julho 30, 2003

Sopram ventos desgarrados carregados de saudade,
Viram copos, viram mundos,
Mas o que foi, nunca mais será
Mas o que foi, nunca mais será
Mas o que foi, nunca mais será...

julho 28, 2003

O texto originalmente publicado neste espaço foi censurado. Autocensura. Literalmente cortado. Absolutamente banido. Consistia, basicamente, em uma exposição de reclamações e lamentações, do tipo: "preciso manter o critério e não publicar isto no blog". Então tirei. O dia hoje foi difícil. Obrigada por participar do programa de proteção ao leitor do 50 kg.

julho 27, 2003

Estava em completa situação de terra estrangeira. Durante dois dias, esqueci de tudo. Esta alienação positiva tem suas compensações e complicações. Um dos problemas é retornar à vida cotidiana. Quanto melhor a viagem, mais difícil o retorno. E quando tudo parece desmoronar em uma destas retomadas, a noite de domingo se transforma em infinito. Estou conversando com o teto do meu quarto. Analisando as sombras. Escutando os sons. Às vezes, parece simplesmente impossível e improvável dizer "me perdoa". Às vezes, dói tanto que não conseguimos imaginar qual será o próximo passo. Às vezes, temos que manter o sorriso, mesmo que não exista mais nada por dentro.

Amanhã é segunda-feira. E eu estou esperando o sol nascer.

julho 21, 2003

Time, I've been passing time
Watching trains go by
All of my life, lyin' on the sand
Watching seabirds fly
Wishing there would be
Someone waiting home for me
Something's telling me it might be you
It's telling me it might be you
All of my life...

Uma perfeição. Estar em casa, tarde de segunda-feira, chuva... muita chuva lá fora. Devagarzinho, desligo o computador, puxo o cobertor xadrez, e me deito... fecho os olhos... me esqueço de todas as coisas... durmo... p r o f u n d o . . . f u n d o . . .
d o . . . .

julho 18, 2003

Curiosamente, acordei e me deparei com uma vassoura de palha ao lado da minha cama. Fui levar o rosto e encontrei uma verruga na ponta do meu nariz. E qual não foi a minha surpresa quando abri meu armário: batas pretas e longas e muitos chapéus bicudos. Não vou nem mencionar a alteração no meu cabelo e nas minhas unhas.

O que está acontecendo comigo?

julho 16, 2003

Em faroestes, a vida podia ser determinada por velocidade (para sacar a arma), agilidade (para puxar o gatilho) e frieza (para ver o outro cair sem se abalar). Pois minha atualidade traz o seguinte quadro: vou andando por um caminho árido e deserto, cantarolando a boa e velha trilha de The Good, The Bad and The Ugly. Os pés protegidos por um belo par de botas andam e terminam por se alinhar na direção de outro par de botas. Coldre. Duelo. Poeira. Tensão. E...

...rapidamente dirijo minha mão para a cintura e saco... a minha agenda... É isto. Agenda (para não confiar na memória), caneta (para registrar os compromissos) e remorso (muito remorso por esquecer das coisas).

Não escrevi na agenda, esqueci. Não escrevi na agenda, esqueci. Esqueci. Esqueci... Adivinha quem está caída no chão agora? Duelo dureza. O estresse está vários pontos em vantagem.

julho 15, 2003

Hold me now
It's hard for me to say I'm sorry
I just want you to stay

After all that we've been through
I will make it up to you
I promise to
And after all that's been said and done
You're just a part of me I can't let go

julho 14, 2003

2003, até o momento, apresenta-se como um ano estranho. Nunca trabalhei tanto. Nunca conheci tanta gente como neste ano. E nunca senti as pessoas tão afastadas de mim quanto sinto neste ano. Por isto estou triste. Este é o motivo da profunda melancolia que toma conta de mim desde a última sexta-feira. Sinto falta da minha amiga, que nunca mais ligou. Sinto falta da minha confraria, que nunca mais promoveu encontros. Sinto falta de e-mails, de cafés, de risadas. Sinto muito...

Apaguei as luzes momentaneamente.

Alguém conhece alguém que conhece alguém que conhece alguém que faça jornalismo? Interessados em um estágio (nada bacana, para sofrer mesmo, sem moleza, muito trabalho, chefe exigente, muito engajamento, parceria e amor pelo jornalismo... a grana até que é boa) enviem currículos para o e-mail deste blog até às 20 horas de hoje.

Aguardo o contato dos que realmente tiverem coragem...

Ah! Larguei a imensa flor no chão. A tarefa de retirar todas as pétalas permanece inacabada.

Decidi não comprar...

Congelei no fim de semana. Literalmente. A viagem a Caxias do Sul adquiriu características de expedição à Antártida. O hotel (confesso...) era assustador. O banheiro, mais gelado que a Sibéria. E a água que saia do chuveiro, morna... O quarto contava com uma decoração interessante: um aparelho de calefação que não funcionava. Mas tinha uma luzinha vermelha "fashion".

Fomos até a cidade para um casamento. Estava bom. Mas o salão insistia em ficar gelado. As garrafas de vinho não foram suficientes (bem... respondo por mim...). Enfim... Saí de lá com frio e ainda estou assim.

Cheguei ao fim da estrada. É frio aqui. Ultrapassei as barreiras e estou próxima ao precipício. Ainda não decidi o que fazer.

julho 09, 2003

Eu tenho o privilégio de contar com três homens muito importantes na minha vida. O primeiro deles, especialmente especial especialíssimo, está de aniversário hoje. Completa 53 anos. E sorri de uma maneira linda, mesmo gripado e com a agenda lotada de compromissos. Alguém que eu não me canso de abraçar, de agradecer...

Feliz Aniversário, Daddy...

Compro...
Não compro...
Compro...
Não compro...
Compro...
Não compro...
Compro...
Não compro...
Compro...
Não compro...
Compro...
Não compro...

Sentada em um banquinho minúsculo, de madeira, com três pernas, seguro uma enorme margarida. Minhas pequenas mãos mal suportam o peso de tal flor. Parece pesar toneladas. Ao meu lado, a minha malinha dourada. E continuo o trabalho. Arrancando pétala por pétala.

Compro...
Não compro...
Compro...
Não compro...
Compro...
Não compro...
Compro...
Não compro...
Compro...
Não compro...
Compro...
Não compro...

julho 08, 2003

Hoje estava me sentindo assim:

Correndo desesperadamente no deserto, debaixo de um sol escaldante, sedenta, com os lábios rachados, roupas em farrapos, sem sapatos, sentindo os escorpiões picando os meus dedinhos.

E como choveu hoje... Puxa vida...

julho 07, 2003

Mistérios da natureza. Insólita. Circula na Internet um questionário musical. Uma das questões pede a música que se refere ao tema: homem ou mulher... Respondi somente esta. Clássico, a música vem instantaneamente. Telma, eu não sou gay. Tudo muito bem, tudo muito bom. Misterioso foi o fato de que, minutos depois, uma das colegas de trabalho começou: “Telma, eu não sou gay. Telma, eu não sou gay”. Não quero entrar no mérito de telepatia, leitura de mentes, seqüestro de pensamentos alheios, lavagem cerebral, etc, etc, etc.

Talvez a situação venha a servir como fonte de inspiração. Estou pensando em uma história de realismo fantástico. Parece bom. Ei!!!! Sai pra lá!!!!! Eu pensei primeiro!!!!!

julho 06, 2003

Por onde, nestes caminhos da minha vida, andará Antoine Roquentin?

Some of these days
You'll miss me honey
.

julho 05, 2003


O curso de Introdução ao Roteiro de Cinema e Televisão terminou ontem. Excelente experiência. Mudei minha idéia sobre o Jorge Furtado. Um cara divertido e que não é arrogante por deter um super conhecimento sobre cinema e produção. Com certeza, ele entrou para a lista "profissionais que eu admiro".

Tenho um mês para finalizar um roteiro e mandar para o professor. Já estou também fazendo a lista de agradecimentos para o meu primeiro Kikito de roteiro original...

Pode? Pode sim.

julho 03, 2003

Hoje é aniversário do poeta de cabelos brancos, de riso franco e piadas ácidas. Um homem com mais de 60 anos e alma de criança. Um chefe divertido e exigente. Uma pessoa que ensina e aprende com os outros. Parabéns, Sergio Napp!

Um comentário significativo sobre o meu curso de roteiro: as três horas diárias com exposições de Jorge Furtado sobre roteiros e sobre cinema foram, até o momento, o melhor investimento que fiz em 2003 na área cultural. Tudo por míseros R$ 50,00. Muito conhecimento, muita cultura, muita referência cinematográfica. Não vou sair do Santander Cultural na sexta-feira expert em roteiro. Mas a experiência, muita experimentação, vai me trazer alguma coisa. Com certeza.

julho 01, 2003

Naldecon DIA
Composição: Cada comprimido amarelo contém: 400 mg de paracetamol e 20 mg de cloridrato de fenilefrina. Cada comprimido branco contém 400 mg de paracetamol.
MODO DE USAR: Tomar um comprimido amarelo e um branco, ao mesmo tempo, a cada 8 horas, durante o dia. Manter o produto a temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC). Proteger da luz e da umidade. Fabricado 18 meses antes da data da validade.


E tudo acontece justamente na semana em que não se pode ficar doente sob hipótese alguma.