janeiro 31, 2006


Voltei. Cheguei a Porto Alegre hoje às 6 da manhã. Cansada, acabada, mas feliz da vida. As férias foram maravilhosas. E melhor de tudo: além de conhecer lugares lindos, me descobri uma pessoa corajosa e aventureira. E isso permitiu que eu conhecesse muita gente legal. O povo está curioso para saber como me virei sozinha na Bahia. Hoje não vai dar... Tenho muito trabalho. Mas estou preparando um post especial com todos os "momentos". Aguarde aí, meu rei...

janeiro 23, 2006

Então, o período pré-férias acabou. Ingresso, na noite de hoje, no meu primeiro real período de férias em dois anos.

Amanhã pela manhã, sigo para Salvador e depois para Itaparica.




Todas as medidas e conselhos de viagem foram tomados,
vestidos e biquínis separados...

Retorno no dia 31 de janeiro pela manhã.

Não vou atualizar o blog, não vou olhar meu e-mail.





Notícias urgentes, somente no celular.

Até a volta. E um beijo com cheirinho de mar em todos!

janeiro 22, 2006

Vi a sugestão no blog do Milton Ribeiro. E gostei da idéia de fazer um currículo pessoal. Aí vai o meu.

1) Nasci num fim de tarde de março. Um pôr-do-sol lindo, me dizendo que eu estava pronta para o mundo e deveria aproveitá-lo. Mas tenho fases: de ficar em casa durante meses, sem pegar o telefone e ligar para alguém. E de sair todos os dias e todas as noites para conhecer lugares e pessoas. Acho que a culpa é do meu ascendente em libra e da minha lua em câncer. Só pode ser.

2) Eu tenho mania por trabalho. E sou psicótica por perfeição desde criança. Isso faz com que eu seja uma chata várias vezes.

3) Eu tenho medo. Mas quando o perco, enlouqueço de vez. Sim, sou meio pirada, e daí?!?!?

4) Eu me machuquei de todos os jeitos possíveis quando era criança. Na realidade, sempre fui um moleque. Subia em todas as árvores, nadava no rio, dirigia escondido o carro do meu pai, ralava os joelhos e os cotovelos em qualquer canto, roia unhas desesperadamente, caía e levantava. Um osso eu só fui quebrar depois de adulta. E foi o penúltimo dedinho do pé direito, numa aula de yoga.

5) Uma vez quando pequena eu me queimei feio. Caí em cima de um fogão a lenha. Queimei o pescoço. E tenho uma cicatriz de meio centímetro graças aos cuidados da minha mãe.

6) Eu tenho alguns amigos. Verdadeiros amigos. Do colégio não sobrou quase nenhum. Da faculdade tenho os companheiros de bar e de risadas. E do trabalho, os amigos sempre vão e vem. E alguns ficam. Tenho amigos que conheci na Internet, e tenho amizade que só consigo manter através da Web, pela nossa distância.

7) Depois de quatro anos, tive coragem e me matriculei na oficina do Professor Assis Brasil. Depois de um ano, tive mais coragem ainda e participei da edição de um livro. Ainda tenho um frio na barriga. E isso faz com que novas idéias surjam para o meu livro. Graças a Deus.

8) Já entrevistei muita gente legal na minha vida de jornalista. Uma vez, conheci Antonio Skármeta. Ele foi um amor comigo nas duas vezes que nos encontramos.

9) Morei com os meus pais até os 26 anos. Volto duas vezes por semana para visitá-los. E a coisa que eu mais gosto é que a gente ri muito quando está junto. Até mesmo na hora do jantar.

10) Tenho uma tatuagem nas costas. Fiz em 1996. Na verdade, quem queria mesmo se tatuar era a minha irmã. Por amor, eu fiz antes, só para mostrar pra ela que não doía tanto assim.

11) Faço yoga duas vezes por semana. Mas ainda não consegui deixar de comer carne.

12) Choro duas vezes por semana. De tristeza e de alegria.

13) Quando eu dou risada, faço escândalo. Mas não consigo me controlar se acho algo muito engraçado.

14) Meu melhor amigo tem mais do que o dobro da minha idade. Ele é poeta. Quer que eu seja escritora. E se diverte com as loucuras que eu falo todos os dias.

15) Um dos grandes amores da minha vida é vermelho, tem quatro rodas e motor 1.6. Tem nome: Dequinho. E me entende e ajuda como ninguém. É por isso que não deixo ele ir embora nunca.

16) Tenho adoração pelo novo. E principalmente por comidas exóticas e diferentes. Provo tudo sem medo. Adoro carne de búfalo com geléia de framboesa.

17) Nunca gostei muito de chocolate. Hoje em dia não posso mais comer doces por ordens médicas. Nunca gostei de pizza. E sorvete me enjoa rápido.

18) Já sofri um ano inteiro por amor. O médico disse que não, mas tenho certeza de que ficou uma cicatriz bem aqui no meu peito. Quando assisto a um filme ou leio um livro triste, essa cicatriz dói.

19) Já fiz loucuras por amor. Hoje estou mais calma.

20) A primeira impressão que tenho das pessoas é sempre a errada. Sempre.

21) Tenho muito medo de ser rejeitada. E mais medo ainda de que as pessoas não gostem de mim. Mas tem dias que eu esqueço isso. E daí brigo com todo mundo.

22) Queria viajar pelo mundo todo.

23) Quando eu fico braba, xingo, praguejo e falo palavrões por horas seguidas. Uma vez, até dei um soco na parede. Um minuto depois, esqueço tudo completamente.

24) Não tenho medo de me mostrar. Mas, se não quiser, ninguém me obriga a abrir a boca.

25) Um dia, quero ter um filho. E vou tentar ao máximo não obrigá-lo a ser igual a mim.

26) Gostei disso. Vou fazer novamente outro dia.

janeiro 20, 2006

Diálogo de fim de tarde, terminando o trabalho, em período pré-férias, clima melancólico...

- Bah, Sassá. Vou fazer 29 anos em março.
- Te incomoda isso, Lu?
- Não. Mas daqui algum tempo, vou dizer: Bah, Sassá, vou fazer 50 anos em março.
- E eu vou dizer: te incomoda isso?

Tá bem, Sassá. Venceste. É a vida.

A pedido.

janeiro 19, 2006

Esse blog, além da doideira habitual, também tem seu lado "utilidade pública". E especialmente cultural. Então:

ATENÇÃO POETAS!!!

QUARTA EDIÇÃO DO PRÊMIO CASA DE CULTURA MARIO QUINTANA

No ano do Centenário do poeta Mario Quintana, a Casa de Cultura Mario Quintana promove o 4º Prêmio Casa de Cultura Mario Quintana - Edição 2006. Este concurso de abrangência nacional, cuja primeira edição ocorreu em 2003, terá uma edição especial. Em homenagem ao 100 anos de Mario Quintana, o concurso vai contemplar a categoria POESIA, com duas modalidades (Poesia para adultos e Poesia para Jovens).

O concurso é aberto a qualquer escritor brasileiro, residente ou não no Brasil. Abaixo seguem as características de cada premiação:

POESIA PARA ADULTOS: Esta modalidade será patrocinada pela Construtora Sultepa S.A. Cada autor deve enviar originais em poesia com no máximo 150 (cento e cinqüenta) páginas. O prêmio concedido ao vencedor será um contrato de edição da obra com 1.000 (um mil) exemplares com a Nova Prova Editora, prêmio de R$ 8 mil (oito mil reais) e lançamento na 52ª Feira do Livro de Porto Alegre.

POESIA PARA JOVENS: Esta modalidade será patrocinada pelo Nacional. Cada autor deve enviar originais em poesia com no máximo 80 (oitenta) páginas. O prêmio concedido ao vencedor será um contrato de edição da obra com 1.000 (um mil) exemplares com a Nova Prova Editora, prêmio de R$ 8 mil (oito mil reais) e lançamento na 52ª Feira do Livro de Porto Alegre.

Os originais devem ser encaminhados à Casa de Cultura Mario Quintana em três vias, com um pseudônimo do autor. Não serão aceitas poesias avulsas. A obra vencedora será escolhida por uma Comissão Julgadora nas duas modalidades, sendo que na Poesia para Jovens haverá um Júri Juvenil, formado por 11 estudantes (ensino fundamental e médio).

As inscrições estão abertas até o dia 16 de maio de 2006.

O regulamento completo do concurso está publicado no site da Casa de Cultura, no endereço www.ccmq.rs.gov.br.

Em 2005, o concurso premiou a Literatura para Jovens e recebeu 212 originais vindos de 19 Estados do Brasil, além de Nova York, Londres e Berlim. A vencedora foi Eloí Elisabete Bocheco, com a obra Beatriz em Trânsito. Em 2004, o concurso contemplou a categoria conto e recebeu 226 originais, vindos de 15 Estados do Brasil e Uruguai. O vencedor foi o carioca João Paulo Vaz, com a obra A Mão do Chefe. Em 2003, o concurso foi na categoria romance e recebeu 103 originais, vindos de 12 Estados brasileiros. Os vencedores foram o mineiro Edmundo de Novaes Gomes, autor da obra Falar, e o pernambucano Walter Moreira Santos, autor de Um Certo Rumor de Asas.

janeiro 18, 2006

E se fosse possível voltar no tempo, e mudar alguma coisa. O que você faria? Eu voltava para o dia 08 de dezembro de 2005. E aceitaria o que a vida me ofereceu...

janeiro 16, 2006

Fim de semana do "e por que não..."

- aproveitar o sábado de ócio e colocar um piercing na orelha direita? Coloquei.

- aproveitar o domingo de sol e ir recarregar as energias no templo budista de Três Coroas? Fomos. Eu, a Mari e o Ricardo. As fotos são dele.

janeiro 12, 2006

- Por favor, desligue o carro e saia.

Pela cara do policial, pensei que ele iria me mandar colocar as duas mãos sobre o capô.

- Os documentos do veículo e a carteira de motorista.

O asfalto se transformou em gelatina. Ou meus braços e pernas tinham acabado de assumir a forma de uma batedeira. Tremedeira, tremedeira. Não me lembrava se o documento do carro estava na minha bolsa, assim como já esqueci a carteira de motorista várias vezes em casa.

- A senhorita sabe que estava andando com os faróis desligados? São quase nove horas da noite.

- Desculpa -, eu respondi.

Estendi os documentos. O braço direito esticado, balançava muito. Parecia que iria fugir e me deixar ali, em plena Av. Assis Brasil, sozinha.

- Desculpa -, eu falei novamente...

Na tentativa de evitar uma multa, esqueci da tática ensinada pelo pai: ligar a luz alta. Era a única forma de evitar que eles descobrissem que eu estava com o farol direito queimado. Irresponsavelmente queimado há três semanas... No desespero, desliguei tudo...

- Está escuro. A senhorita deve ligar o farol sempre.

Ele falava. Eu olhava a pistola. Ele falava. Eu tentava levantar os olhos, mas não conseguia.

- Ok... Desculpa.

Idiota. Eu não conseguia falar outra coisa. Desculpa, desculpinha, desculpão... Pensei que deveria começar a agir normalmente... Para não ser presa ou levar chumbo... Começava mal minha carreira como "Bandida dos faróis apagados".

- Abra o porta-malas, senhorita.

Abri. Ele prosseguiu:

- O que é isso?

- É um cabo de vassoura. O amortecedor da porta traseira está estragado há um ano. A porta não pára mais sozinha. E eu ainda não consegui trocar. Já bati a cabeça várias vezes...

- E isso aqui?

- É uma sacola. Com um envelope dentro. Eu ia mandar uma carta cor-de-rosa pelo correio. Mas desisti. Acabei esquecendo tudo aí. A pessoa nem fala mais comigo mesmo. Mandei um e-mail na semana passada...

- Ahã. Abra a porta da frente.

Abri.

- Preciso acender a luz?

Ele não me respondeu. Abaixou o corpo e começou a remexer nas coisas que estavam atrás do banco.

- O que é isso?

- Minha mochila do yoga. Faço duas vezes por semana, com uma professora bem bacana e querida. Aí dentro tenho uma calça, daquelas com cintura especial. Sabe? Para todo o alongamento e tal. E uma blusa, bem básica... Fica muito quente quando a gente faz exercício assim no...

- E isso?

- Outra sacola. Mas cheia de coisas... Eu lavei o carro no dia 08 de dezembro, e eles colocaram todas as minhas coisas dentro dessa sacola. Sabe? Brindes, folhetos, santinhos... Eu tenho alguns santinhos no carro. Tem outros dentro do porta-luva. Quer olhar?

- Pode ir embora. Isso tudo é só um procedimento de rotina.

- Mas não quer olhar o banco da frente?

- Pode ir. E não esqueça de ligar os faróis...

Olhei em volta. Meu carro era o único parado na barreira policial. Pensei em todos os assuntos que poderia falar com o pessoal. Música, viagens, literatura... Ainda nem tinha contado para eles que lancei um livro em dezembro.

Mas minha tática de enrolar o policial até as primeiras luzes da manhã não funcionou. Ele me mandou embora uma última vez. Parecia mais zangado do que no momento em que pediu que eu descesse do carro. Então, eu fui. E tive que ligar os faróis na frente de dez guardas... Um farol ligado. O outro desligado. Eu nem liguei. Continuei em transe. Fingindo que nada estava acontecendo. E rezando para que, algum dia, meu corpo parasse de chacoalhar.

janeiro 11, 2006

Existem empresas e pessoas que utilizam a Internet de forma eficiente, conhecem muito bem seu público-alvo, estudaram noções e efeitos do marketing de precisão e sabem oferecer o produto certo, na hora certa e para o indivíduo certo.

Pois eis o e-mail que eu recebi hoje:

Lu Thomé: quando for comprar peças para empilhadeiras, consulte nossas ofertas.

Como é que eles conseguiram adivinhar que era justamente isso que eu precisava nessa semana?

janeiro 10, 2006

Amanhã, às 19h, a Casa de Cultura promove o evento que marca o início do Ano Mario Quintana: a reabertura do Acervo Mario Quintana. Situado no mezanino da CCMQ, ele funcionará em caráter permanente, atendendo visitantes e escolas. A reforma contou com o apoio cultural da CEEE. Para homenagear o poeta, serviremos champanhe e quindins. Vai ficar faltando somente o cafezinho...

Quem estiver em Porto Alegre, nesse calor insuportável, está convidado para brindar com a gente. Seguem as fotos do acervo. Em primeira mão.

janeiro 09, 2006

Ontem, após ler um conto de Poe, larguei gentilmente o livro de lado, e fiquei olhando para a parede, sem fixar os olhos em nenhum objeto. Olhei para o nada. E pensei no quão necessários para a minha vida são os textos arrebatadores. Ou os filmes que te derrubam com um soco. Não sei quanto tempo fiquei absorta, escondida dentro de mim. Pensando, pensando... E aproveitando cada segundo, e cada idéia. Pensei em hipnose, em loucuras, em viagens, em tentar de alguma maneira segurar esse tempo louco que parece cada vez mais doido e rápido... Termino nessa semana o Histórias Extraordinárias, livro do Edgar Allan Poe que foi traduzido e readaptado por Clarice Lispector. E estou completamente enfeitiçada pelo terror dele. Todas essas sensações foram patrocinadas pelo Mano, que gentilmente me emprestou o livro.

janeiro 08, 2006

Um feedback caseiro de fim de semana apontou que meus leitores não apreciam a publicação de letras de música aqui no 50kg. Querem, sim, de volta as histórias engraçadas. Vou tentar. Iniciei a produção de três novos contos. Os três primeiros da nova safra pós-oficina. E não tenho medo de dizer: só consegue escrever quem vive. Eu não estava vivendo antes. Isso está encancarado até mesmo no blog, com toda a minha verborragia das últimas semanas. Com certeza: a vida é uma cachaça. E eu estou bêbada.

janeiro 06, 2006

You could be my unintended
Choice to live my life extended
You could be the one I'll always love
You could be the one who listens
To my deepest inquisitions
You could be the one I'll always love

I'll be there as soon as I can
But I'm busy mending broken
Pieces of the life I had before

First there was the one who challenged
All my dreams and all my balance
He could never be as good as you
You could be my unintended
Choice to live my life extended
You should be the one I'll always love

I'll be there as soon as I can
But I'm busy mending broken
Pieces of the life I had before

Before you

janeiro 05, 2006


janeiro 04, 2006


Eu adoro as tiras do André. Visitem o site. Garante a dose de humor negro... Na veia.

Fiquei viciada nos cartões de débito. Eles são aceitos em quase todos os lugares e são, até mesmo, mais práticos do que ter dinheiro na carteira. Ruim, ruim de verdade, é quando descobrimos que eles não são o nosso pote cheio de ouro no fim do arco-íris. Eles também falham. E, se não é por falta de saldo, é a fatídica frase: o sistema está fora do ar. Justo no dia em que eu, a personagem principal da minha vida, entrei no supermercado para comprar a minha janta divertida na terça-feira solitária, e tinha apenas (nada mais, nada menos) dois reais na carteira. Cheguei a me imaginar preenchendo o cheque: sete reais e cinqüenta e quatro centavos... Então, fiquei no meio do corredor, com o cartão em uma mão, e a sacola de compras na outra. Esperando... e pensando nas formas alternativas possíveis de pagamento. Maldito sistema... Mas eis que fui salva pelo cavaleiro da ordem secreta das maquininhas que sempre funcionam. Sempre... Agradeci a gentileza de tão nobre atitude. E segui para o castelo encantado. Minha versão moderna de conto de fadas.

janeiro 03, 2006


Uma câmera na mão. E uma egotrip na cabeça. O braço? Melhorou. Obrigada por perguntar...

janeiro 02, 2006

Vem... Pode vir me perguntar. Dou todos os detalhes. Descrevo exatamente como é. Canto todas as canções sobre o tema. Recito diversos poemas. Vou chorar baixinho, ali no canto. E esperar tudo passar. Quero a ajuda de todos os poetas, boêmios, amantes e quem já sofreu por amor... Porque é isso o que sinto agora: uma baita dor-de-cotovelo...

janeiro 01, 2006


Sim. Estou fazendo coisas diferentes. Desde ontem. Esse é o lema. Sim, nós fomos no cinema hoje. Sim, o filme não era tão bom quanto eu esperava. Sim, voltamos para casa perto das 17h30min. E sim, a duas quadras da casa dos meus pais, uma louca psicótica não parou no sinal vermelho e quase atropelou duas senhoras na faixa de pedestres... Sim, ela estava a 100 quilômetros por hora. E SIM... ela bateu no nosso carro, no momento em que cruzávamos a avenida, quando o NOSSO sinal abriu e o DELA fechou. Eu só ouvi o barulho, não sabia o que vinha na nossa direção. Fechei os olhos. Pensei em algum carro batendo direto na porta do Elio. E o Mano no banco de trás, sem cinto... Depois da batida, o carro rodou e o mundo parou... O Elio sofreu um apertão do cinto de segurança. O Mano bateu a cabeça no vidro. E eu bati meu cotovelo contra algo que ainda não descobri, visto que foi o esquerdo. Todos ok... Sim. Desci do carro ouvindo os gritos das senhoras da faixa de pedestres: assassina, louca, desgraça... E, do Civic cinza, saiu uma mulher de vestido laranja e saltos enormes... Disse que o sol atrapalhou sua visão. E, pelo jeito, descontrolou também o pé que apertava o acelerador. Fizemos todos os trâmites. E, sim, como o meu cotovelo doía cada vez mais fui para uma clínica de traumatologia. Sim, está tudo ok. Vou tomar um remédio e imobilizar o braço por dois dias. Machuquei um pouco o tendão. Ah! Sim, eu considero isso um bom sinal. Sinal de que 2006 vai ser muito bom! SIM!

Meu início de ano foi inusitado. Fiz coisas diferentes do habitual. Só para variar. Vai que esse é o segredo. Passei a virada na casa dos meus pais. Jantamos antes e fomos ver os fogos no terraço. Tomei sozinha uma garrafa de Freixenet. Dancei. Cantei. Ri. O pai e a mãe saíram rapidinho. E, terminamos a noite na cozinha, dançando no espaço entre a pia e os armários. O Mano e a Moni lavavam a louça. Eu secava. E a gente cantava bem alto...

If I can't have you,
I don't want nobody baby