junho 30, 2005



Olha, amor... É uma igualzinha a esta que eu quero...

Elio, Maria Luisa, eu e mamãe Adri. Papai Marcelo tirou a foto.

junho 28, 2005

A verdade é que eu nunca me preocupei com isso. É. Vou ser sincera de uma vez por todas. Nunca precisei me preocupar com a minha roupa, com a minha comida, com o meu quarto. Aliás, era quase mágica. Eu deixava bagunçado pela manhã (não de propósito... correria, é claro), e tudo está OK quando eu voltava à noite. Minha mãe e meu pai criaram todo um ambiente para que eu e meus irmãos nos preocupássemos somente com a faculdade e nossos estágios e depois empregos. Isso funcionou muito bem. Trabalho desde os 18 anos, na área em que me formei. Só que... A verdade é que todas as verdades têm um só que... Só que há mais de um ano me mudei para o apê do Elio. E fiquei esperando, e nada aconteceu. O espírito da super dona-de-casa baixou em mim duas vezes. A primeira foi no dia da mudança. Com o pano e o lustra móveis, tirei todas as poeirinhas de todos os móveis recém-instalados no apê. A outra vez ocorreu uns meses depois. Enlouquecidamente, peguei o aspirador e limpei o chão e os tapetes. E depois, ainda peguei um balde, um pano e um rodo e passei (no quarto e na sala) um produto especial para piso laminado. Ficou um luxo. Dias depois, eu ainda estava sentada no sofá esperando a Creuza que existe dentro de mim se manifestar. Não aconteceu. Tenho uma inveja natural das pessoas que têm prazer em limpar a casa, em receber as visitas com a sua louça e prataria especiais, com toalhinhas e cacarequinhos... É mais fácil fazer dois, três, quatro, cinco projetos, do que limpar a casa ou fazer supermercado. É mais fácil escrever um conto sobre a mulher que morre soterrada depois que sua casa é tomada pela poeira, do que ligar o aspirador. Ok, a comida eu faço sem problemas. Mas alguém, por favor, me ajude com esse monte de louça!

A Maria Luisa nasceu hoje.

junho 23, 2005

É comum ter um dia ruim. É comum o dia ruim se multiplicar por dois, três, cinco mil de potência. Mas, amigos, amigos meus, ontem tive um dia inacreditável. Tudo o que eu tocava, parava de funcionar, ou dava errado, ou outra coisa que atrapalhasse a dinâmica do mundo. E, na minha boca, a indignação se transformou em palavrões. Bati todos os meus recordes. Já sou, desde pequena, uma desbocada. Mas ontem, pronunciei palavrões que eu sequer sabia que conhecia. Me senti a Linda Blair. Só faltou a gosma verde. Porque, em determinado momento, acho que até a cabecinha eu girei...

junho 21, 2005

Para aproveitar que lembrei agora: sei que fui maltratada. A dupla não precisava fazer daquela maneira, tão pouco civilizada. E que fique registrado: não esquecerei.

junho 20, 2005

Acordei cedo. Com frio. Não tomei café em casa. Cheguei no trabalho e, antes de largar a bolsa, me servi de café. Café ruim. Não li o jornal do dia, não vi meus e-mails. Iniciei a manhã escrevendo meus textos para o jornal. Constatando que nada (NADA!) do que eu havia feito na sexta-feira foi salvo nos arquivos. Fiquei até meio-dia refazendo tudo (TUDO!). Almocei com um amigo no shopping. Amigão. Voltei para o trabalho. Tomei outro café. Fraco. Passei a tarde escrevendo textos e olhando para o relógio. Escrevendo e olhando. Algumas vezes, fazia testes para certificar que as palavras eram salvas no arquivo. Não consegui terminar tudo. Fui embora. Fiz minha aula de yoga. Jantei com meus pais. Cheguei em casa tarde. Não tinha mais vaga no estacionamento rotativo. Tive que pagar 10 pilas para guardar o carro no posto de gasolina. Recebi um e-mail do Unibanco, depois que eu mandei uma mensagem detonando o gerente da minha conta. Estou com sono. A entrevista do deputado fez com que o Mr. Flag ficasse preso no trabalho. Recebi fotos do JP. Ele é fofo. Meus olhinhos estão quase fechando. Sono... Tchau.

junho 19, 2005

João Pedro nasceu na quinta-feira.

Eu tenho o dom de esquecer das coisas que ficam dentro de armários, de gavetas e de caixas. Sequer lembro de todas as roupas que eu compro. E caixas seladas com fita duréx, então... nem se fala. Pois, mexendo em um armário fechado, encontrei um fichário com textos da minha adolescência. E entre os textos, algumas cartas. Aos treze anos, eu já era metódica. Todas as cartas enviadas aos amigos eram organizadamente passadas para as folhinhas deste fichário. Extraindo o caráter de loucura e de considerar que eu não tinha mais nada para fazer nesta época, confesso que estes escritos são de uma riqueza expressiva para mim. Li todos. Um por um. Me deliciando com os sentimentos, revivendo algumas coisas e, em outras linhas, me achando uma completa estranha. A fase metódica passou. Hoje em dia, não tenho tempo de organizar cadernos secretos. Um blog secreto, talvez. Quem sabe. Quero novamente ser uma estranha para mim mesma. E iniciar a produção de textos de uma nova série: Para ler aos 80.

junho 14, 2005

O meu lado urso tem se manifestado muito. Demais. Nas últimas semanas, abandonei até mesmo o hábito de procurar motivos para ficar em casa. Pra quê? Precisava somente sair do trabalho, estacionar o carro na garagem, e sentar infinitamente no sofá da sala. Claro, ele sente falta de mim. Eu sei. A televisão também. Como é que o aparelho vai passar todos os programas sem que eu esteja ali, pronta, com o controle remoto na mão? Tento me convencer de que tudo isso é uma fase. Temporária, claro. Ou melhor: quem sabe tudo é culpa do meu ascendente. Libra. O comportamento de uma pessoa é ditado, até certa época, pela posição da lua na hora em que nasceu. E, depois de um tempo, tudo passa a ser regido pela posição do sol na hora do nascimento. Áries. Isso significa uma única coisa: serei uma jovem-velha e uma velha-jovem. Pois é...

junho 13, 2005

Ganhei três livros de Dia dos Namorados. Fiquei feliz. De verdade. Um sorriso só. Foram os dois primeiros do Inferno Provisório (O Mundo Inimigo e Mamma, son Tanto Felice), de Luiz Ruffato; e o Bartleby e Companhia, de Enrique Vila-Matas. Depois de abrir o pacote da Livraria Cultura, tive meu momento de felicidade provisória. Eu e meus demônios. Constatei, simplesmente, que não existia mais espaço para livros na minha estante. Isto significa duas coisas, amigos:

1) Está sobrando o dinheirinho básico para a compra de livros; e estou ganhando alguns também;
2) Está faltando o dinheirão necessário para a compra de um apê novo; e estamos no limite da ocupação do espaço físico.

Negociação daqui, negociação dali. Resolvi ter faniquitos somente por três minutos. Depois abri o jogo para o Mr. Flag:

Posso ficar chorando as pitangas a tarde toda. Tu resolve: ou me dá de uma vez uma das tuas prateleiras da estante, ou agüenta o escândalo durante todo o dia.. Tudo em nome dos namorados...

Ele pensou um pouco. Tirou uma pilha de Playboys (hellooooo!!!!! Libere espaço para a verdadeira cultura, meu filho!) e me concedeu o latifúndio de uma das prateleiras dele. Ah... a felicidade...

junho 07, 2005

Eis que escrevi alguns textos para a antologia da oficina. E comento sobre os mesmos com colegas no café da PUC.

Aquele lance todo do texto era a faca mesmo, ressalto.

Ah, é?, retruca o Gustavo.

Vou reformular um pedaço, enfatizo.

Qual texto vocês estão falando, questiona a Eleone. Aquele do sangue?

Não. O do sangue é o mesmo do machado. Estamos falando do conto da faca, explico...

Já viram o estilo, né?

Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada.
Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada.
Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada.
Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada.
Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada.
Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada.
Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada.
Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada.
Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada.
Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada.
Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada.

E hoje é apenas terça-feira. S o c o r r o . . .

junho 05, 2005

Curto, na maioria das vezes, um reflexo retardado. De modismos, é claro. Ou simplesmente de período de tempo. Exemplos... Quando os caras apareceram no Fantástico, na MTV e tudo que é canto, eu nem dei bola. Mais de um ano depois, o CD do Franz Ferdinand caiu na minha mão e não saiu mais do meu carro. E era só ligar para que a música (ótima música na minha opinião) começasse. Pois agora, é a vez do Muse. O Mr. Flag garimpou o grupo na Internet. O Mano baixou o CD. E eu tomei conta do material. O disco Absolution é de 2003 e simplesmente magnífico. Viram? Dois anos de atraso. Na área da literatura, assisti na semana passada o Jogo de Idéias do Itaú Cultural (na CCMQ é claro) com o Luiz Ruffato. O autor é apaixonado pela palavra e realmente trabalha um texto. Do jeito que eu gosto. Ele, obviamente, está na moda. Todo mundo fala da trilogia Inferno Provisório. Mas eu vou esperar um pouquinho... Não está na minha hora ainda... Quem sabe não ganho de dia dos namorados - hehehe...

Às vezes, todos os nossos problemas (pelos menos os femininos) parecem se resolver quando o cartão de crédito ou o talão de cheques saltam (pelo menos uma vez) para fora da carteira. Pois nesse fim de semana eu comprei uma ultra-fashion-moderníssima bolsa de câmara de pneu de bicicleta. E estou me sentindo o máximo...

junho 02, 2005

Se hoje fosse um dia de sonho... Seria um dia de férias. Eu teria dinheiro. Andaria pela 9 de julho em Buenos Aires. Andaria, andaria, andaria. Até encontrar um banco de praça mágico. Um banco que fica de frente para o mundo todo. Todas as cidades, todas as pessoas, todas as luzes. Ali, esperaria até o sol nascer.

junho 01, 2005

Ficar sozinha todas as noites é realmente um problema. Mr. Flag arranjou um emprego noturno. Mas, cada vez mais, me convenço de que um "casamento" é algo absolutamente ajustável. Relativo aos aspectos bons, é claro. Todo o dia pela manhã, me despeço do Flag. Depois de um beijinho, a fatídica frase: "Te vejo à noite". Ele quer dizer meia-noite. "Prometo que te esperarei acordada", digo, já me imaginando desmaiada no sofá da sala. O genial do "coisa de casal" é que chego em casa às 21h, 21h30min. A primeira coisa que faço, instintivamente, é procurar por sinais do Mr. Flag no apartamento. Sei que ele não está em casa. No entanto, assim posso descobrir vestígios da manhã e da tarde que ele passou longe de mim. E maravilhoso é achar estes sinais dele. Um texto deixado no meu criado-mudo. Deve ter lido em algum lugar e se lembrou de mim. Uma revista em cima da mesa da sala. É nova, ele comprou para me mostrar. Um recadinho grudado na fechadura da porta. Que diz que me ama. Ai, ai...

You will be the death of me
You will be the death of me

Bury it
I won't let you bury it
I won't let you smother it
I won't let you murder it

Our time is running out
Our time is running out
You can't push it undergound
You can't stop it screaming out