Aula de yoga.
Segunda-feira.
Calor, muito calor.
Saudação ao sol.
Cinco séries - disse a nossa professora.
Ai, ai - eu pensava.
Daí subia, descia, subia de novo, e descia.
Quase terminando - eu sonhava.
E o calor. Meu Deus, o calor.
Puxei a perna.
Ôpa, quase caí - exclamei me equilibrando.
Ué, que dor no meu dedinho - refleti, bem quietinha.
E aquela dorzinha continuou.
Na segunda à noite, nada.
Na terça pela manhã, o dedo estava vermelho.
Cor de cereja.
À noite, quase não dormi.
Na quarta pela manhã, o dedinho estava roxo.
Dor, dor, dor.
Será, hein?
Trabalhei com dor a tarde toda.
Está inchado isto - exclamou o médico.
Vai para o Raio-X - ordenou o assistente.
É isto. Quebrado - sentenciaram.
Saí de lá. Com o pé enfaixado.
10 dias com a espica.
Ainda não sei o que é isto.
E remédios.
Sem yoga.
E que calor.
Meu pé parece que vai pegar fogo com este curativo.
janeiro 13, 2005
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