novembro 28, 2006

Trabalhei como habitual hoje. Muito. Para variar, em cima do cronograma estabelecido para a semana tive que encaixar um trabalho de urgência. E outros projetos estão aparecendo por aí. Bons sinais. Desde que eu pare de falar/pensar/agir tanto em trabalho e cuide um pouco de mim. Vai render ainda mais, com certeza.

Enfim...

5 anos de Estúdio de Conteúdo completados hoje. E passou rápido.

novembro 26, 2006


Pé de pilão
Carne seca com feijão
Arreda camundongo
Pra passar o batalhão


A-hã. Plantão básico de domingo na CCMQ.

Pé de pilão
Carne seca com feijão
Arreda camundongo
Pra passar o batalhão

novembro 25, 2006

Estou precisando escrever uma matéria grande. E não consigo... Há dias. Fiquei tão esgotada mentalmente, que a cabeça parece estar de greve. Então, já tentei escutar bastante música, não fazer nada e até ir no cinema. A coisa toda acalmou um pouco. Mas a resistência continua. Precisei tomar uma atitude radical contra a ode às férias cerebrais. Abri o Word, cliquei na primeira pasta de MP3 que começasse com a letra Y e coloquei no player. Daí, comecei a digitar tudo o que viesse na cabeça. Um aquecimento. Esteira antes da musculação. Alongamento antes da natação. Uma batatinha antes da caipirinha. E vamos ver o que acontece... A qualquer segundo, posso ter uma idéia genial. Daquelas fenomenais... Como não tinha pensado nisso antes. E largarei tudo. Abrirei outro documento e antes que veja, não terminarei nad....

novembro 22, 2006

I don't wanna be adored
Don't wanna be first in line
Or make myself heard
I'd like to bring a little light
To shine a light on your life
To make you feel loved

No, don't wanna be the only one you know
I wanna be the place you call home

novembro 21, 2006

Ai... Eu não sei como dizer isso. Não agora, nessas circunstâncias. Estou ainda cheia de trabalho. Bom porque também fico com um pouco mais de dinheiro. Mas certas coisas devem ser encaradas. E, principalmente, contadas e compartilhadas. Porque não podemos fingir que elas não existem. Não podemos fingir que elas não incomodam. E se tudo lateja, como se fosse um coração batendo, é preciso avaliar, medicar, cortar fora se for necessário. Não sei ainda como dizer. Tipo, uma situação totalmente embaraçosa, constrangedora, minimamente ridícula. Porque, mais uma vez, terei de admitir que errei. E que o engano foi todo meu. Sozinho meu. E que agora eu mesma devo consertar. Mesmo se doer. O jeito é respirar fundo e dizer. Não riam, malas. Mas acho que quebrei um dedo de novo. E, dessa vez, o indicador da mão direita. Como? Nunca revelarei... Nunquinha... Andar enfaixada já vai ser humilhante demais.

novembro 20, 2006

A todos os que me perguntam a pergunta...

Dançar de pijama dentro de casa. Passar o dedo no merengue do bolo. Roubar a cereja, é claro. Cantar no chuveiro. Brincar de cabra-cega. Cantar no carro. Carrossel. Cantar na frente do fogão. Gangorra. Cantar mais na frente da pia. Pular amarelinha na calçada. Sorrir para um estranho na sinaleira. Iniciar um conto. Terminar um conto. Passear de mãos dadas. Desejar tudo de bom para os manos. Ficar horas na prateleira escolhendo qual será o próximo livro. Dar um abraço. Jogar conversa fora com o pai e a mãe. Dar um beijo. Compartilhar todo o domingo chuvoso com a Tuti, a segunda cachorrinha mais fofa do universo. Rir, rir muito e durante o fim de semana todo. Ter saudades. Ter liberdade. Ter amigos que te provam que mesmo o fundo do poço é colorido. Acordar cedo, com a luz do sol. Estudar até a cabeça doer. Aprender até tudo ser bom. E, no mar de dúvidas, ter um insight que parece ser a resposta definitiva para o trabalho do fim da pós. Rir com os colegas da aula. E, só com o olhar, trocar as piadas mais infames na frente do professor. Tomar café. Fazer chimarrão. Jogar damas no tabuleiro. E cavalheiros pela janela. Cozinhar. Deixar a água lavar tudo. Colocar hidratante, creme, perfume. Sentir-se cheirosa. Ler uma revista sobre literatura. Ter saudade da praia. Da serra. Do campo. Liberar a vontade de viajar. Fazer as malas. Viajar na cabeça. Longe, bem longe. Apoiar a cabeça nas mãos e fechar os olhos. Adivinhar. Perguntar tudo o que pode ser perguntado. Fazer um churrasco com os amigos em plena segunda-feira ao meio-dia. Brindar o término do trabalho da Feira do Livro com champanhe. Não ter a mínima noção do que será do ano que vem... E não ter a mínima preocupação com isso. Ah... a vida.

novembro 19, 2006

Procuro Shiva quando me olho no reflexo dos vidros próximos da calçada. Encontro fênix, com os pés soterrados nas cinzas e o corpo ardendo de chama. O caminhar continua. O olhar permanece atento. Fixado no externo. Pois, internamente, me construo para me destruir. Construção e destruição. Tijolo a tijolo, célula a célula, idéia a idéia. Como um trabalho insano e pleno de realização. Mudança lenta e constante. Que deixa perplexo este que está ao lado. E eu mesma. Não sei o que me torno e o que me destorno. Tenho medo de continuar e a possibilidade de fim me petrifica. Prossigo nessa transmissão de sinais, num código que sequer entendo. Estou seguindo essa cartilha. Sem noção do que realmente significa.

novembro 18, 2006

Eu estava lendo um livro sobre uma pessoa que lê um livro sobre uma pessoa que lê um livro. Depois, li num texto que eu estava lendo um livro sobre uma pessoa que lê um livro sobre uma pessoa que lê um livro. E ainda vi uma foto minha do momento em que lia o livro sobre uma pessoa que lê um livro sobre uma pessoa que lê um livro. Dois espelhos, um de frente para o outro. Assim é a vida. E nós estamos bem no meio.

novembro 16, 2006

Não me olho mais no espelho. Não, mesmo. Olhares atentos estão revelando evidências constrangedoras e apavorantes para a menina de 29 anos que não quer abrir mão da condição de adolescente. Certo, tenho que admitir. Aprendi cedo a conviver com a minha parca celulite. Isso ainda era motivo para me sentir um pouco distante das mazelas da busca pelo corpo ideal. Assim como a minha barriguinha de estimação estilo germânica. Quase indispensável. Mas encontrar minha primeira estria, na lateral da coxa foi o choque que eu não esperava. Aconteceu no verão, depois que voltei das férias. Ah, refleti durante dias. Quando resolvi encarar, já tínhamos virado grandes amigas. Porque essa é a solução. E a minha pele de bebê? Triste constatar que uma simples brincadeira de Photoshop, em plena Feira do Livro, pode fazer qualquer mulher cair na sua condição real: rugas... Por todo o rosto! Antes e depois, com um simples toque no teclado. Circo dos horrores animado. Antes, depois, antes, depois... Talvez o difícil mesmo seja esse início. Essas primeiras evidências do crime do tempo. Depois, vai ser tanta coisa, que eu vou ficar mesmo feliz de ter uma mente aberta, saúde, disposição e ser uma tia maluquete. Porque essa é a minha meta de vida. Jeans e rock nos ouvidos para sempre! Mesmo com os cabelos brancos semeando a minha cabeça. E juro, nem mesmo esse monte de pele que começa a despencar debaixo dos meus braços e nas axilas vão conseguir me impedir. Nem mesmo isso!

novembro 13, 2006

Trabalhamos, nos descabelamos. E conseguimos colocar "alguma" cobertura no site da Feira do Livro, ao mesmo tempo em que os fios da Internet eram arrancados... Surreal. Mas eu estava feliz. Tinha atravessado todo o Cais do Porto e a Praça da Alfândega, cantando "Ai, ai, ai, ai... Tá chegando a hora...". Entregando rosas vermelhas... Lotes de rosas nos meus braços. Claro, fui filmada pela TV, ao lado da Sandra La Porta. Claro, apareci no programa do fim de domingo que todo mundo assiste.

Em casa, a mãe gritou quando eu apareci. Hoje pela manhã, fechando a porta do apê, encontrei a vizinha. "Te vi na TV". Hummm... E assim foi a manhã inteira. "Tu estava na TV ontem". "Eu também te vi". Voltei para o trabalho, com o carro cheio de latinhas de cerveja vazias, o resquício da festa, e dando autógrafos. Lux Luxo...

novembro 12, 2006


Trabalhei muito. Ganhei autógrafos lindos. Me diverti. Comprei muitos livros. Me comprometi com novos textos. Fiz história. Achei a minha garrafa. E muitas outras coisas. A 52ª Feira do Livro está acabando...

Na imagem... Arte do Mano (hummm...):

A minha garrafa

A outra garrafa

A bola

Ser ou não ser

A necessidade

O nosso mascote

Beijos para toda a minha equipe (maravilhosos Mano, Emily, Sassá e Felipe), para o Luis "Elétrico" Ventura e para todos os amados da Câmara do Livro. Voltamos à transmissão normal!

novembro 11, 2006

Chove um pouco. Imprescindível sair para almoçar. Entre o escape de um ou outro paralelepípedo, o calcanhar toca numa pontinha de qualquer coisa no chão. Começa a coçar. A agonia dura o almoço inteiro. Garfada na batata-frita, coceira. Dois quilos de carne na boca ao mesmo tempo, coceira. Nada diminui a sensação, nem bater com o pé mais forte no cordão da calçada. A sola é daquelas duras. Poderia arrebentar o plástico e o osso e não faria a menor diferença. A próxima tentativa é abstrair. Ir até o banheiro, caminhar um pouco, acertar a conta na banca de autógrafos da Feira do Livro. Nem o susto com tudo o que eu gastei de livros esse ano ameniza. Nem o sacar do cartão de crédito e minha assinatura no comprovante. Volto para a sala. Entupo meu café de adoçante. Eca. Mas nem isso, nem isso. Tento ler o novo livro, algumas linhas, insuportável. Sem saída, sento e começo a desamarrar o enorme cadarço do meu All Star preto e branco. Não sei pra quê tanta corda. Atinjo o êxtase de uma vida, finalmente cravando as unhas no calcanhar, por cima da meia mesmo. A perna dobrada e ação sem parar. Segundos de alívio, até que o chefe (o presidente, sim...) aparece na porta e arregala os olhos quando vê esse ser coçando muito uma pobre meinha branca. Jornalista, empresária, projeto embrionário de escritora, sem sapato, aliviando a coceira como ser um primitivo... Um dia feliz. Definitivamente.

novembro 09, 2006

Estou quase sem dormir. Às vezes, tenho a impressão de que o acelerador da minha vida pifou. E, a partir das 9h da manhã, quando ele fica ativo, a velocidade vai aumentando cada vez mais. Progressivamente. Passo a fazer mil coisas ao mesmo tempo, me concentrando em cada uma delas por alguns segundos. Na velocidade, e sem saber se a bruma esconde uma reta, uma curva ou uma mureta. Saí do Centro de Porto Alegre quase a mil. Na última meia hora, ainda revisei três textos, publiquei e caminhei até o carro. A minha carruagem vermelha com rock nos alto-falantes. A sensação era de estar vendo um filme na velocidade rápida. Mas era somente eu andando na Sertório para jantar com os meus pais. Engoli algo. Contei uma história. Porque uma boa noite de encontro sempre precisa de uma boa novidade bem contada. Com todos aqueles dramas, trejeitos e movimentos de mão e sobrancelhas. Rápido tchau e abraços e me vi em casa. Ligando o notebook, abrindo o Word, e colocando o fone de ouvido para checar o e-mail, abrir o MSN e fazer mais quatro textos para um blog corporativo que assumi em outubro. Passou da meia-noite, e o acelerador permanece ativo. O motor ronca sem parar. Resolvi trocar o CD. Decidi escrever para o blog. Tentar coordenar as idéias e gastar toda essa energia que eu ainda tenho antes da uma da manhã. E, a cada minuto, meus ombros chegam mais perto das orelhas. E meus olhos parecem grudar na luz do monitor. O que mais? A vizinha adivinhou que eu tentaria dormir essa hora: começou a bater algo contra o chão. Bifes talvez. Carne de gato. Sim... Nunca mais vi meu oficial rival da vizinhança. Suspeito que tenha virado churrasco da dona Eva Regina. O que mais? O jeito vai ser afogar esse carro... Porque não tenho mais forças para andar até a gasolina acabar. Vou afogá-lo com meus sabonetes, cremes, xampu, condicionador, hidratante para o rosto, e uma água bem quentinha acariciando a carcaça. Boa noite...

novembro 08, 2006

O estresse é como cachos de uva. Gordinhos, suculentos, coloridos, inchados do líquido mais doce. Ali, quietinhos, repousando em tonéis, aguardando o doce pisar do pé. Frutinha escapando pelos intervalos dos dedos, suco da casca entrando por debaixo das unhas. E aquela vontade de requebrar o quadril, e dar uma boa gargalhada com a boca bem aberta e os olhos fechados para compor o quadro ideal dessa sensação que renova e recria. Pisando na uva, pisando, pisando. Pra transformar em vinho e, depois, poder rir de tudo isso, debaixo da árvore, sentada na grama, com a taça na mão e as solas absolutamente roxas. O estresse é como cachos de uva. Bem gordinhos...

novembro 07, 2006

O verdadeiro castigo do turbilhão é que pensamos em milhões de coisas ao mesmo tempo. Um segundo depois, resta um farelo de raciocínio, rapidamente varrido para o passado. A verdade é que estou vivendo meses em apenas 15 dias. Literalmente. Acreditem em mim. Pode parecer um super clichê, pois estou trabalhando feito uma maluca. Mas em apenas um dia, 24 horas somente, Dante me pegou pela mão e me levou ao Paraíso, ao Inferno, ao Paraíso, Inferno, Inferno, Inferno... Purgatório. Ri horrores de tudo e de muitas coisas. Me estressei. Me cansei. Me orgulhei. Me senti na nuvem de algodão cor de rosa. Cheguei a pensar que a felicidade pudesse ser algo eterno. Cogitei também que o castigo durasse milênios. Revi amigos. Abracei pessoas que estão no meu coração para todo o sempre. Revi inimigos, claro. Às vezes, um ou outro olhar de canto seguia os meus passos pela Praça. Recebi visitas. Tão bom. Descobri novos amigos. Catei novos inimigos. E, novamente, me renovei e mudei toda a minha trajetória como muitos pensavam que seria impossível. Mudar tudo? De novo? Sim. O resultado, no fim desse grande cálculo de duas semanas, é mais positivo do que negativo. Sim, eu ainda estou com vontade de matar o cantor do happy hour do bistrô. Mas até isso teve seu perdão hoje. Eu, que estava lá em cima, num cantinho do céu chamado felicidade, relembrei, pela voz dele, de uma das músicas mais lindas que eu já ouvi. E depois, fiquei cantando na minha cabeça, por horas, horas... Todo mundo sabe que eu faço isso... Então, continuo nesse mundo... de Paixão...

Amo tua voz e tua cor
E teu jeito de fazer amor
Revirando os olhos e o tapete
Suspirando em falsete
Coisas que eu nem sei contar
Ser feliz é tudo que se quer
Ah! Esse maldito fecho eclair
De repente a gente rasga a roupa
E uma febre muito louca
Faz o corpo arrepiar
Depois do terceiro ou quarto copo
Tudo que vier eu topo
Tudo que vier, vem bem
Quando bebo perco o juízo
Não me responsabilizo
Nem por mim, nem por ninguém

novembro 05, 2006

Olhem quem voltou... Thanks, Napp.

novembro 04, 2006


Nossa sessão de autógrafos na Feira do Livro!