março 30, 2004

Uma agenda bem legal está quase iniciando na Casa de Cultura Mario Quintana. Em parceria com algumas instituições do Estado, nós estamos orgulhosos de organizar uma das programações mais bacanas do projeto 40 Anos do Movimento Militar de 1964. As Leituras Dramáticas irão apresentar, no palco do Teatro Carlos Carvalho, leituras de textos censurados durante os 20 anos da ditadura. E o brilho do evento será a participação de um convidado especial, para falar sobre suas experiências com a censura e o teatro da época. Olha a agenda:

06 de abril - Navalha na Carne, de Plínio Marcos. Convidados especiais: Walmor Chagas e Jairo Andrade

27 de abril - Quando as máquinas param, de Plínio Marcos. Convidado especial: Fernando Peixoto

11 de maio - Rasga Coração, de Oduvaldo Viana Filho. Convidada especial: Ruth Escobar

27 de maio - Barrela, de Plínio Marcos. Convidado especial: a confirmar

08 de junho - Cordélia Brasil, de Antônio Bivar. Convidado especial: a confirmar

22 de junho - Liberdade, liberdade, de Flávio Rangel e Millôr Fernandes. Convidado especial: Paulo Autran

As leituras iniciam sempre às 19h. E senhas serão distribuídas a partir das 17h, no dia de cada apresentação. Ah! A entrada é franca.

março 29, 2004

Você acorda em um quarto totalmente vermelho. Ao seu redor, alguns objetos. Você não sabe onde está. Não sabe quem o colocou lá. Não sabe o que significa tudo aquilo. No entanto, sabe que está com uma tremenda ressaca e tem que sair dali. Quer tentar?

Vai lá:

Crimson Room


Um site muito bem feito, que garantiu a minha diversão e a da Kemi nesta tarde de segunda-feira. De acordo com o relatório, mais de 80 mil pessoas já conseguiram fugir. Se, depois de um tempo, ainda continuar preso, me manda um e-mail. Boa sorte!

março 28, 2004

27 anos. Hoje.

Parabéns pra mim!

março 26, 2004

Esta eu fiquei sabendo hoje... As pessoas estão espalhando por aí que eu brinco com pontas de faca, que quebro espelhos a socos, que reviro os olhos quando fico possuída, que maltrato gatinhos de rua e que espero o Elio em casa com roupas sadô e instrumentos de tortura.

Eu achei uma maravilha...

março 25, 2004

Da série: Vale a pena repetir. A Casa de Cultura Mario Quintana está com inscrições abertas para dois concursos. Um para escritores (de todo o Brasil) e outro para fotógrafos (amadores ou profissionais, residentes no Rio Grande do Sul).

O 2º Prêmio CCMQ vai premiar obras inéditas. A categoria escolhida para o concurso literário deste ano é conto. O vencedor assina um contrato de edição (mil exemplares) com a Editora Nova Prova, parceira do projeto. E ainda contará com lançamento na 50ª Feira do Livro de Porto Alegre em novembro.

E a segunda edição do Prêmio CCMQ de Fotografia vai selecionar projetos de fotógrafos radicados no RS, premiar com uma exposição na Casa de Cultura e conceder uma bolsa-auxílio mensal de R$ 1.500,00.

Os regulamentos estão disponíveis no site da CCMQ.

março 24, 2004

Foi com bola e tudo que o Elio entrou na minha vida. Ganhei um marido (que até é querido, lava a louça e tudo), mas que enlouquece e entra em uma espécie de surto psicótico às quartas-feiras (às vezes também às quintas) e aos sábados e domingos. E não pensem que é só no estádio ou na televisão. É TUDO! TEM QUE ACOMPANHAR TUDO! Então, vai ao estádio, acompanha as comentários no rádio, olha os lances na televisão, analisa os replays na telinha (e os replays dos replays dos replays), assiste aos programas esportivos da semana, procura notícias em sites, devora revistas e jornais especializados, e discute sobre as falhas do técnico ou os erros dos juiz com familiares, amigos, conhecidos e desconhecidos. Já vi ficar amigo de um cara em dois segundos, só porque sabia qual o time que existia na cidade do dito cujo (no interior do interior do interior de alguma cidade pequena). É tanto gol na cabeça, é tanta história de futebol, tantas teorias e previsões... que eu fico assim: nocauteada em pleno gramado, sem direito a pênalti. Mas vamos lá, o jogo vai ser bom e eu confio no professor e nos meus companheiros e vou dar tudo de mim e vamos buscar a vitória e conseguir os três pontos. Jóia. Ele conta algumas histórias bem estranhas no blog Leia o Bandeira. Agora, escrever sobre futebol é algo que ele sabe muito. Desde o ano passado, é colunista convidado de um site sobre ela, a bola. O endereço é www.bolaetudo.com.br, seção Camarote. Vai lá. É só ler, chutar e correr pro abraço.

março 23, 2004

Atualização! A procura foi grande. Então eles resolveram iniciar o projeto Machado de Assis - Leitura Comentada antes da próxima segunda-feira. Clica no banner aí embaixo. Três capítulos estão disponíveis.

março 22, 2004

Ele voltou. Ele esteve hibernando. Ele estava descansando. Ele reservou suas energias. Ele vai publicar grandes e novas idéias. Se o leitor do 50kg está cansando de clicar aqui em um link ao lado e ler a mesma nota do dia 26 fevereiro...

ATENÇÃO!!!!

Não faça besteira, leia o Bandeira voltou!

É comum encontrar porcaria na Internet. Além de blá blá blá egocêntrico (categoria na qual este blog se encaixa*), milhares de sites publicam informações incorretas, dados falsos, armadilhas... Muitas vezes por simples ignorância ou preguiça.

Portanto, nada mais justo do que indicar grandes iniciativas. Conhece Dom Casmurro? E que tal discutir sobre este livro de Machado de Assis ao invés de discutir sobre a última baixaria do BBB? A Editora Candide (sob o comando do Polzonoff e da Paula) criaram um site que vai oferecer diariamente um capítulo deste clássico da literatura brasileira. E o meu palpite é de que a discussão com certeza irá além do debate sobre os "olhos de ressaca" de Capitu.

O projeto começa no dia 29 de março. Vai lá...



*Assumo o fato, e digo que vou dar um jeito nisto.

março 17, 2004

Não posso escrever no momento. Estou com um punhal cravado em minhas costas. Isto tem tomado um pouco do meu tempo. Prometo. Volto.

março 10, 2004

I'm just a soul whose intentions are good
Oh Lord, please don't let me be misunderstood

A semana foi estranha. Talvez diga ainda mais: tudo está um pouco estranho há 15 dias. Não quero considerar (ou reconhecer) que este sentimento faça parte do processo de inferno astral. Não me parece uma solução justa. No entanto, fora todos os percalços e gincanas no fim da tarde (sabe quando se enxerga o furacão e não tem para onde correr?), eu estou bem. Um pouco sem esperança. É verdade. Mas acho que tudo é assim mesmo. Estou ficando mais velha, tentando disfarçar a situação para que tudo isto não pareça uma crise e ouvindo a frase (repetida em diferentes períodos do dia): "Viu? Assim é o mundo dos adultos."

Adultos. Tenho pensado muito nisto. E as conclusões são vazias. Ser adulto é aceitar entrar no jogo. Literalmente. É saber que, por trás de toda e qualquer ação, há o motivo. Para a ação, naturalmente a reação. É agüentar calada por amizade. É sofrer sem sair do lugar, sem correr para qualquer outro espaço. É resumir a vida a um punhado de notinhas de fim de mês, que evaporam assim que se toca nelas. E, então, quando te mostram uma jóia, tu podes ficar cego com o brilho, sentir o peito apertado de tanta emoção. E aí começa a viagem: pensa em tudo que pode fazer, em tudo que pode ter, em tudo que se pode planejar. Tudo. Mas esquece de chegar mais perto, de analisar racionalmente. Às vezes a razão pode ser uma forte aliada. Assim ficaria mais fácil chegar perto da jóia e realmente enxergar que não se tratava de preciosidade nenhuma. Era um simples vidro. Que reluzia. Mas só de longe.

Pode ser bom. As coisas não precisam ser vistas como Pollyanna as veria. Só que é exagero avistar um precipício de desespero em tudo. A gente cresce. E aprende muito. Mesmo com as decepções. Puxa. Este mês está passando devagar demais.

março 07, 2004

"Desisti. Não vou mais comentar sobre este assunto.

Ela ganhou.

Viva o mundo deles."

março 05, 2004

“Não se viam há mais de 24 horas. E, no momento em que os olhares se cruzaram, o mundo presenciou diversos trovões simultâneos, riscando e clareando a noite de quinta-feira. Duas bocas se transformaram em centenas de bocas. E uma tempestade de insultos, mentiras, justificativas, ameaças e questionamentos invadiu os ouvidos dos parcos vizinhos que ainda restavam nas redondezas. Os espertos haviam fugido minutos antes, antevendo o tempo ruim, e levando nada mais do que a roupa do corpo. A batalha seguiu por horas. E, no fim, sem derrotado ou vencedor, uma sentença foi pronunciada por aquela que contava com a justiça ao seu lado, depois de tanta humilhação e abandono:

- Agora será assim. Ou eu, ou ela. Como assim? Isso mesmo. Ou eu, ou a bola.”

março 03, 2004

"Primêro, tu faz o seguinte: vai ali no quarto e arruma aquilo ali no chão. A roupa tem que ficá no armário. Ou na gaveta. Sabia disso? E essa mala já tá no chão há mais de uma semana. Que vergonha. Isso. Termina de separá tudo e vai pro tanque. Não! Qué isso! Vai guardá ropa suja?!?! Nada disso. Pega o sabão e vai esfregando tudo. Ensaboa direito, deixa corrê bastante água, torce... isso, torce bem. Sacode um poco e estende ali. Se molhá o chão, tu vai vê só. Então torce de novo! Faz isso de uma vez que vou na sala vê tevê... Tá, que saco. Fico aqui. Então, tu tem que dá um jeito naquele banheiro. Não, não vô te dizê como aquilo ali tá podre. Vai sê uma trabalhêra. Parece castigo. Nem vô olhá. Vai! Sem luva!! Tá pensando o quê? Que é moleza! Não é não! Não era isso que tu queria? Não era? Agora aprende! Esfrega esse vaso! Limpa o box! Quero vê tudo brilhando! Cheroso! E depois do banhero não vai esquecê da louça na pia. Já criô bicho. Onde já se viu í viajá e dexá tudo aí, pros bicho comê. E depois não esquece o chão. Limpa bem. E não quero nem sabê de não te limpá direito também. Vai ficá cherosa depois dessa suadera toda. Senão te pego pelos cabelo! Não vai fazê porcaria aí sozinha. Tô indo no futebol e volto tarde. Tchau."