maio 31, 2008

Viajar é uma das coisas mais legais e imprescindíveis do mundo. Mas, quando não se pode fazer as malas ou é, simplesmente, impossível fugir para qualquer aeroporto, o jeito (provisoriamente, é claro, sempre provisoriamente...) é acompanhar os relatos de viagem de amigos.

Já com saudades do querido Marcelo Juchem, comunico a todos que se interessam por esse tipo de escrito e queiram saber um pouco mais da Alemanha (além, óbvio, da possibilidade de encontrar textos hilários e não menos escatológicos), visitem:

http://cocadanaalemanha.wordpress.com

É isso. Primeiro post escrito pela minha conexão Claro 3G. Mas isso é papo para depois.

maio 28, 2008

ELE NASCEU!!! Comunico, oficialmente, que o lançamento e sessão de autógrafos do Ficção de Polpa - Volume 2 vai acontecer no dia 04 de junho, a partir das 18h, no Cult Bar (Rua Comendador Caminha, 348 - Porto Alegre). Dessa vez, a antologia traz 20 autores (entre eles eu, com o conto Olhos Vazios). Parabéns ao Samir pelo projeto que ficou lindo! Então, TODO MUNDO CONVIDADO! Quem comparecer vai, com certeza, encher meu coraçãozinho de jornalista/blogueira/escritora de felicidade!

maio 27, 2008

Tratamento de canal é acupuntura de dente.
Tomate pode ter gosto de maçã.
Boca parecendo corredor de hospital.
Celulares caem na água da privada (não foi o meu...).
Terça-feira com cara de quinta.

maio 25, 2008

Algumas camas são, definitivamente, inesquecíveis. O meu universo infinito particular tem um desses berços dourados e repleto de sonhos, aconchego e sentimento de atemporalidade. Um ninho que poderia ser emoldurado e preso na parede, passível de adoração completa. Porque a sensação de sem fim é reconfortante. Um alívio que faz bem para alma, para o corpo, para os olhos, para todos os projetos de um futuro que, melancolicamente, não está tão longe assim. E, droga, de novo eu fico rezando as com as mãos bem apertadas para que o fim de semana seja ininterrupto...

maio 24, 2008

De impulso, comprei a Internet 3G da Claro. Por telefone, em menos de cinco minutos. Agora, minha vida finalmente estará completa com conexão vinteequatro-por-sete. Noooooot.

maio 23, 2008

Não sei o que dói mais nessa vida. Mas, numa semana, em que várias conversas coincidentes com pessoas distintas circulavam no tema "garota-adolescente-que-morre-chorando-depois-de-terminar-um-namoro-de-vinte-dias", confesso que a dor que senti era infinitamente maior do que as pequenas cicatrizes das minhas desilusões amorosas da adolescência. Porque o corpo cresce e as dores crescem também. Essa cresceu sem controle, sem precedentes e sem trégua. E tem coisas que só aprendemos mesmo com a experiência. Pedi socorro aos meus pais. E, véspera de feriado, enquanto Mr. Flag aproveitava uma viagem ao Uruguai, eu curtia uma noite interminável no plantão dentário 24 horas da Avenida Assis Brasil. Não ria. A dor de dente é citada em qualquer pesquisa básica do Google como uma das dez piores dores do mundo. E, mais do que impressionada, eu estava petrificada com a possibilidade daquela dor nunca mais deixar o meu corpo. Mal agüentei uma hora de dor profunda (doía o tampo da cabeça, o ouvido, a gengiva, a parede da garganta e o pobre do meu gogó – até o gogó...). Então, o dentista de plantão (novinho, tentando ser engraçado enquanto eu fazia malabarismos com a bochecha a cada fincada) fez o raio X e disse: "Temos que tirar o nervo agora. Uma parte dele morreu. Olha aqui.Tem que fazer tratamento de canal". E eu olhei uma parte mais apagada de um traço no meio do osso. Claro, eu respondi. Já vou avisando: anestesias não pegam em mim. Xilocaína, uma anestesia, pezinhos se contorcendo, mãos se apertando, mais uma anestesia depois e uma broca que insistia em não funcionar (com direito a velocidade câmera lenta e banho de água na minha camiseta do Laranja Mecânica), eu acompanhei a retirada do nervo e a colocação de um curativo. "Tudo provisório. Tem que procurar tua dentista agora." Hummmmm... Sim: o processo todo levou mais de uma hora. Eu, camiseta molhada, maquiagem borrada, cara/língua/bochecha/quilos-de-pele anestesiada e olhos vermelhos de tanto chorar, estava definitivamente pronta para o feriado...

maio 18, 2008

No meu caso, quando começo a escrever, o texto já vem praticamente pronto; parece que ele se elabora no inconsciente ou no subconsciente. Eu me comparo a uma piscina: hoje estou inteiramente vazia, mas amanhã estarei cheia d’água. O inconsciente vai alimentando, vai nutrindo, vai juntando a memória convertida em imaginação, que é uma memória falsa, adúltera, recriada pela mentira, pela ficção. Eu acho que a criação literária é uma mitografia, é uma ficção.
Lêdo Ivo

Primeiro de tudo aparece a idéia. Às vezes vagamente, não sei como, outras vezes por um acontecimento qualquer. O Mez da Grippe apareceu quando fui fazer uma matéria sobre a gripe espanhola em Curitiba. Fui para a biblioteca e comecei a pesquisar nos jornais da época, e logo de cara vi que o jornal governista procurava esconder a epidemia, e o jornal da oposição mostrando o que estava acontecendo, as mortes e tudo mais. Estava pronto o livro, grande parte das imagens estava naqueles jornais. O meu trabalho foi de concatenar tudo o que tinha na cabeça e catar mais imagens que se encaixassem no que já existia, e se ligassem com as palavras, ou se transformassem em palavras, e assim me ajudassem a inventar a história. Juntando verdades com mentiras inventadas. Com Minha Mãe Morrendo foi mais fácil ainda. Às vezes memórias verdadeiras, às vezes memórias com pedaços esquecidos e coisas que, sei lá por que, não vêm na memória. E mentiras, mas sempre memória. Até hoje é assim: penso coisas que quero pensar e outras que não quero e não sei o que são: aparecem.
Valêncio Xavier

Como Escrevo?, de José Domingos de Brito

maio 17, 2008

maio 16, 2008

Hey! Se você gosta de mim (mas não precisa nem gostar tanto assim...), mas ama (AMA!) rock bom... Faça um favor para a Lu Thomé e para todos os porto-alegrenses. Entre no site www.opuspromocoes.com.br e vote no MUSE. Eu gosto muito (muito!) de Klaxons. Mas Muse em Porto Alegre é um sonho de muitos tempos...

VOTA!!! VOTA!!!! VOTA!!!! De novo o link: www.opuspromocoes.com.br. Valeu!

Se fosse um dia normal, de um tempo normal, eu estacionaria o carro e atravessaria o caminho dando bom dia (ou quase boa tarde) e abanando para algumas pessoas. Subiria pelas escadas (afinal, era um andar só), abriria a porta da sala e , enquanto o computador ligasse, eu iria até o espaço ao lado e diria: "Isso são horas?!" Ele sorriria e me responderia: "Lu Thomé, achei que tu não vinha mais trabalhar. Me abandonou a manhã inteira." E riríamos um pouco. Desceríamos até o restaurante e, antes dos nossos pratos chegarem, eu diria: "Perdi o sono e acabei assistindo Lua de Fel." E passaríamos os próximos tempos falando desse e de outros filmes. Até que ele dissesse: "Não, não... Mas tu não pode falar de cinema se até hoje não viu..." E agora quem pára sou eu. Porque não me lembro sequer qual o título do filme. Se fosse um dia normal, eu diria que, simplesmente, tivera um pesadelo de esquecer tudo ou perder as lembranças. E voltaria à vida que sempre será a desejada... Não importa o que aconteça.

maio 14, 2008

Hoje eu fiquei um pouco preocupada. Bastante para falar a verdade. Quase em choque para ser mais precisa. Não foi uma palavra ou frase específica. Foi o tom. "Está tudo bem. O almoço espera. Acho que até 2010 nós conseguimos marcar". E fiquei chateada porque a culpa é minha. Porque, há quase um ano, não me permito mais esses pequenos prazeres, essas pequenas folgas. Horrível. Além disso, a sensação que tenho é que de tudo o que faço, nada acaba valendo para a vida. Não aproveito bem meu tempo, não curto as pessoas que conheço. Por pura falta de tudo... Estou me tornando meu próprio fantasma assombrando a minha vida social. A verdade é que acho que estou perdendo os meus amigos. Isso sempre aconteceu, de uma forma ou de outra. Mas, nesse momento, parece massivo. É fácil manter a comunicação pelo blog ou por e-mails. Mas, sempre que um exige a minha presença no mundo real, não correspondo. E acho que deve machucar... Que droga.

maio 13, 2008

Então assim... De novo, e lá vamos nós. A vida é complicada. Naturalmente enrolada. E é impressionante como algumas pessoas têm o dom (verdadeiro, natural, consciente e diabólico dom) de complicar o já complicado. Tornar impossíveis e doloridas tarefas cotidianas e banais. Sim! Porque a alegria da pessoa está em infernizar o simples e o instintivo. Porque, pensa bem: pessoas assim são nascem com esse instinto demolidor. E nem querem saber de fênix... Porque para elas quase nada renasce dessas cinzas. E olha: precisam de cinzeiros para armazenar meia Amazônia aniquilada pelo fogo. E digo mais: tento esquecer a história. Mas ainda está muito quente por aqui... Vou pegar o extintor e já volto...

maio 12, 2008

Feliz aniversário, Mr. Flag!

maio 11, 2008

Que sensação maravilhosa curtir um domingo, sem culpa do trabalho acumulado, sem pequenezas incomodando os pensamentos... Ai, ai... Pode vir segunda-feira. Dessa vez, não estou nem aí!

maio 09, 2008

Eu estava muito, muito cansada. Mesmo assim resolvi ir no Pilates. Correndo para casa, estava com muita, muita fome. Como o Mr. Flag estava conferindo o lançamento do paperview do Campeonato Brasileiro na sede da NET (onde mais ele estaria?), liguei para o Curry Express e pedi Saag e uma fatia de pão Naan. Contei cada um dos 40 minutos para a entrega da sagrada refeição. E comemorei cada garfada, me sentindo a rainha do meu reino especial e quentinho. Sim, eu esquentei a casa toda. Depois, um livrinho essencial, e um soninho perfeito. Uma sexta-feira simples e indispensável. Porque tem tanta coisa e gente ridícula nesse mundo, que é melhor falar da minha noite do que mencionar isso... hehehehehehehehehe...

maio 08, 2008

Vinhos, snake bite, comidinhas e conversas. Voltei de São Paulo, aterissei no lançamento do Antônio e fui correndo para o happy hour com os amigos no ShamRock. Tão bom, que já dá saudades um minuto depois.

maio 07, 2008

Sumi um pouco do blog. Estou em São Paulo. Mas só por alguns dias. Viagem relâmpago. Mil coisas para fazer em poucas horas, e canseira total depois da maratona de reuniões e briefings. Mas amanhã estou de volta a Porto Alegre. E cheia de eventos.

Aproveito para fazer a convocação:

Amanhã (08 de maio), às 19h, Antônio Xerxenesky vai autografar Areia nos Dentes, romance que marca a retomada de lançamentos da Não Editora (http://www.naoeditora.com.br/) em 2008. O evento acontece na Palavraria Livraria-Café (Rua Vasco da Gama, 165 – Bom Fim). Prestigie!

maio 05, 2008

maio 04, 2008

Trabalhei de mau humor na sexta-feira. Sim, isso acontece muitas vezes. E, quando estava me liberando a franga, o temporal fez com que eu parasse de mostrar os dentes. Só restou torcer para chegar em casa logo. Mesmo que sem luz. Duas velas resolvem a situação bem demais. Mas sem poder ler, o jeito foi dormir até a luz voltar. E como ela não voltou, dormir mais, até a hora que o Mr. Flag disse que eu não tinha jeito, e que era preguiçosa demais. Saí de casa com dor de cabeça, e mundo cinza... Pelo menos até comer horrores no almoço. Tão quimicamente feliz que nem liguei do shopping estar caótico. Tão tagarela, que nem tinha notado que já devia estar deixando a Carol tonta de tanto me ouvir. E dá-lhe café e torta de maçã. Terminei o sábado no cinema, sonhando com Cassandra. Que confesso achei meio estranho, teatralizado em demasia, um pouco frio, distante. Não me emocionou, Napp. E o domingo? Foi passando feito a chuva. Devagar, escondido, fingindo que andava de costas pra ninguém perceber sua fuga. Droga! Eu odeio quando a segunda-feira chega como um soco no queixo...

maio 01, 2008

Olhei todas as minhas roupas de lã e disse: não. Ainda não é possível. Mesmo que esteja 8 graus. Mesmo que o rádio anuncie 5 graus. Essa geralmente é uma passagem difícil para mim – o frio que vem e que toma conta. Esse ano veio um pouco antes. Ligeiro, chegou fazendo bagunça e reclamando direitos. Eu, velha adepta da moda cebolas, visto camadas e mais camadas de tecidos. Mas não lã. Ainda não. E nem meu casaco de urso, que me protege das tempestades polares. Melhor mesmo seria isso: hibernar o inverno inteiro, me comunicando com o mundo só pela Internet e dando uma olhada na janela. Até a neve passar. Ah, a vida nos pólos...