junho 29, 2007

Oi! Aqui quem escreve é a orelha esquerda da Lu Thomé! Por que a esquerda? A direita está espremida contra o chão, agüentando o peso da cabeça inteira. Pois é. Ela não suportou. Está desmaiada e eu me libertei para deixar esse recado. Dois dias de trabalho noite adentro no escritório. As costas que não a deixaram em paz um minuto. E depois os olhos secos e cansados, querendo fechar a todo o custo. Foi demais... Então, declarei a minha liberdade física e assumi o controle do notebook. A insurreição só ficaria completa com um post no blog, é claro. Mas vou arcar com todo o trabalho a partir de agora. Talvez pela madrugada. Desejem-se sorte. E sussurrem algo aqui, bem perto. Para que eu não me sinta tão sozinha. A Lu vai dormir até amanhã. E volta no domingo... Bye!

junho 27, 2007

Está comprovado... Para mim, as últimas cenas de Closer foram arrebatadoras quando eu vi o filme no cinema. E continuam a ser. Senti um aperto no peito quando assisti os últimos dez minutos na tevê. Nunca revi o filme inteiro. Falta coragem e sobra cicatriz, eu acho... Em homenagem a isso, medos e experiências, ouvi Damien Rice a tarde toda. E a chuva podia até parecer lágrima, percorrendo o vidro da janela. Mas era de felicidade. Levinha, mas felicidade constante.

We might kiss when we are alone
When nobody's watching
We might take it home
We might make out when nobody's there
It's not that we're scared
It's just that it's delicate

junho 24, 2007

Não planejei nada de especial para o fim de semana. Na realidade, o contrário: pretendia que ele fosse o mais ordinário e comum possível. Um pouco de trabalho (se minha coluna sem yoga agüentasse...), algum filme, alguma leitura... Café, chimarrão... Tinha desistido até mesmo de tomar o meu habitual remédio (mata tudo...) dos domingos. Mas não acreditei em milagres (sim, queridos amigos colorados... principalmente depois de quarta-feira... no entanto, feliz pelo domingo...). Mas... Mas... E mas... Estava olhando um filme ontem à noite, e me lembrei do meu notebook. Depois de ser pessimamente atendida na assistência técnica (e também chocada pelo modo como os funcionários brigavam, falavam palavrões e olhavam pornografia no meio do expediente e na cara dos clientes...), havia solicitado o backup do HD e desistido de trocá-lo com eles. O backup veio como o comportamento comercial deles: incompleto. Decidi ficar com o note encalhado em casa, até ter dinheiro para trocar o hardware defeituoso. E triste, é claro... Há semanas tento recuperar tudo o que perdi no note. Péssimo hábito de não fazer backup periódico, salvei a pasta "Trabalho" por milagre. E perdi a "Vida"... Então, então e então... Resolvi dar mais uma chance ao bichinho. E, durante o filme, liguei o note. Deu o barulhinho. Abriu o Windows. Em modo de segurança. E nem tão lento como estava da última vez. Consegui ver os arquivos... Todos eles... Gritei para o Mr. Flag: "Me alcança meu pen drive"... Não podia perder um minuto. E, foi assim... Comecei salvando os arquivos soltos, depois outras pastas, um ano de fotos... dois anos... três anos... Colocava um giga no pen, salvava no outro notebook e deletava. Trabalho de formiguinha... Às duas da manhã, tinha terminado de transferir TUDO. Tudinho. Até a pasta de Favoritos do Internet Explorer. Minha vida se resume a 7 "preciosos" GB. Minhas preciosas fotos. Saudades de muitos amigos. Saudade de uma amiga em especial. Muita saudade. Passei o domingo pela manhã organizando os arquivos, olhando rostos e lugares... Muitas vezes... E como se fosse a primeira.

junho 23, 2007

Sábado pela manhã... Minha casa... Volume 40...

Bom diaaaaaaaa, vizinhoooooooooooooooos!!!!!!

junho 22, 2007

Sexta-feira. Coloquei a música. Pensei em alguns desaforos com classe. Chamei o(a) cara de ignorante e ele(a) vai se achar inteligente, paciente e perceptivo(a). Tenho certeza. Típico(a) profissional do "mercado", da "doce ilusão de uma cadeira e um computador"... Mas eu sou "do mundo aqui de fora". Sempre... Publiquei tudo lá nos comentários do blog da Mari. Xô, marginais virtuais. Destilado o veneno do dia (alívio...), me dedico à dança. De novo: é sexta-feira!

Now hang me up to dry
You wrung me out
Too too too many times
Now hang me up to dry
I'm pearly like the whites
The whites of your eyes

junho 21, 2007

Suposta banda de rock. Fugindo do inverno rigoroso de Porto Alegre. E rumo a uma galeteria (repleeeeeeeta de comida) no bairro Menino Deus. Será?

Yippee-ippee-ey-ey-ay-yey-yey
I had to crucify some brother today
And I don't dig what you gotta say
So come on and say it
Come on and tell me twice

junho 20, 2007

A gente nasce do nada. Não do nada absoluto. Claro, sempre tem antes aquela história do amor do papai e da mamãe e da viagem na cegonha. Mas quando se nasce, não se tem nada... Nada nos bolsos porque não há bolsos. Nem bolsa, nem idéias, nem noção de nada. Nascemos uma mistura de gosma, sangue e choro. De cara, no meio do desespero, ganhamos a segunda coisa de todas: depois do tapinha nas costas do doutor, a promessa incondicional do amor de nossos pais. Mas, mesmo assim, não somos nossos pais. Ganhamos leite, roupas, presentes... Mas não somos nada disso. Vamos para a escola, aprendemos, brigamos com estranhos, rimos com os amigos. Mas não somos nossos inimigos, colegas, ou nossas brincadeiras e encrencas. Namoramos. No entanto, não somos esses beijos, amassos ou outra coisa para os mais adiantadinhos. Passamos no vestibular. Mas, definitivamente, as centenas de cruzinhas marcadas não dizem nada sobre a gente. Vagabundeamos um pouco, arranjamos estágio... Ganhamos um troquinho que dá para alguma bebida ou roupinhas. Mas não somos nossas roupas ou porres. Então, ganhamos um canudo e um emprego. Ou canudo e empreguinho. Ou até mesmo sem canudo, um empregão. Daí até conseguimos comprar mais roupas, viajar de vez em quando, inventar algumas coisas, e beber todas ocasionalmente... Mas, claro, se novamente, eu for escrever que “não somos nada disso”... O que nós somos, afinal? Para o bem e para o mal, somos a essência daquilo que se originou lá na primeira linha desse texto, no nascimento. Na equação da vida, esse material bruto somado a todo o resto que aparece (das brigas, aquisições, amizades, guerras, batalhas, conquistas e álcool...) é que origina o fato de que podemos ser uma pessoa incrível ou terrível. Mas a mágica é que até mesmo esses rótulos são falhos. Porque ser tenebroso ou fantástico não resume uma pessoa. Nós somos muito mais complexos do que isso... Então, não somos a outra pessoa do nosso lado, a família, o dinheiro, o carro, um rabisco na carteira de trabalho. Somos uma promessa e uma esperança... Eu acredito cada vez mais nisso.

E Maricota... Tua vida não se resumia ao teu emprego... Se tem uma palavra que pode resumir a tua trajetória é: POTENCIAL. Acredita em ti sempre. Se o empregão fechou a porta, sei que vais encontrar outro empregão maior ainda, com uma ampla janela e vista para o mar... Porque tu pode. Sei que tua estrada foi construída com aqueles raros tijolinhos dourados. Então, mesmo com rótulos falhos, lá vai: tu és incrível, pequena...

junho 19, 2007

Margarida Punk Moicana Revoltada by Mano

junho 18, 2007

O tempo passa e a gente não nota. Não nota mesmo. Antes, demorava horrores para chegar o Natal ou as férias. Hoje, o mês passa, e parece uma semana... Uma semana voa... Os desejos e objetivos mudam. E, principalmente, as preocupações mudam. Rio quando lembro quais eram os meus grandes problemas quando eu tinha 15 anos. Já eram outros (e talvez ainda mais graves) quando eu tinha 17. E, agora, tenho 30. E o tempo passou. E eu quase não vi. Vivi muito, aproveitei é verdade. Mas com certeza me assustaria se reunisse em uma única sala todos os calendários e folhinhas de meses e dias das minhas três décadas. Por que esse debate agora? Senti algo estranho no meu aparelho hoje. Na realidade, no arco metálico fixo nos meus dentes inferiores, que uso desde que tirei o aparelho. Mandei um e-mail para a Maricota e pedi o telefone do nosso ortodontista. Não achei o Dante no Google. Liguei e a secretária atendeu... Contei que estava com problemas, e que eu achava que a cola tinha caído. Será que eu comi? Disse também que fui paciente dele. E queria saber como isso funcionava, de repente voltar ao consultório. Pois é, daí falei para ela, tirei o aparelho em 1998 (MEU DEUS!!!!) e usei o móvel, conforme orientações do Dante, até casar. Isso aconteceu em 2004 (NOOOOSSA!!!) e nunca mais apareci lá desde 1999 (TANTO ASSIM???)... Ultrapassei novas barreiras... Agora coisas banais da minha vida (já de moça independente – não contam as coisas que os pais ainda faziam quando eu era criança) já completam seus 10 anos, 15 anos... Daqui a pouco, estarei contando: "Mas essa viagem foi há 30 anos"... "Eu conheci a Fulana há 40 anos"... Meu Deus! É. Não tem o que fazer. Essa coisa toda veio sem manual, e sem botão de stop...

junho 17, 2007


Napp, não consegui te mandar um cartão postal da minha viagem a Gramado. Mas deixo aqui o registro fotográfico. Sei que a Loreta vai ficar muito feliz em se hospedar nesse simpático hotel. Então, pode providenciar. O link é www.sthubertus.com. Sai almoço na semana?

Viagem com o pessoal do escritório. Fim da semana e parte do fim de semana em Gramado. Muita comida, alguma bebida, chuva, falta admirável de trabalho e acúmulo de diversão. Confesso que descobri não ter mais dificuldade alguma de destruir as barreiras que existem na vida pessoal e na profissional. No meu caso, pelo tipo de tarefas e por envolver criatividade e julgamentos subjetivos, fica mais fácil. Divertido é quando eles tentam antecipar o que vou escrever no blog pós-viagem. Nada, é claro. Posso ser faceira e rir quase sempre sozinha de piadas que só eu entendo. Mas não sou boba. Bom, pelo menos não o tipo de boba que o João Pedro, o ‘Pepedo’ de dois aninhos, ficou me chamando o aniversário dele inteirinho no sábado. Sabe quem eu era? A 'Boba Lu'. Pego o 'Pepedo' na próxima. Vou encher tanto as bochechas dele de beijos, que ele vai ter certeza de que sou mesmo a mais boba de todas...

junho 10, 2007

Champagne Concha y Toro e risoto de bacalhau com os amigos na sexta-feira. Sobremesa de banana e, para arrematar, um cafezinho. Muitas das minhas melhores lembranças são gastronômicas. Acho que comer rindo, intercalando com uma boa conversa e com as promessas culinárias de um restaurantes profissional como o Marco’s, é uma das melhores coisas que podem acontecer num início de fim de semana. Fechei tudo com fondue hoje... Chocolate, escapando pelos cantos da boca... Com licença que eu acho que sobrou um pouquinho ainda...

Como um urso polar castanho, hibernei o fim de semana todo. Quase cheguei a comer com os olhos fechados. Assim... só mexendo a boca e engolindo. E o barulho da chuva embalava meu sono feito canção de ninar. Tudo bem... Não queria escrever nada disso. Mas foi o melhor que pude fazer para evitar o assunto Top Secret do século. E que me incomoda horrores desde sexta-feira. Ô mundo esse...

junho 07, 2007

Estive ausente. Sei. Ausente de tudo talvez. E um pouco impressionada com previsões astrológicas que parecem feitas por pessoas que espionam a minha vida. Até o dia 09, será uma fase não muito boa, um período de desafios e de se esconder no cantinho para não fazer cagada e deixar a lambança ainda maior. Briguei no trabalho (o que não é novidade). Fiquei doente e muito gripada (de novo! Pela terceira vez). Me estressei. Faltei ao yoga. E perdi meu notebook. Perdi assim ó: tela preta, três linhas de texto em fonte branca alinhadas à esquerda...

Erro

de disco

rígido


...Não, não fiz backup. Não faço. Não, obrigada. Salvei todo o "trabalho". E a "vida" está, até amanhã, nas mãos de um técnico da assistência. Que os santos protetores de HDs e sistemas operacionais protejam o menino chamado Emerson. No desespero (só para variar...), tentei lembrar de tudo (tudo, tudo, tudo...) o que o meu notebook tinha gravado. De todos os links do Favoritos do Internet Explorer, das milhares de fotos que eu tirei, das minhas viagens, meus arquivos, meus CDs de MP3. Nos contos novos do Napp que eu salvei, mas não mandei a avaliação. No projeto da Nóia que eu não terminei. No tempo que está se esvaindo pelos meus dedos.

Tudo isso é um sinal. Até meu notebook disse: Chega pra mim, Lu Thomé. Essa tua vida é louca demais. Então... Tomei a decisão. Irrevogável. Comunicarei aos diretamente envolvidos na semana que vem. É chegada a hora.

Enquanto forço a memória para resgatar 1,5kg de coisas do meu note, decidi que precisava de Gabriel García Márquez. Assim... Meio do nada. Na véspera do feriado, noite fria... Abri o livro que o Napp me deu e li...

A vida não é a que a gente viveu, e sim a que a gente recorda, e como recorda para contá-la.

Aí, escrevi esse texto aqui. No bloco de notas que fica na cabeceira da minha cama. A vida passa e, às vezes, a gente esquece que as lembranças mais significativas não podem ser guardadas pelo computador. Obrigada por essa confluência do destino.