abril 27, 2008

Mais uma experiência. Gosto disso, de saber algo novo, diferente... Depois de quase nove anos sem fazer nenhuma “intervenção” no meu rosto, decidi que era hora. Muitas pessoas sabem, mas outras tantas desconhecem esse lado do meu passado. Sofri durante muito tempo com acne. Muito tempo resume-se a toda a minha adolescência. Naturalmente, um período difícil. Para mim, elevado à décima potência. Acho que foi isso que me fez gostar de bibliotecas, de livros, de escrever, de ser uma pessoa quieta (pelo menos até virar jornalista)... Claro, muita coisa boa surgiu dessa fase. E também muito eu batalhei depois. Aos 18 anos, tomei um remédio porrada, que acabou com toda a acne, mas deixou cicatrizes e resquícios. Mais de cinco peelings químicos e três peelings de cristal, fiquei assim como sou hoje. Ou como era até ontem (hehehehehehe). Para eliminar alguns vasinhos que apareceram e tentar minimizar o vermelhidão do rosto (que ficou como característica da minha pele sensível), fiz aplicações pontuais de laser e recebi luz pulsada em todo o rosto. Sinceramente, eu tenho uma tatuagem grande, que demorou quase duas horas para ser feita... Mas nunca algo tinha doído tanto... Uma dor chata, ora lembrando algo em brasa encostando no rosto, ora parecendo onda de choque. As médicas ficaram impressionadas que eu não dei um gritinho. Eu fiquei apavorada só de pensar que outras mulheres fazem esse procedimento e soltam gritinhos ou gritões. Depois de 35 minutos, saí de lá um pouco cansada. Me recolhi o fim de semana todo. E, sinceramente, já estou me achando maravilhosa hoje. Sério: ficou muito bom...

abril 25, 2008

Deixaram sua mãe caminhar ao lado da maca apenas até o elevador que o levaria para o andar onde ficava a sala de operações. Os serventes o conduziram para dentro do elevador, que desceu, e depois a porta se abriu para um corredor de uma feiúra chocante, que levava à sala de operações, onde o dr. Smith estava com uma beca cirúrgica e uma máscara branca que o transformava por completo – talvez até não fosse o dr. Smith. Talvez fosse uma pessoa totalmente diferente, alguém que não era filho de uma família de imigrantes pobres chamada Smulowitz, alguém a respeito de quem seu pai nada sabia, alguém que tinha apenas entrado na sala de operações e pegado uma faca. No momento de terror em que colocaram a máscara de éter sobre seu rosto como se para sufocá-lo, ele seria capaz de jurar que ouvira o cirurgião, fosse quem fosse, cochichando: "Agora eu vou transformar você em menina."

Homem comum, de Philip Roth

abril 24, 2008

Feliz aniversário, Mano!

abril 23, 2008

Hoje é o dia dele... E eu celebro todos os dias.

abril 21, 2008

Como é perfeito quando o domingo parece sábado, e a segunda-feira parece domingo. Daí a terça-feira já é meio de semana, que tomara acabe logo...

abril 20, 2008

abril 19, 2008

"Nós temos a mesma altura", observaram os dois quando suas costas se tocaram, prontos para dar os dez passos, cada um para um lado. De espectadores havia Miguel Ramírez em alguma fresta. McCoy, que passara a noite insone, viu a cena e, incrédulo, chamou Maria e algumas moças para assistir. Juan acreditou ter visto Sergio na janela do segundo andar da casa do pai, embora preferisse que o menino não presenciasse a morte iminente do tio.

O vento convidava a areia para dançar uma valsa. Ela bailou pelo ar com elegância, e grãos assentaram-se nas frestas dos dentes de Juan. Areia nos dentes. A pior sensação que conhecia. Era sentir o tempo no corpo, senti-lo tão perto e tão irrefutável. Tomar consciência de que um dia, talvez muito em breve, ele, Juan, estaria abaixo da areia, enterrado por toda a eternidade. Esquecido.


Areia nos dentes, de Antônio Xerxenesky

* O livro ainda é inédito. Será o primeiro lançamento da Não Editora em 2008. A sessão de autógrafos está marcada para o dia 08 de maio na Palavraria em Porto Alegre.

abril 18, 2008



Amor intensivo, carinho intensivo, atenção intensiva, afofação mais do que intensiva, como tratamento intensivo para melhorar e ficar boa logo. Coisa mais querida... Gente, essa é a Pituca Panqueca.

No calendário, a data aponta o feriado de segunda-feira. Na minha cabeça, acometida por febre de gripe e cansaço de excesso de trabalho, o feriado começou ontem à noite. Então, enquanto meus dedos permanecem no escritório, meu cérebro ocupa um universo paralelo, de drinques com guarda-chuvinhas e líquidos coloridos, e barulho de mar indo e vindo. Vocês precisam ver a vista aqui de cima quando eu vejo meus olhos...

abril 17, 2008

Havia uma mensagem escrita a lápis nos azulejos ao lado da toalha de rolo. Era assim:
QUAL O SENTIDO DA VIDA?
Trout vasculhou os bolsos atrás de uma caneta ou um lápis. Tinha uma resposta para a pergunta. Mas não tinha nada com o que escrever, nem mesmo um fósforo queimado. Assim, deixou a pergunta sem resposta, mas eis o que teria escrito, se tivesse encontrado alguma coisa com o que escrever:

SER
OS OLHOS
E OS OUVIDOS
DO CRIADOR DO UNIVERSO,
SEU IDIOTA.


Café-da-manhã dos campeões, de Kurt Vonnegut

abril 16, 2008

abril 13, 2008

Toda a mulher deveria ter o direito a chorar o quanto quisesse. De repente, começar uma semana chorando... tanto... até adormecer. Toda a mulher deveria ter o direito a se estressar, achar que não vai encontrar a saída, ou resolver um problema. Toda a mulher deveria ter o direito a ser uma louca estressada e desequilibrada... literal. Mas, definitivamente, toda a mulher deveria ter o dever de se permitir um break, um descanso, um alívio, um intervalo, uma folga, uma renovação...

Ou pelo menos ser obrigada a isso pelos amigos queridos...

Passei a manhã de sábado no SPA. Fazendo um Day SPA. Presente de aniversário que eu ganhei da minha equipe do Estúdio de Conteúdo. Fiz podologia, alongamento, relaxamento, massagem e terminei a função no ofurô. Muito bom... Então, Ana, Angela, Camila, Douglas, Emily, Leo, Liana, Mano e Nanah: muito obrigada pelo presente. Veio num momento ideal. E foi mais do que perfeito!!

abril 11, 2008

abril 03, 2008

Pensa bem. Vê se eu não tenho razão. A vida podia ser, perfeitamente, uma montanha-russa. Embarcamos no carrinho, e optamos pelo cinto de segurança, ou não. As rodinhas começam a andar, devagar... Continuam andando, e a gente ri. Primeiro sente um friozinho na barriga. Porque é emocionante. Mas, depois, se acostuma. Aí, após breve passeio lentinho, começamos a subir... E subimos, subimos, subimos... E quando se pensa que o topo é o lugar mais maravilhoso do universo, lindo, grande, paisagem inesquecível, o carrinho desce-tu-te-agarra-em-tudo-que-pode-e-grita-aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, sacudindo o corpo, os braços e a cabeça feito boneco de mola... Quando o carrinho desacelera, o coração quer pular pela boca e a adrenalina te consome com calor. Respiramos, olhamos para o lado, e rimos. Pensando: passou... Rárárá... O carrinho segue, mais lindos passeios, mais subida-subida-subida, mais lindas paisagens quase aéreas, e mais aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa quando se desce com tudo. E a gente continua. Porque isso é a vida. Altos, baixos, risos e gritos. Mas pensando bem: bom que seguimos. Porque eu não sei qual a brincadeira que embarcaremos depois que o carrinho parar de vez. Olha, a ladeira de novo... aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa...

abril 01, 2008

Eu nunca tinha vivido um dia 1º de abril tão palhaço como hoje. Confluência de astros do mal. Alguém me explica o que foi tudo isso hoje?!?!?!