Saiu no jornal O Globo de sexta-feira e o Publish News divulgou:
Falação que consome o tempo
O Globo - 8/10/2005 - por Miguel Bezzi Conde
Harry G. Frankfurt é o autor de Sobre falar merda (Intrínseca, 68 pp., R$ 19,90, trad. de Ricardo Gomes Quintana), um ensaio que procura definir o significado preciso de um fenômeno tão disseminado (é uma "ubiqüidade impublicável", nos dizeres do "New York Times") quanto pouco estudado: "bullshit", no original em inglês, ou o "falar merda" na tradução. Filósofo e professor da Universidade de Princeton, Frankfurt escreveu o ensaio em 1985, mas só no início deste ano concordou em lançá-lo num volume único, embora o achasse muito curto para isso. O livrinho foi um sucesso. Chegou ao primeiro lugar na lista de mais vendidos do "New York Times" e há planos para traduzi-lo em mais de dez idiomas - o que demonstra a amplitude do fenômeno estudado: "Um dos traços mais evidentes de nossa cultura é que se fale tanta merda. Todos sabem disso. Cada um de nós contribui com sua parte", diz o autor. Frankfurt procura definir o "falar merda" através de uma comparação com outras formas de desonestidade: a mentira, o blefe, a dissimulação. Sua conclusão é que ele não apenas é um fenômeno distinto de todos esses, como também é, de todos, o mais danoso à verdade, porque sua essência é uma "falta de preocupação com a verdade", ou "indiferença em relação ao modo como as coisas realmente são".
outubro 10, 2005
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