outubro 28, 2003

Pensamento do dia, enviado pelo chefe Napp:

"Aquele que, ao longo de todo o dia, é ativo como uma abelha, forte como
um touro, trabalha que nem um cavalo e que, ao fim da tarde, se sente
cansado que nem um cão, deveria consultar um veterinário. É bem provável
que seja um burro!"


Pois é... Tenho uma veterinária na família. Talvez consiga consultas com descontos - hehehe...

outubro 26, 2003

Cuca rápida

Ingredientes:
– 4 xícaras de açúcar
– 4 ovos
– 4 colheres (sopa) de manteiga
– 1 colher (sopa) de fermento rápido
– 1 xícara de leite morno
– raspas de limão

Ingredientes da cobertura:
– 1 xícara de açúcar
– 1 xícara de farinha de trigo
– 3 colheres (sopa) de margarina
– canela em pó
– raspas de limão

Modo de preparar
Bata as gemas, a manteiga e o açúcar até obter um creme. Acrescente a farinha, o leite e as raspas de limão. Misture bem e, por último, coloque o fermento e as claras em neve. Ponha a massa em uma forma untada e cubra com a cobertura, que deve ser feita misturando os ingredientes até formar uma farofa granulada.

outubro 25, 2003

Foi então que tudo vacilou. O mar trouxe um sopro espesso e ardente. Pareceu-me que o céu se abria em toda a sua extensão, deixando chover fogo. Todo o meu ser se retesou e crispei a mão sobre o revólver.

Fechei os olhos. E sonhei com argumentos, defesas impossíveis. E novamente aqueles olhares. Perante aqueles olhos, me senti pequena. Como uma criança, que prevê a mão pesada, treme o corpo inteiro, e fecha os olhos. Cerrados, somente para evitar enxergar o inevitável. O tapa. Que dói. Deixa uma marca que leva tempo para desaparecer. E uma dor que não desaparece nunca. E acordei.

Chega a ser cansativo andar entre as diversas gôndolas de frutas dos supermercados. Muitas opções, muitos corredores, frutas frescas e variadas para todos os lados. Só fica na combinação banana/maçã quem quer. E para quem, assim como eu, gosta de ir além, tenho uma dica perfeita.

Conheci ontem o Seu Bruno do Melãozinho. Ele mora em Sapiranga e já foi assunto de matérias de jornais e entrevistas na televisão. O que ele faz? Simples: cultiva frutas exóticas. Frutas lindas, com um perfume maravilhoso, um visual incrível. E nomes: uchuva, tamarillo, maná, moranguinho de árvore, banana chinesa, magostão, e muitas outras.

Bruno Waschburger tem 58 anos e se dedica, há 10 anos, a trocar mudas e sementes de frutas e legumes com outros países. E fez disto uma profissão rentosa. Seu antigo sítio foi vendido com uma supervalorização. Graças à centena de árvores e mudas plantadas na área. Ele também recebe muitas visitas de escolas e vende mudas e frutas.

Sabe... Fiquei pensando em comprar um sítio.

Passei por três dias muito difíceis. Não consegui segurar, e acabei escrevendo algumas coisas aqui no blog. Também perdi o foco e pensei em abandonar algo. Tenho como filosofia de vida acreditar (e muito) que tudo o que faz mal não deve continuar. Os acontecimentos seguiram uma trilha escondida no meio da mata. E, ontem no início da noite, entre quatro pessoas, com quatro paredes, resolvi meu dilema. Vou continuar. Mais segura. Mais decidida. E algumas coisas irão mudar. E isto é o melhor dos conflitos. As coisas mudam. Neste caso, acredito que para melhor...

outubro 23, 2003

Tristeza é uma destas coisas do mundo que não deveriam existir...

outubro 22, 2003

Eu estava pensando. Um dia, estarei tomando banho e não ouvirei mais as vozes ao meu redor. Não acompanharei de longe a discussão de quatro pessoas, conversando sobre quatro coisas diferentes. Não precisarei mais encarar o silêncio das minhas irmãs. Ou esconder as minhas próprias palavras quando as encontro. Não abrirei os olhos. A falta de ruídos será minha companhia constante. Talvez também o som do meu radinho de pilhas 2.400 watts. Porque, um dia, acordarei ainda noite. E esconderei minha cabeça no travesseiro, medrosa, covarde. Porque a luz do dia estará se aproximando. E tudo começará novamente. E as palavras não cessarão. E continuarão saindo de outras e inesperadas bocas, e fazendo mal... O silêncio magoando, os olhares rasgando mais do que o metal afiado, as palavras queimando a pele... Tudo uma repetição infinita, de uma dor que aparece sempre, sem ser convocada... Indesejada, estragando tudo o que é bom, fazendo cair. Fruto de um sentimento terrível que, geralmente, aparece quando se está lá em cima, quase tocando o céu...

Cryin' on the corner, waitin' in the rain
I swear I'll never, ever wait again
You gave me your word... but words for you are lies

Darlin' in my wildest dreams, I never thought I'd go
But it's time to let you know....

I'm gonna harden my heart
I'm gonna swallow my tears
I'm gonna turn... and... leave you here...

Oh let those guitars play
Play for me, play for me
Oh let that song ring out
That's how it's meant to be

Whenever dark has fallen
you know the spirit of the party
starts to come alive.
Until the day is dawning
you can throw out all your blues
and hit the city lights.

'Cause there's music in the air
and lots of loving everywhere
so gimme the night. Gimme the night.

outubro 21, 2003

Este blog tem recebido visitas ilustres. Novos amigos, com certeza (tanto dos lados do RJ quanto de MG). Além disso, pessoas que admiro profissionalmente. Então eis que um novo fator (que não a constante falta de tempo e a grande quantidade de tarefas) impediu novos e numerosos posts: estou nervosa...

Que alívio. Agora que falei, peço mais alguns dias. Depois volta tudo ao normal. E, antes que venha a dúvida, respondo: sim! Estou enfrentando uma carga excessiva de trabalho nesta semana. Pelo volume que carrego nos meus ombros, bem que o nome deste blog poderia ser 100 kg. Meu peso pluma está exausto.

outubro 18, 2003

Sempre tive uma impressão sobre sextas-feiras. Sempre me foram mais simpáticas do que outros dias da semana. As sextas-feiras, para mim, parecem feitas para acontecimentos inusitados e bons, diversão, novidades, mudanças de rumo, aqueles sorrisos de conquista...

Pois é. Assim foi meu dia ontem.

Eu voltei, agora pra ficar
Porque aqui, aqui é meu lugar
Eu voltei pras coisas que eu deixei
Eu voltei


outubro 12, 2003

Terminei o livro. Um sentimento de vazio, uma sensação de entardecer repleto de terror nas entrelinhas. Tentei aliviar a cabeça e procurei algo na estante ao meu lado. No meio dos livros, encontrei um bloquinho. Novo. Uma única folha rabiscada. Me conheço. Escrevi isto em alguma madrugada, para liberar os pensamentos antes de dormir. Não me lembro o dia. Talvez neste ano. Leio... Para pensar em outras coisas...

Mas assim como meus sentimentos atuais, despertados ou não pelo livro, este texto também permanecerá secreto. Não quero escrever, nem falar.

Desde quinta-feira estou envolvida em uma empreitada de estudos e preparativos. A Feira do Livro está chegando. E os dois vencedores do Concurso Literário da CCMQ já confirmaram presença. Portanto, nada mais natural do que começar este trabalho todo pela leitura dos originais.

Iniciei pelo Falar, escrito por Edmundo de Novaes Gomes, de Belo Horizonte. Confesso: as primeiras páginas me fizeram mal. E fiquei ainda pior quando resolvi pular e ler as três últimas. Mas como leitora obsessiva que sou, continuei a leitura. Não largo um livro iniciado, nunca.

O que seguiu foi uma gangorra. Em alguns momentos, achava genial. Em outros, me revoltava muito. O livro é muito bem pensado, em todos os seus capítulos. Aprecio isto, um planejamento contínuo, a escolha de palavras ou de frases. Este é o principal mérito, que fez com que minha atração pela obra aumentasse. No entanto, o assunto é pesado, as experîências relatadas são fortes, escatológicas, repugnantes.

E eu, como receptora de toda a idéia, fui levada para diferentes caminhos e enganada muitas vezes. Procurei a causa, e encontrei uma personagem que pode ser qualquer pessoa. Já enxerguei diversas Ana's na rua. Eu já fui uma Ana, como a personagem do livro. É isto que assusta.

Me afetei por tudo. Como um monólogo, Falar assume um tom de confidência levado ao limite. Pensei em tantas coisas nestes últimos dias. Assumi também um comportamento confidente perante a minha vida. E decidi me afastar do blog por uns dias. Tudo o que pensei não poderia ser escrito aqui.

Faltam dez páginas. E posso dizer: este livro vai dar o que falar quando for lançado. E eu, para exorcizar tudo isto, preciso, urgentemente trocar idéias com alguém.

outubro 08, 2003

Eu sei. Vocês não fazem idéia. Estou no meu quarto. Ouvindo música. E na sala, dois ensandecidos, gritando, xingando o juiz e os jogadores. Torcendo muito. Eu tenho um colorado de estimação. Mas gosto tanto destes dois gremistas também... "Empate depois da m. que o Roger fez?" "VAI! VAI! VAI, DROGA!!!" "E ainda o azarão de fazer um gol contra!!! Senhoras e senhores, apresento meu pai e meu irmão.

Carreto

Amar é mudar a alma de casa.

Mario Quintana

outubro 07, 2003

Algumas vezes, encontramos ouro quando garimpamos a Internet atrás de um bom blog ou site. Eu tive sorte. Há alguns meses encontrei o blog do Gabriel Renner. Ele está lá embaixo, nos links à esquerda. Tão escondido, que achei legal fazer uma referência.

Visitem Pinel Comics. Gosto muito do trabalho dele. E sou fã da Duda.

outubro 06, 2003

Já perdi a conta... De quantos casamentos compareci... Quantos buquês foram atirados... E quantas taças de champanhe bebi...

Mas uma de uma coisa não existe dúvida: em cada um me emociono mais. Sábado, no altar, durante a cerimônia de casamento do Cristiano e da Clarissa, me emocionei bastante. Aquelas coisas gradativas que aumentam com a idade. Ano que vem terei 27. "Agora agüenta, coração..."

Ontem eu estava quietinha. Depois de viver muitas emoções, fico assim... Com uma saudade extrema de tudo o que vivi um minuto atrás. Tentei me desconcentrar. Pensar em outras coisas. Não adiantou. Quanto mais fugia dos pensamentos nostálgicos, mais minha nuca e cabeça latejavam. Como era impossível, tive que tomar uma daquelas atitudes drásticas (como aquele parrudinho que apanhava, apanhava e, depois de muito apanhar, abria a lata de espinafre). No meu caso, não era a salvação. Era uma ferramenta desleal, algo que não gosto de fazer. Mas fiz: coloquei em ordem todas as minhas contas e pagamentos dos últimos dois meses. Realmente. Saldo de conta corrente é algo que coloca qualquer sonhador de volta à Terra.

outubro 03, 2003

Amar é crescer. É divertimento. É cumplicidade, companheirismo, amizade. É fechar os olhos e ter a certeza de que a pessoa ao teu lado sorri, te achando uma boba maravilhosa por estar em estado de graça. De tanta paixão. De tanta vontade de permanecer para sempre abraçada... De tanto desejo de atingir o infinito, a eternidade. O peito chega a doer de tanto sentimento. E todo o cenário parece um paraíso sonhado décadas atrás.

E alcançado.

Há quatro anos.

É muito bom te amar, Elinho...