maio 31, 2007

- Eu não sabia que estava.
- Não?
- Não. Será que eu perdi?
- Tu queria?
- Acho que agora não. Ainda não.
- Então não faz diferença saber.
- Tu acha?
- Acho.
- Hummm... Ok.
- Vai ser feliz e esquece isso. Não louqueja.
- Feliz pra sempre?
- Sou tua médica. Não fada madrinha...

maio 29, 2007

Escutei no rádio na segunda-feira...

Why do you have to be a heartbreaker...

saí dançando pela sala...

Is it a lesson that I never knew

tomei café cantando...

Suddenly ev'rything I ever wanted

balançando os braços no alto...

My love for you , Ooh...

e os moços ainda não saíram da minha cabeça. Bee Gees são os caras...

maio 28, 2007

Sábado pela manhã. Primeiro, o ar começou a faltar. Depois, com a fraqueza das pernas, uma náusea desceu do peito e se instalou na parte mais baixa da barriga. Nocaute. Dor, dor, dor. Uma sensação de mal-estar. Descontrole. Incontrolável, por mais que eu tentasse. Para minimizar a queda da pressão, abri as janelas. E deixei o frio encostar nas minhas costas até doerem também. Mr. Flag me deu dois comprimidos de Buscopan e um copo d’água. Tomei. Não conseguia falar. Não consegui pedir que não fosse ao futebol. Chorei de vergonha, de medo, de decepção. Lembro de falar com a mãe no telefone. Ela estava preocupada, pois dificilmente meu celular está desligado ao meio-dia. "Não deu tempo, mãe." Mr. Flag foi jogar. E eu fiquei sozinha. Debaixo do edredom. Torcendo para melhorar, apertando a barriga. Adormeci. Acordei com o telefone, e meu pai dizendo: vim te buscar. "Vai passar mal na nossa casa, e não aqui sozinha." Voltei a ter sete anos de idade, de cabelos loiros claros bem lisos, e bochechas rosadas. E adorei. Passei o sábado recebendo carinhos. Até o horário da janta... Se fosse possível, transformava esse carinho em pílulas. Cura tudo. Remédio mais eficaz e santo que esse não existe.

maio 26, 2007

Noite fria. Noite de Dublin Pub. Aniversário da Andréia do trabalho. Pessoas queridas do trabalho. Mr. Flag. Muita comida. Muitas conversas. Passeios nas calçadas do Moinhos de Vento. Aqui ao lado, eu e Ana. Encerrando a semana, depois de um grande tropeço no sábado. Mais tarde eu conto a peripécia. Câmbio desligo. Bye.

maio 25, 2007

Hoje eu trabalhei o dia todo. A tarde toda. Xxxx xx xxxxxxx xxxx xxxxxx xxx xxxxxxxxx. Mas almocei com o Napp. E já valeu. Valeu muito, Napp! Além disso, consegui terminar várias tarefas, x xx xxxxxxxx xxxxxx xxxxxxxxxxxxx. Mas depois, fiquei com a consciência pesada por ter xxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxx xxxxx. Resumindo: xxx xxxxx. Desenvolvi uma completa intolerância ao xxxxxxxxx xxxxxx xxxxxxxx xxxxxxxxxx. Até sei o que fazer, mas não o farei. Xxxxxxx xx xxxx xxxxxxxxxxx xxxxxxxxxx xxxxxxxxx. Só ri um pouco porque a Ana, minha colega de sala em todas as tardes de maravilhoso pôr-do-sol do Guaíba, falou umas bobagens e eu achei graça. Tudo bem. Ela também ficou me pedindo (repetidas vezes, xxxx!) para que eu escrevesse sobre ela aqui. E ignorou completamente a cuca de chocolate com morango que eu trouxe para o nosso lanche. A Memeca não gosta de morangos!! Tudo bem. Ela é uma fofa da Fofolândia (saudades, Manu!!!) e merece algumas linhas e a minha amizade. Já xx xxxxxxxxxx xxxxxxxx xxxxxx xx xxx, não merecem nada. Sexta-feira censurada. Xx xxxxxxxx xxxxxx xxxxxxxxxxxxxx Xxxxxx. Trabalho para levar para casa. Que venha o fim de semana! Xxxxx.

maio 23, 2007

Mais de duas semanas na seca. Acho que, talvez, mais de três semanas na completa abstinência. Eu queria muito. Sabia que queria. Em alguns momentos, mal controlava a vontade. Foi difícil. Tive dores no corpo todo. Sem falar na dor de consciência. Essa demora ainda mais para passar. E deixa rastros de culpa por todos os lados. Ah, mas como eu queria. E não estava aí. Até tinha vontade de jogar tudo para o alto, às favas com os compromissos, que se ralassem as conveniências... Hummmm. Claro, sempre arranjava uma desculpa. Não, hoje não. Está frio. Está quente. Olha o trânsito!? O que vão pensar de mim se eu sair escondida? Segurei, reprimi, sufoquei literalmente. E hoje não teve mais jeito. Liberei a franga corajosa que existe dentro de mim e, depois de semanas trabalhando até mais tarde e tentando me adaptar a uma nova rotina, fugi para o meu prazer, meu paraíso nada secreto.

Depois de duas semanas - ou três - de seca, voltei para o yoga. Parece que estou respirando novamente... Suspiros...

maio 21, 2007

Com a mão direita, pego a caixinha de lenços de papel. Com a esquerda, abraço as pernas dobradas sobre o sofá. Emocionada com a vida real da telinha, choro todas as vezes que assisto Grey’s Anatomy. Hoje, chorei mais. Solucei e tive que enxugar as lágrimas. Fiquei desesperada com tanta massagem cardíaca e agonia. E cheguei a pensar no que comentaria com a Nóia no dia seguinte. E do que o Napp riria de nós duas, falando sobre séries de TV durante o almoço todo. E fiquei mais triste ainda. E chorei mais ainda. Acho que o problema são os hormônios. Ou o trabalho. Ou estar com a cabeça ocupada demais. Ou falta do blog. Ou falta de idéias. Ou simplesmente vontade de ficar jogando conversa fora um tempão, e gargalhando das bobagens que se fala. Ou das tragédias internéticas de, sem querer como a Aninha fez, descobrir quem são os finalistas do American Idol. Ou um alívio pelas coisas da Moni terem se resolvido bem em Ji-Paraná. Ou uma sensação boa de recuperar o próprio corpo depois de dias e dias de terrível gripe. Curtir isso e dormir o domingo todo no sofá da casa do pai e da mãe, dividindo um cobertor de alguns anos de história com a Tuti. Mil coisas... Milhões de coisas. Nada e completamente tudo ao mesmo tempo. Minha segunda-feira.

maio 13, 2007

I could be brown
I could be blue
I could be violet sky
I could be hurtful
I could be purple
I could be anything you like
Gotta be green
Gotta be mean
Gotta be everything more
Why don't you like me?
Why don't you like me?
Why don't you walk out the door!

maio 08, 2007

Preciso voltar para o yoga. Urgente. Pensamentos incontroláveis tomaram conta da minha cabeça. Exigem um resgate altíssimo. Estão amendrontando os reféns. Ameçam explodir tudo e passar para a fase do impulso. Daí, poderá ser tarde demais para qualquer vergonha, moral ou arrependimento. Alguém, sério: pára isso tudo que eu quero descer! Agora!

maio 06, 2007

Levantei do sofá, e o salto do sapato desprendeu inteirinho. Solto ao lado da almofada. Estou assim... Caindo aos pedaços.

maio 05, 2007

Muita boa essa. Conversa de boteco. Altas horas. E Tarantino na cabeça... Mr. Flag me mostrou, e está surpreso até agora... Congelado em pensamentos...

maio 03, 2007

O mundo é guiado pelo acaso. A contingência nos persegue todos os dias de nossas vidas, e essas vidas podem ser tiradas de nós a qualquer momento - sem nenhuma razão. Quando Flitcraft termina seu almoço, conclui que não tem escolha senão submeter-se a esse poder destruidor, e pôr abaixo sua vida por meio de algum ato sem sentido, inteiramente arbitrário de autonegação. Vai combater fogo com fogo, por assim dizer, e sem se dar ao trabalho de voltar para casa, nem se despedir da família, sem se dar ao trabalho nem de tirar dinheiro do banco, levanta-se da mesa, vai para outra cidade e começa a vida toda de novo.

Noite do Oráculo, de Paul Auster

maio 01, 2007

Amizade é um castelo de areia. E, às vezes, eu corro tanto, me distraio, que não vejo, tropeço e desmancho tudo... Areia misturando com areia, eu caindo no chão junto. O pé dói, o tornozelo arde. Me abaixo, pego a pá e finco forte no chão. Levantando tudo de novo. E as torres sempre ficam tortas. A textura sempre fica diferente. Um monte de areia desconjuntada, com histórias em cada grão. Boas e ruins. Ou se convive com isso. Ou deixa o vento levar. Porque é preciso duas pessoas para proteger o castelo. Essa é uma verdade incontestável.