agora? Posso abandonar metade das minhas coisas, aqui mesmo na rua. Esqueço tudo. E se o teu carro quebrar? Vais me carregar nas costas? Até onde? Até que trecho? Até termos utilizado quase todo o tempo disponível e estarmos somente na metade do caminho, disputando a golpes de canivete a última maçã da mochila? Não sei. Acho que vou ficar por aqui e esperar a próxima temporada.

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janeiro 15, 2003

Olha a sugestão da Kibon... Estava exercendo meu papel de escrava Isaura, limpando a cozinha e achei isto...

BANANAS CARAMELADAS COM SORVETE DE FLOCOS

Em uma frigideira grande, aqueça 2 colheres (sopa) de manteiga sem sal (40g). Aumente o fogo e doure 4 bananas nanicas grandes cortadas em rodelas médias. Acrescente 4 colheres (sopa) de açúcar e cozinhe até começar a dourar. Junte 1 xícara (chá) de suco de laranja e 1 colher (chá) de gengibre ralado. Cozinhe até reduzir o molho (que deve ficar ligeiramente encorpado).

Monte as taças. No fundo de cada taça coloque 1 colher (sopa) de bananas carameladas, em seguida 1 bola de sorvete de flocos (da Kibon) e por cima, mais 1 colher (sopa) de bananas carameladas. Sirva em seguida. Rendimento de 5 a 6 porções.

E vocês não fazem idéia da foto que acompanha a receita... Hummmmmmmmmm....

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Diário, 27 de junho de 1996.

Um sonho me confortou na última noite. Não sentia minha respiração leve e meu sono tranqüilo desde muito e muito tempo. Mas não me lembro o que foi. Nem mesmo uma vírgula. Restou somente um sentimento de alívio, uma esperança de que, daqui por diante, talvez não existam mais dores e desesperos.

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Why does it always rain on me?
Is it because I lied when I was seventeen?
Why does it always rain on me?
Even when the sun is shinning I can't avoid the lightning


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Se esta aposta valesse o prêmio da Megasena, neste exato momento eu estaria milionária... A primeira resposta à minha falta de desabafo no post anterior chegou. E acertei quem seria o emissor. Tentei não ser polêmica, mas eu precisava escrever alguma coisa. Nem que fosse nada. Querido leitor, realmente não posso falar. Foi promessa. Mas a bebedeira pode ser marcada.

E atenção: sempre há a lição... E lá vem ela:

Existem bicos e bicos. Recipientes e recipientes. Se eu sou uma garça, não posso tomar sopa em prato raso. Não é mesmo? Algumas coisas não são para o meu bico.

Através desta linda história, conseguiste entender meu problema? Pena que não posso ajudar ou esclarecer mais. Ainda vou ter que me contentar de fazer a barriga do Elio de travesseiro.

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janeiro 14, 2003

Quando eu criei este blog, estabeleci um contrato verbal com o Elio. Vale lembrar que o blog dele foi criado uma semana depois do meu. Então as regras valem para os dois espaços. Confesso, no entanto, que estas leis acabam recaindo mais sobre a minha pessoa, visto que "tenho mania de falar sobre coisas que não devo". Sabe, do tipo irrestrita falta de liberdade de expressão. E estou com tanta vontade de escrever sobre um processo que acabamos entrando naturalmente nesta semana. MAS NÃO POSSO! Resta a esperança. Esperança de que eu seria compreendida por vocês, meus amigos leitores. E de que vocês ficariam do meu lado, concordando com a minha opinião sobre o assunto. Talvez não 100% de vocês. Os amigos dele que visitam este blog defenderiam, claro, as opiniões masculinas. Não se preocupem. Eu entendo até mesmo isto. É preciso garantir o sagrado futebol de quarta-feira: institucionalizada comemoração festiva semanal. Tudo bem, tudo bem... Eu vou ficar por aqui. Lamentando ter de comentar somente o impronunciado. Preciso de férias. E preciso me embebedar urgentemente.

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Eu tento, tento. Mas juro que, ultimamente, só tenho encontrado seres disfarçados, pessoas do mal, do subterrâneo, com tridentes, guampinhas escondidas por cabelos e olhar sinistro.

Pessoas do bem: apareçam!!!!!!!!! Please...

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janeiro 13, 2003

Eu não queria falar sobre isto. Não queria mencionar nada disto. Mas é inevitável. É impossível deixar de falar sobre isto pois é cada vez maior o número de advogados que dão o calote em clientes e roubam 100% de valores de indenização. É cada vez maior o número de advogados que assessoram traficantes e servem de garotos de recado dos ditos com suas quadrilhas (já viram alguém receber visita de mais de 20 advogados por dia?). É cada vez maior o número de médicos envolvidos em processos por erros no exercício da profissão. É cada vez maior o número de engenheiros envolvidos em negociatas e superfaturamento em obras públicas. Porra, tem gente passando fome e necessidade neste país infeliz. Tem gente que não tem como estudar. Ou não pode, pois tem que trabalhar para ajudar a família. Que hipocrisia... Não estou defendendo jornalistas. Vários amigos meus são. Inclusive eu mesma. É uma classe desorganizada, mal informada, mal formada, sem base cultural, que muitas vezes não sabe escrever, só sabe reclamar, não trabalha direito, ganha mal, agüenta desaforos o dia inteiro. Mas convenhamos. Está cheio de faculdade de merda pelo Brasil, mas eu não ganhei meu diploma em uma delas...Se outro ganhou, eu não tenho culpa. Dona Carla Abrantkoski Rister: além de ver se eu estou na esquina, a senhora poderia, por favor, olhar para o lado? Para a criança toda suja e sem escola e alimento que está bem ali do seu lado? Tanta coisa mais importante para impor ética e regularizar...

Sentença dispensa diploma para jornalistas de todo o Brasil.

Agora não toco mais nesse assunto.

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janeiro 10, 2003

Diário, 15 de abril de 1999. Achei esta anotação. Parece perfeita para a situação atual.

O acaso perdura como a mais perfeita obra do destino surpreendente e tortuoso. Como encarar atos rotineiros de maneira brilhante e consideravelmente profética. Contornar uma esquina de olhos fechados e ter a certeza de que um pacote enorme e repleto de fitas vermelhas está à minha espera. Como um sonho realizado. Um trabalho casual.

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Terminei hoje de madrugada a leitura de Vésperas, de Adriana Lunardi. Definitivamente, não retiro nenhum dos elogios explicitados anteriormente. Ao contrário: teria que dispor de muitas outras vírgulas para definir toda a catarse que o livro me provocou. Me lembrei de tanta coisa da minha vida, me fascinei com o trabalho da autora, que realmente incorporou o estilo e tratamento narrativo das escritoras em questão. Confesso que estou mais introspectiva neste ano. Isto é bom. Minhas produções textuais aumentam consideravelmente quando fico assim. Mais tranqüila, quieta, com vontade de encostar a cabeça no travesseiro e pensar sobre a vida, sobre o ato de pescar as estrelas do destino e acabar definindo o rumo da minha trajetória. Meus instrumentos de pescaria estão guardados. Ainda não decidi nada. Ainda sou Páris, parado em frente de Hera, Afrodite e Atena... pensando, pensando...

Um pouco de toda esta serenidade que estou passando foi motivada pela minha leitura paralela. Vocês não sabem qual é... Alguns sabem. Os textos não são rebuscados ou trabalhados como os da Adriana. Mas... Fez com que eu me desse conta de muitas coisas. Tipo: como eu estava errada, sendo simplista, catastrófica, depressiva e vendo sem enxergar. Bem... Hoje eu estou chateada, nostálgica, pensativa. Mas com muita tranqüilidade. Vivo duas situações atuais: não encontrei o meu lugar, ao mesmo tempo que concluo que sou peso demais na vida de uma determinada pessoa. Não penso na possibilidade de ficar em segundo plano. Mas quando me mandam embora dói. A primeira situação acho que resolverei hoje. A segunda, eu não sei.

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janeiro 09, 2003

Não está funcionando o meu blog. Não aparece nada na tela. Não sei o que acontece. Não sei o que fazer. Não pretendo fazer nada aliás. Não tenho planos. Não tenho o que escrever. Não tenho nada de novo. Só não, né?

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janeiro 08, 2003

A Globo me fisgou novamente. Quase não assisto televisão. Mas depois de me viciar em O Clone... já estou gostando de A Casa das 7 Mulheres. Algumas restrições é claro (o sotaque, sempre o sotaque...). De mulher para mulher. O primeiro capítulo de A Casa das 7 Mulheres foi inteiramente assistido aqui na Casa das 4 Mulheres...

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Sou a filha mais velha. É fácil deduzir algo desta premissa: as coisas nunca foram muito fáceis para mim. Fui a primeira a convencer os pais a sair à noite, a namorar, a tirar minha carteira de motorista, a passar pela pressão do vestibular, a sair com o carro, a viajar com os amigos, a dormir fora de casa, a dormir na casa do namorado... Mas não estou reclamando. Isto me ajudou (e ajuda ainda) em muitos aspectos. Quando eu quero muito alguma coisa, eu consigo. Me ensinou a batalhar, a percorrer o meu próprio chão e a saber distinguir as coisas que eu realmente desejava. No entanto, o difícil se acostumou também à minha vida. Tudo para mim é assim: sempre fico MUITO doente, MUITO apaixonada, MUITO furiosa, MUITO confiante, MUITO desesperada. Minha mãe diz que eu sou tão exagerada, que ela acha que minha primeira gravidez será de quíntuplos. É 8 ou 80. Também passo período com MUITO nada. E, de repente, aparecem quatro ou cinco TUDOS pedindo uma decisão urgente. Ou resposta na hora. É assim que eu estou. Me sentindo Páris. Tendo que resolver o meu futuro em 5 minutos. Depois dessa, encaro o Show do Milhão sem problemas...

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janeiro 07, 2003

Não fui fazer a prova da UFRGS hoje. Não consegui. Ontem, meu quadro de gripe piorou significativamente. Isto quer dizer: há mais ou menos 3 anos que eu não tinha uma gripe tão forte. Tive uma reunião na casa da Sandra no fim da tarde. E comecei a piorar lá. Espirros (um, dois, três... um depois do outro) e um mal-estar considerável. Quando cheguei em casa, a impressão era de que alguém estava pressionando um sapato contra o meu rosto. Fui me olhar no espelho e lá estava: todo o lado direito do meu rosto estava inchado. E o inchaço do meu olho direito era impressionante. Que coisa horrível. Lembra do Rocky Balboa? Pois é.

Fui dormir cedo. E achei melhor não ir até a Fapa fazer a prova de Português. Ainda estou mal. Olho inchado, cabeça doendo, nariz escorrendo. Volto depois.

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janeiro 06, 2003


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Experiência insólita voltar a fazer vestibular depois de 8 anos do meu primeiro e único. As coisas estão diferentes. Em 95, os pais não acompanhavam tanto os filhos. Estou fazendo a prova na Fapa, uma faculdade que fica quase na zona fronteiriça de Porto Alegre. Saindo da sala de aula (sempre sou a primeira ou a segunda), me deparo com vários pais, irmãos, amigos, primos, avós, etc... Todos sentados em cadeiras na grama, nas escadas, nas sombras das árvores. Os tempos estão difíceis. E qualquer força (mesmo que seja a do cachorro que ficou amarrado ao poste) pode funcionar para entrar na federal e não precisar pagar aquelas mensalidades das particulares...

E dentro das salas de aula os procedimentos também mudaram. As provas diárias não possuem mais 70 questões e sim 60 (10 delas se perderam na poeria do espaço). No entanto, a lista das normas aumentou. Todo e qualquer material deve ser colocado na mesa embaixo do quadro negro. Na sua carteira escolar, ficam somente "1 lápis, 1 borracha e 1 caneta". Somente garrafas de água podem ficar perto da prova. Latinha de refrigerante ou suco, nem pensar. A folha ótica (aquela folhinha desesperadora com milhares de elipses para preencher) somente pode ser colorida com a caneta que os fiscais fornecem ("NENHUMA OUTRA!!!!"). E agora, durante a prova, o fiscal passa com uma almofadinha para que o candidato deixe a marca da impressão digital na folha. Me lembrei do Instituto de Identificação, com aqueles rolos terríveis e aquela tinta que só sai com bombril e saponáceo. Oh, boy...

Não é permitido usar boné, nem ficar com os óculos de sol apoiados na cabeça. A qualquer momento, pensei que seria revistada. Com estes aparatos microscópicos de cola e comunicação... Talvez estivessem procurando chips implantados na pele, que automaticamente leriam as questões, enviariam até um sofisticado centro tecnológico em São Paulo (ou NY, tanto faz) que responderia ao chamado com todas as respostas corretas... U-hu!!! Não, isto não aconteceu. Mas posso jurar até agora: hoje eles pegaram no meu pé. Com muita gripe, fiquei fungando e lutando contra o meu nariz a prova inteira. O cara do meu lado estava nervoso. E tossia às vezes. O que era isso? Um tipo de comunicação indecifrável entre os candidatos. Amanhã pedirei que me enviem um e-mail caso consigam decifrar este código de funga-tosse e descobrirem as respostas para todos os mistérios da humanidade... Ahã...

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Já ouvi (várias vezes nas últimas semanas) que sou louca. Olha lá, hein! Olha que eu vou me acostumar com esta idéia... A grande novidade (e motivo de alegações de insanidade) é que me inscrevi para o Vestibular da UFRGS. A primeira idéia era acompanhar o meu irmão mais novo (o querido e fofo Mano) e também fazer as provas. A segunda idéia era tentar entrar na federal e cursar Direito (que sempre foi minha segunda opção depois do Jornalismo). Agora que já sou jornalista...

Sabe o que aconteceu? O Mano já passou certo na PUCRS. Eu não estudei. Na primeira prova fiz 09 (de 30) em Biologia e 19 (de 30) em História. Não foi vergonhoso. Considerando que não pego em livros escolares desde 1995... Mas não vou conseguir passar com esta média. São 22 candidatos por vaga. Tudo bem. O que importa é que eu ainda me considero uma pessoa feliz.

A prova de Matemática de hoje foi um bicho papão de 2 mil cabeças. Então, acho que ainda vou na prova de Português. Porque a prova de Física eu não encaro. Ah, não... Esta não!!!!!

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janeiro 04, 2003

O negócio é o seguinte: estou proibida de falar. Nunca deixo ninguém me dar ordens. Mas desta vez, o mandante tem razão. No entanto, divulgando algo e sem contrariar as disposições anteriores, aqui vão algumas dicas... Recebi um telefonema no dia 02/01. Recebi um telefonema no dia 03/01. E recebi outro hoje, 04/01. Amiguinhos... Tenho que pensar rápido.

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Fiquei de molho ontem. Molho bolonhesa, como definiu o Elio, de tão feia que a situação se apresentou. Minha voz assumiu um tom cavernoso e minhas pernas mal conseguiam manter-se retas, tal a fraqueza que se apoderou do meu corpo. Desde abril de 2002, quando eu tomei a vacina da gripe, não tinha pego nem tosse... Sem a vacina, a situação, com certeza seria pior. Durante a tarde, apaguei no apartamento do Elio. Depois tomei dois comprimidos de Naldecon, que me deixaram tão apática, que tudo (tudo mesmo) acontecia em slow motion ao meu redor. Ainda estou um pouco assim. Prova disso é que eu não precisava estar escrevendo este post inútil. Bem, completando o quadro noturno de ontem, saímos para jantar quando a chuva começou. EM CIMA DE NÓS!!!! O que aconteceu? O Elio também ficou mal. Na volta, na frente da tevê, parecíamos dois zumbis tentando conversar, sem assimilar exatamente o que um dizia para o outro. Demoramos 40 minutos para decidir se iríamos dormir ou não. Entendeu a situação? Amanhã tenho vestibular. E, com certeza, vou dormir muito hoje. Para tentar melhorar do meu visual caveira...

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janeiro 02, 2003

Marcelo, estou lendo o livro. O estilo narrativo me impulsiona a ler mais de uma vez cada uma das seções. Em breve, receberás um e-mail.

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Ah! Única promessa para 2003: não esquecer de beijar muito, sempre!

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Então vamos aos fatos... Rasguei o caderno de variedades da Zero Hora, com todas as instruções para entrar em 2003 com tudo. E também fiz questão de não assistir aos programas vespertinos de tevê, que não se cansam de, ano após ano, enumerar atitudes, amuletos e grãos para serem digeridos na passagem de ano.

Resolvi fazer diferente do que fazia desde que me conheço por gente. Combinei com o Elio de enchermos a cara de champanhe. Começaria colocando para fora tudo que estava trancado na minha garganta desde 2001. A calcinha? Lingerie nova: vermelha para amor, amarela para $? O que é isto afinal? Abri a gaveta do meu guarda-roupa e peguei a minha calcinha mais querida: aquela que já me acompanhou em poucas e boas, na alegria e na tristeza. E que sabe exatamente como eu sou, com minhas neuras, minha perfeição imperfeita, minha obstinação por várias coisas ao mesmo tempo. Para que usar uma lingerie assustada, recém saída de uma loja? Preferi o clássico.

Não comi milho. Um prato de lentilha foi bem-vindo pois adoro. Como em qualquer data. E a janta foi normal. Evitei aqueles pensamentos de esperança exagerada ou previsão catastrófica. Para quê? Dez minutos antes da 1/2 noite, estava sentada no sofá da sala da minha sogra, olhando tevê. Sempre ficava nervosa, mas neste ano... Fiz diferente. Acho que estou diferente. E isto é bom.

Bebi bastante champanhe. E não fiquei bêbada (isto é um sinal? Pô, eu sempre fico bêbada...). Usei (só para não dizer que não usei nada), um escapulário que a Sónia, minha querida amiga, me deu no Natal. Ele ficou no braço esquerdo, para lembrar de todas as pessoas que são especiais na minha vida. Isto é o que realmente importa. Não é mesmo? É sim...

Então, veio 2003... Que ele seja especial ou não. Um número não faz nada. Eu mesma tenha que guiar a minha vida. Este é o lema: fazer a diferença.

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janeiro 01, 2003

Feliz 2003!!!!!!!!!!!
Tudo de bom!!!!!!
Um Ano Novo cheio de amor, champanhe, amigos e alegrias!!!!!
Assim como foi o meu réveillon com o Elinho...

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