dezembro 31, 2005

É isso aí! Até o ano que vem! Contagem regressiva... 999.999, 999.998, 999.997, 999.996, 999.995, 999.994, 999.993, 999.992, 999.991... Beijos a todos!

dezembro 29, 2005

Fiz a minha faxina anual hoje. Aquela especial. Aquela de seleção natural. Vou guardando, ao longo do ano, papéis, comprovantes, cartinhas, cartas e cartões. E páginas e mais páginas impressas de textos, orientações, mapas e várias coisas muito úteis para a minha vida. Os papéis se acumulam. Na última semana do ano, sai o veredicto. Depois de uma criteriosa seleção, comunico aqueles que ficam e aqueles que irão partir. Tudo muito bem separado, a pilha dos despedidos se avolumou rápido. Pensei em fugir do clichê. Ou usá-lo com estilo. Fui até a cozinha e peguei a caixa de fósforos. Risquei um palito e joguei sobre a montanha. Lentamente, a onda de calor foi crescendo. Me ajoelhei e, jogando o corpo para trás, fiz o meu ritual para que o fogo crescesse. Balançando as mãos e dançando. Uma dança quente. Hendrix foi um mestre. E eu disse: "burn, baby, burn". No meu apartamento. No meio da sala. Em cima do tapete cheio de estilo e graça.

Ontem na aula de yoga, me concentrei mais do que o habitual. Caprichei nos exercícios respiratórios e nos ásanas. Aproveitei as inspirações e expirações para me lembrar de tudo de bom que aconteceu na minha vida em 2005. Daí inspirava. E para me livrar de todas as coisas ruins que aconteceram. Daí expirava. No balanço geral, depois de estar com as pernas fortes de tanto exercício e com o peito estufado de orgulho de tanta mentalização, concluí que o resultado desse período é totalmente favorável às coisas boas. Conheci muita gente legal, fortaleci o relacionamento com amigos mais recentes e dei boas gargalhadas com amigos de longo tempo. E acho que é isso que realmente importa: saber que existem pessoas na nossa vida. Claro, eu tenho inimigos, gente que vira o rosto quando me encontra, atravessa a rua para não compartilhar a mesma calçada. Mas... elas são tão pequenas perto das outras pessoas maravilhosas que me cercam e que, para a minha felicidade, gostam de mim. Então, aproveitarei os últimos dias do ano para mentalizar tudo de muito bom e sensacional para todos os amigos que tenho nessa vida: na minha família, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, em Curitiba, em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte, em Salvador, no exterior... E repito o que desejei no ano passado: que 2006 possa ser o ano das novas coisas: novas conquistas, novos amigos, novos descobrimentos, novas risadas com os amigos de hoje e sempre, novo, novo, novo... O novo e sempre necessário primeiro passo em alguma coisa...

dezembro 28, 2005

Nada como uma boa música para levantar o astral que estava lá no dedão. Meu CD do Muse chegou. Agora é Showbiz! E depois um pouco do Absolution! Talvez a madrugada toda.

dezembro 27, 2005

Perfeito para hoje...

EU ESCREVI UM POEMA TRISTE

Eu escrevi um poema triste
E belo apenas da sua tristeza.
Não vem de ti essa tristeza
Mas das mudanças do Tempo,
Que ora nos traz esperanças
Ora nós dá incerteza...


Mario Quintana (A Cor do Invisível)

O filme começou e eu não sabia se deveria achar graça ou não, tamanho humor negro. Acomodados entre três na mesma cama de solteiro, assistimos o Kung-Fusão, do Stephen Chow, no notebook da Mari. Pobre do Mano que teve que agüentar minhas gargalhadas. E do pai e da mãe, que acabaram achando muita graça dos nossos gritos... Perdi a hora, cheguei em casa às 00h40. E, de tanto rir, fiquei sem sono. Mas recomendo. Um dos filmes mais engraçados que vi nos últimos tempos.

Menino, você tem uma estrutura óssea com um potencial de mestre de Kung Fu. Com isso você pode ser o maior herói do mundo. Aqui está a palma do Buda. Eu a deixo para você por $10. Só porque é destino.

O mocinho é um malandro desastrado que decide virar gangster para conseguir dinheiro e mulheres. O filme tem sangue, arte marcial, quebra-pau e muita loucura. E já é um clássico. Poderia escrever mais, mas ainda estou preferindo rir um pouco a contar...

dezembro 26, 2005

Eu peguei o CD há uns quatro meses. Tentei ouvir no carro. E me lembro que até comentei com o Mano: Mas como é ruim, hein!?!? . Ele ficou lá, escondido no porta CD, dentro do porta-luvas, dentro do carro. Esquecido. Na semana passada, cansei de ouvir sempre-o-mesmo-Absolution- que-estava-ouvindo-há-três-semanas e resolvi dar uma chance. E foi perfeito. Da primeira à última música, ouvi cutucando o pezinho de leve no pedal da embreagem e batendo os dedinhos na bateria virtual no meu volante. Até sacudi um pouco a cabeça, mas só quando parei na sinaleira. Hoje à tarde, no meu momento clássico de ócio administrativista, resolvi dar uma olhada no site da banda. E entendi por que não tinha gostado antes: esse CD foi escrito para mim, sobre o momento que estou passando, AGORA, exatamente agora e hoje. E isso é uma daquelas coisas que a gente não explica. Mas entende. Muse é muito tudo de bom pra mim. E estou completamente apaixonada pelos caras. Ah! O CD é Showbiz.

I'm falling down, and 15000 people scream,
They were all begging for your dream

dezembro 24, 2005

Feliz Natal e um ótimo 2006. Que o próximo ano seja um período de sorrisos e de muita aventura. Sejam felizes! Muito, muito, muito felizes!

best, you've got to be the best
you've got to change the world
and use this chance to be heard
your time is now

dezembro 22, 2005

Estrela, Estrela
Vitor Ramil

Estrela, estrela
Como ser assim
Tão só, tão só
E nunca sofrer

Brilhar, brilhar
Quase sem querer
Deixar, deixar
Ser o que se é

No corpo nu
Da constelação
Estás, estás
Sobre uma das mãos

E vais e vens
Como um lampião
Ao vento frio
De um lugar qualquer

É bom saber
Que és parte de mim
Assim como és
Parte das manhãs

Melhor, melhor
É poder gozar
Da paz, da paz
Que trazes aqui

Eu canto, eu canto
Por poder te ver
No céu, no céu
Como um balão

Eu canto e sei
Que também me vês
Aqui, aqui
Com essa canção

Tenho o péssimo hábito de falar no trânsito. Sozinha, dirigindo meu carro, xingo os panacas, peço para os tiozinhos acelerarem e para as senhoras fofas atravessarem a rua com um pouquinho mais de concentração. Também converso com o Dequinho, meu carro. Meu precioso e querido companheiro desde sempre. Mas, ontem, ultrapassei todos os limites. Comprei briga com um outdoor, situado a duas quadras do Iguatemi. Acho que foi o nervosismo do trânsito. Mas não agüentei ver a campanha do Dove no outdoor. Verão sem vergonha... todas elas de biquini e somente uma (só uma...) estava com a barriga aparecendo. Todas as outras estavam atrás de um braço, de uma perna... Alta montagem. Pô, eu tenho uma barriguinha chata que não me deixa... E na praia tenho que assumir... Daí, confesso, falei um pouco alto na direção da calçada: "Tá, mas com todas as barrigas tapadas não vale!". Não vi que tinha uma senhora passando. Ela se assustou. E olhou para cima. Pelo retrovisor eu vi que ela ainda ficou um tempo lá, olhando o outdoor. E eu fui fazer umas compras na Livraria Cultura. Muda... bem mudinha...

dezembro 19, 2005

Hoje quando abri os olhos, tive aquela sensação de perdição total: não sabia que dia era, onde eu estava e (melhor tudo) tinha me esquecido de todos os compromissos do dia. Dois minutos depois, para uma despedida adequada do meu tão querido travesseiro, me levantei e embarquei para a grande aventura diária da jornalista: trabalhar. Saí cedo, não tomei café da manhã para não me atrasar. E, surpresa!!!! Chegando no CRA, a sensação era de perdição total. Déjà vu. Durante o fim de semana, o pessoal trocou o piso. Ficou lindo. Confesso. No entanto, um único detalhe me assaltava os olhos: sobre o piso novo, O NADA ABSOLUTO. Nada, nada, nada. Nada dos móveis, computadores, armários, estantes, cadeiras... Eu sequer tinha onde sentar. As divisórias sumiram. Não tinha mais sala. Agora, temos um piso lindo, que não adianta de nada para me ajudar a terminar todo o conteúdo de dez páginas do jornal que eu teria (hehehe - teria mesmo...) que fechar hoje. Fiquei triste. E resolvi louvar o ócio o restante do dia. Vou tirar as sandálias e aproveitar a sombra da primeira árvore do pátio. Acho que é uma goiabeira.

dezembro 18, 2005

Há muito tempo, corre por aí o boato de que o chester é um bicho que simplesmente não existe e que foi criado em laboratório por meio de mutações genéticas. Não pode ser natural uma ave ter um peito tão grande e com tanta carne. Diziam, inclusive, que ele já nascia sem penas.

Pois foi com total constrangimento que ouvimos a novidade que a mãe trouxe do supermercado: a empresa anuncia uma inovação... Sim! O chester agora já vem desossado.... Milhões de teorias depois, durante o jantar, a família Thomé chegou até mesmo a cogitar radiotividade para desintegrar os ossos sem abrir a pele. Bizarro. Muito bizarro. E pior: esse chester, comprado hoje, é o primeiro convidado a ratificar sua presença no nosso jantar de Natal.

Here we are at the Transmission party
I love your friends - they're all so arty

dezembro 16, 2005

Quase confirmado. Falta somente a divulgação oficial. Segundo nota de jornal, U2 se apresenta no Brasil nos dias 20 e 21 de fevereiro em São Paulo. E Franz Ferdinand vai abrir!!!! Elen!!!!! Vou ficar na tua casa! Me aguarde!

1:44 PM - Atualização: A Elen já me autorizou a comprar as passagens. Tudo certo!

dezembro 15, 2005


Super-gêmeos, ativar!



Porque homens insistem em ter atitudes de guris...


E se fosse Verdade, do Marc Levy, é um dos livros bobinhos mais lindinho que já li. E vai estrear no cinema no dia 23 de dezembro. Mark Ruffalo está em Just like Heaven. E eu adoro ele... Uma história de amor, simplinha, bonitinha, mesmo que inverossímil, e embalada para viagem, é tudo o que estou precisando.

dezembro 14, 2005

Não senti o vento entrando pela fresta da janela. Não senti os pequenos raios de luz que apontavam na parede. Sequer senti o toque do lençol no meu ombro. Mas, com toda a certeza que existe, senti a dor nas minhas duas pernas. Uma câimbra insuportável. Simultânea. Urrei, mesmo pensando em não acordar o prédio inteiro. Agarrei com força as duas pernas. Pedi para que a dor parasse. Não parou. Olhei a panturrilha, e vi um músculo em frangalhos. Retorcido, parecia lutar contra o osso e desejar minha derrocada. Escondi meus olhos contra o travesseiro. Desejei que fossem seis horas da manhã. Com o sol, estaria livre da maldição. Segundos depois, me acalmei. E sonhei com o mais lindo cacho de bananas do mundo.







dezembro 13, 2005

Estou começando a fazer o balanço geral de 2005. Pego todas as coisas: boas, ruins, inacreditáveis, inesquecíveis, melecas gerais, bicicletas, motocas e carrinhos de mão. Coloco tudo dentro de um saco, e balanço, balanço, balanço, balanço, balanço... Sirvo a mistura num copo de vidro e tomo com vodka. O resto é história e lembrança...

dezembro 12, 2005

So if you're lonely
You know I'm here waiting for you
I'm just a crosshair
I'm just a shot away from you
And if you leave here
You leave me broken, shattered I lie
I'm just a crosshair
I'm just a shot then we can die


Uma tarde divertida no Conselho... Eu, as caixinhas do som do computador e o Franz Ferdinand.

dezembro 11, 2005

Domingo. Fim de tarde. Despedida da turma da Oficina 35. Puxa, já está me dando uma saudade de tudo isso...

dezembro 10, 2005

EU PRECISO...

- Assistir Manderlay. Se o novo filme do Lars Von Trier me atingir como Dogville fez, garanto a minha satisfação cinematográfica de 2005.

- De férias. Minha cabeça pede férias. Meu corpo implora por isso.

- Escrever mais. Acredito que as idéias aparecem quando a gente vive. E eu vivi muito nos últimos 15 dias.

- Ler algo que me deixe em transe por vários dias.

- Ficar realmente em transe por vários dias.

- Pegar sol. Muito sol.

- Fazer yoga na grama. E, depois, dormir um pouco bem quietinha. E acordar com o barulho do vento.

- Aceitar os conselhos de um amigo, e deixar a verdadeira Lu aparecer de novo.

- Dizer: feliz ano novo! Feliz vida nova!

- Parar de escrever. E fazer...

dezembro 09, 2005

Se a vida pudesse atingir uma velocidade alucinante, esse meu momento foi ontem. Às 18h55min, nós, os 11 oficineiros do professor Assis, ocupamos nossos espaços e, sem uma folga, autografamos a antologia por mais de duas horas e meia. O Birra & Pasta ficou pequeno para tanta gente. E até mesmo esse blog é pequeno para todos os agradecimentos que eu gostaria de fazer. Família, amigos, pessoal da CCMQ, do CRA, da faculdade, da vida. Teve até leitor do 50kg (valeu, Germano!). Acho que nunca sorri tanto, tirei tanta foto, zoei e me diverti. Quase chorei trocentas vezes. E, no fim das contas, era a mulher acabada mais feliz do mundo. Um agradecimento especial ao professor Assis, pelos dois semestres incríveis, pela generosidade e pela lição de humanidade, carinho e, especialmente, literatura. Um abraço para os meus 10 colegas: ah! Como foi bom!! Valeu! Assim que o fotógrafo-atômico Luis liberar, publico algumas fotos por aqui. Para quem interessar, o livro está na Palavraria (Vasco da Gama, 165), Botequim das Letras (Felix da Cunha, 1143) e Raízes (Cristóvão Colombo, 2199 loja 4).

dezembro 08, 2005

Bem, queridos amigos. Então, o lançamento da antologia Contos de Oficina 35 é hoje. Eu e mais dez colegas faremos sessão de autógrafos no Birra & Pasta do Shopping Total a partir das 19h. Conto com a presença dos amigos que puderem ir e agradeço todas as mensagens que recebi. Beijos!

dezembro 07, 2005

É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã.

Tenho que ficar calma. Tenho que ficar calma. Tenho que ficar calma. Tenho que ficar calma. Tenho que ficar calma. Tenho que ficar calma. Tenho que ficar calma. Tenho que ficar calma. Tenho que ficar calma. Tenho que ficar calma. Tenho que ficar calma. Tenho que ficar calma. Tenho que ficar calma. Tenho que ficar calma. Tenho que ficar calma. Tenho que ficar calma. Tenho que ficar calma. Tenho que ficar calma. Tenho que ficar calma. Tenho que ficar calma.

Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca.

E com certeza tenho que pensar em mantras mais adequados do que esses...

dezembro 04, 2005


Tess, minha sobrinha mais fofa desse mundo.

dezembro 02, 2005

Todo mundo que já viu o Contos de Oficina 35 achou lindo. O livro ficou, realmente, muito bonito. Além disso, ontem, a Maria Wagner elogiou o meu estilo. Hoje, a Lu Vicente me deu os parabéns por dois contos meus que estão na antologia. E o Samir classificou o meu Limite do Espectro Solar de pequena obra-prima.

Gente, eu estou nas nuvens.

dezembro 01, 2005

"O crocodilo entrou no meu quarto mansamente, com passos arrastados que deixaram a ponta do tapete virada. Ele subiu no colchão onde eu estava deitado, se aninhou junto dos meus pés e ficou me olhando.

Estou enlouquecendo, pensei, e com muito cuidado espichei a ponta do pé até a altura do que seria a barriga dele. Senti a pele grossa e levemente fria, de uma textura molhada. O crocodilo fez um movimento brusco para trás, como quem se defende de uma cócega, e me sorriu"
(...)

O Crocodilo I (em Deixe o Quarto como está), de Amilcar Bettega Barbosa, vencedor do Prêmio Portugal Telecom de Literatura.

Parecia um pesadelo. Eu agarrei os dois fios de nylon... E puxei, puxei, puxei com força. Até que fizessem vincos na minha mão esquerda. O fio todo acabou no chão. E nada aconteceu. Na hora pensei: de quem foi essa idéia? E pensei de novo: onde eu estava com a cabeça quando aceitei puxar o cordão? O fio ainda estava no chão. Todas as pessoas olhavam para mim. E eu olhei para cima. E nenhum (nenhum mesmo) dos 500 balões se mexeu. "Faltou força, Lu Thomé?" Juro que faltou. Faltou força para escalar a parede do teatro e arrancar com os meus próprios dentes aqueles balões do teto. Bem-vindos ao meu show dos horrores.