março 29, 2009

Agradeço a quem...
Me ligou na madrugada de sábado para ser o primeiro a dar parabéns (adivinhem quem?)
Deixou recadinho aqui no blog.
Ligou para saber onde seria a festinha.
Foi na festinha.
Me entregou presentinhos.
Me entregou um postal coisa mais querida.
Ligou para me felicitar pelo celular.
Mandou recado pelo SMS.
Deixou recado no Orkut.
Mandou direct e tweet pelo Twitter.
Fez sinal de fumaça no céu (lindo...).
Mandou vibrações positivas nesse dia.
Sintam-se, meus amigos, abraçados beeeeeeeeeeem forte. Pois a minha vida e energia existem a partir da nossa troca... E, quando a gente se sente querido e afofado, o mundo fica ainda mais colorido, né? E tudo que precisamos são de cores... De todos os tipos. Os 32 anos estão aqui. E já fizeram a diferença. Obrigada, obrigada, obrigada!

março 28, 2009

Parabéns, Parabéns saúde e felicidade
Que tu colhas sempre todo o dia
Paz e alegria na lavoura da amizade


*1 - sim. Aniversário de novo!
*2 - sim. Tem festa hoje. Me liga que te digo onde!
*3 - ah, 32 anos...

Fui!

março 27, 2009

Era hora de me vestir de novo. Peguei cuecas novas, uma camisa novinha em folha, meias e calças. Coloquei então uma gravata e calcei sapatos novos. De pé diante do espelho, inclinei o chapéu sobre um olho e me examinei. A imagem no espelho parecia-me apenas vagamente familiar. Não gostei da gravata nova, por isso tirei o paletó e experimentei outra. Não gostei da mudança também. De repente, tudo começou a me irritar. O colarinho duro estava me estrangulando. Os sapatos apertavam meus pés. As calças cheiravam a porão de loja de roupas e estavam apertadas demais no gancho. O suor irrompia nas minhas têmporas, onde a fita do chapéu apertava-me o crânio. Subitamente comecei a me coçar e quando me mexia tudo estalava como um saco de papel. Minha narinas captaram a forte catinga das loções e fiz uma careta. Mãe do Céu, o que aconteceu ao velho Bandini, autor de O cachorrinho riu? Podia esse bufão amarrado e estrangulado ser o criador de As colinas distantes perdidas? Tirei tudo, expulsei com água os cheiros dos meus cabelos e me enfiei nas minhas velhas roupas. Elas ficaram muito contentes de me ter de volta; agarravam-se a mim com um deleite refrescante e meu pés atormentados se insinuaram para dentro dos velhos sapatos como na suavidade da grama da primavera.

Pergunte ao pó, de John Fante

março 26, 2009

E o momento "aumenta o som e te emociona" fica por conta do trailer do novo filme do Spike Jonze, Where the wild things are. Com isso, leitores, Wake up do Arcade Fire volta a ser minha música mais desejada nessa semana. Funeral é um CD inesquecível. Desde já, me esforço para garantir o estoque de lenços para essa estreia. Pois pode vir com pedra, lança, tesoura, pedregulho, obstáculo... que meu coração continua selvagem. Coisa boa.

março 25, 2009

Tô bal, gende. Volto quando eu belhorar. Atchim pra você.

março 24, 2009

Desliguei o celular e vi a lotação chegando. Acenei e parou. Adentrei o que parecia ser um frigorífico sobre quatro rodas. As pessoas encolhidas nos bancos, um louco conversando com alguém aos gritos. Sentei quase no fundo e me aninhei, com o Pergunte ao pó nas mãos. Leitura emendada, esqueci de tudo. Despertei com o motorista aos berros:

- Vai descer onde? Eei! Vai descer onde?

Estávamos longe da minha parada. E, olhando ao redor, vi que era a única criatura ainda na lotação. Porque o motorista parecia um animal. E gritava para mim.

- Onde tu vai desceeeeeer?

Na esquina da Carlos Gomes com a Plínio, eu respondi. E ele me olhou como se não existisse ligação das duas ruas. Repeti: Carlos Gomes com a Plínio, perto do posto Ipiranga. A cara dele fez um ah... o posto.

Decidi sentar no primeiro banco. Não tinha acomodado a minha bolsa, e ele estendeu a mão. Peguei mais nojo. Entreguei o dinheiro da minha passagem, e fiquei esperando o troco. Nada... Ele costurou no trânsito. Passou um sinal no amarelo. Não deu passagem para um senhor que tentava sair de uma garagem (acho que há horas, por conta do rush). Acelerando.

E o motorista só contando moedas...

A uma quadra de descer, resolvi sair e caminhar o resto.

Vou descer aqui, quase gritei. E ele abriu a porta. O senhor (tentando manter a civilidade) esqueceu de me dar meu troco!

- Que troco?!

Os dois reais.

- Não.

Senhor, eu lhe entreguei uma nota de cinco reais, uma moeda de 25 centavos e uma moeda de cinco centavos. A passagem é três reais e 30 centavos.

Não, ele não ficaria com os meus dois reais. E acho que ele não sabia nem quem ele era. Se inclinou para o lado, e começou a mexer nas moedas. Pegou várias na mão, e começou. Um... dois... três... quatro... cinco... E eu de pé ali... seis... sete... oito.

- Toma. Dois reais. Pode descer.

Right... Abri a bolsa, joguei todas as moedas de 25 centavos para dentro, e desci as escadas contando. Um... dois... três...

Nesse ponto, eu já estava doente da garganta. A grosseria feriu minha imunidade. Mas só isso, viu seu motorista?! De resto, sigo encarando o inferno astral com um sorriso. Meio torto. Mas tá aqui... Olha os dentinhos, ó... Rumo aos 32!

março 22, 2009

Quando o sono emenda a segunda marcha e segue para a terceira, vai acelerando até que fique difícil parar... Eu sou assim. Quanto mais durmo, mais quero dormir. Certo que li alguma coisa nesse fim de semana, vi Gran Torino (e acho o Clint o ranzinza mais cool do mundo) e tomei alguns cafés. Mas se for somar o tempo que fiquei dormindo ou fiquei tentando acordar... é inacreditável. Quase dois dias de hibernação. Com o gasto zerado de energia, me sinto uma ursa. Mas uma ursa feliz.

março 19, 2009

Lançamento de Uma leve simetria, de Rafael Bán Jacobsen, pela Não Editora.

Sete meninas jornalistas na mesma mesa. No sentido do relógio: eu, Emily, Julia, Camila, Liana, Ângela e Vanessa.


Eu e o grande, sensacional, magnífico e indispensável Sergio Napp (depois mando a fatura, Napp!)

março 18, 2009

Certo, a história poderia começar assim, aqui, desta forma, de maneira um tanto lerda e lenta, neste reduto neutro que é de todos e não é de ninguém, onde as pessoas se cruzam quase sem se ver, onde a vida do prédio repercute, distante e regular.

Quem me conhece, já conversou comigo, tomou um café comigo, dividiu um sorvete comigo ou ouviu alguma vez qualquer uma das minhas angústias existenciais, sabe.

Eu esperei cinco anos para ler as linhas do primeiro parágrafo desse post. Cinco anos. Portanto, na noite de hoje, momento em que escrevo para os poucos que me visitam por aqui, digo com o maior orgulho do mundo: tenho em minhas mãos um exemplar de A Vida Modo de Usar, de Georges Perec.

Sei que para alguns vai parecer bobagem. A perseguição por um livro esgotado, que nunca se leu, e simplesmente se ouviu falar de outras pessoas que, há dez, 15, 18 anos perseguem essa que é a única edição em português. Muitas pessoas tentaram me dar esse livro (Oi, Mari). Outras lembravam de mim e do Perec até quando estavam no exterior (Oi, Marcelo). Mas, por uma coincidência do destino, coube à minha querida amiga Andréia Vargas a descoberta, quase acidental, de um exemplar na Ventura Livros. Sim... Um sebo... Em Porto Alegre. Obra cadastrada poucos dias antes.

Pode parecer sem sentido. Eu só não chorei sem parar quando a Déia me entregou o pacote, com uma linda dedicatória na embalagem, porque eu virei moça de chorar sozinha. Assim como estou agora, com a mão sobre a capa do livro. Pode realmente parecer nada. Mas no momento em que me sinto mais perdida do que jamais estive, uma grande amiga me entrega esse que é um manual até no título. Da vida.

Sinceramente, eu choro porque tenho medo de ser verdadeira. Eu choro porque não quero reconhecer que alguns caminhos que escolhi são mais tortos do que os meus sapatos suportam. Eu choro porque desisti de viver e fico esperando que tudo aconteça, ao invés de fazer acontecer qualquer coisa que seja.

No meio do meu inferno astral, recebo nas minhas mãos esse presente antecipado de aniversário, um símbolo, um divisor das águas da minha vida. Como se fosse a minha mensagem da garrafa, que diz: sai dessa ilha. Olha o mar. Olha aquelas ondas lá onde não se enxerga mais nada. E não tenha medo delas. É fundo, é desconhecido. Mas é só água...

Sim, talvez eu não durma essa noite. Porque acho que não precisarei de ritual algum para dar esse primeiro passo, para passar de uma folha a outra.

Pode parecer totalmente surreal. Mas essa foi uma das maiores demonstrações de carinho que eu já recebi na vida. Do tipo: olha quem acredita em ti. Por que tu não faz o mesmo? Pois me digam: se essa é a prova de que nada é impossível no mundo, se tudo que desejamos podemos alcançar, do que eu tenho medo? De tentar?

Déia, talvez eu não durma hoje. Talvez eu não queira mais sequer sair de casa sem meu livro. E tu sabe, tu sabe como ele é importante pra mim (e talvez não saiba o quão importante foi receber esse livro hoje, nesse momento).

Obrigada, obrigada, obrigada, Déia! Te amo de verdade, amiga!

Certo, a história poderia começar assim, aqui, desta forma, de maneira um tanto lerda e lenta, neste reduto neutro que é de todos e não é de ninguém, onde as pessoas se cruzam quase sem se ver, onde a vida do prédio repercute, distante e regular.

Que comece, então!

março 17, 2009

Curtindo uma tevê na terça-feira à noite.

Todo mundo convidado. Estarei por lá!

março 16, 2009

Edição nº 5 da Newsletter da Não Editora. Fevereiro e março juntos! Lançamento do Jacobsen! Não Twitter e Não Orkut! Novas livrarias! Novidades e talz. Sabe, né? Clica que a imagem amplia. (Para receber a News diretamente no seu e-mail, cadastre-se no site www.naoeditora.com.br).

Então, vai ser agora. Vamos falar sério. Sério. Mais uma vez. Sério. Tá bom assim? Ajusta um pouco o grave, por favor. Ainda ouço um chiado. Hã? Longe da boca? Sério. Assim? Ah, tá. Ficou bom agora? E o pessoal aí do fundo tá ouvindo? Sério, sério, sério. Então, tá. Vou falar sério só mais uma vez e acabar com essa palhaçada. Sério. Tchau.

março 11, 2009

Contagem regressiva para o fim de semana em São Paulo com Mr. Flag. Vai ser bom. Estou precisando de novos ares, alguns museus, passeios pelo metrô, uma galeria do rock, vários cafés e algumas livrarias. E com uma passagem providencial de milhas Varig/Gol a viagem fica ainda mais interessante, não?