janeiro 30, 2009

- Bah, que merda.

- É, Lu. Daí quem está f* sou eu.

Fiz cara séria. A Maricota também. Fisionomia de que a situação está feia e não tem volta. Solução, então... O garçom se aproxima da mesa e pergunta:

- Tudo certo aqui, meninas?

Olhamos para ele. Abrimos um sorrisão e juntas, em jogral, respondemos “sim, está tudo maravilhoso”.

A verdade é que não adianta. O pé está na lama e nós estamos sem chinelos. Mas nossa alma é sempre carnaval...

Ou por mais limão que a coisa esteja, sempre conseguimos fazer uma caipirinha...

Ou o que vale é rir. Mesmo que a piada seja fraca. Compensa pelo exercício abdominal.

Ou... espero que melhore (hehehehehehe).

janeiro 28, 2009

HAHAHAHAHAHAHAHA!

HAHAHAHAHAHAHA!

HAHAHAHAHAHA!

Ok. Então para contrabalançar, uma notícia séria. Anotem aí. Um novo passo (novo capítulo, estréia, começo, ou tudo mais que eu quiser chamar) da minha vida se iniciou ontem. Foi no ShamRock. Além dos diretamente envolvidos, tivemos outras testemunhas. Novidades em breve. Como sempre: que aguardem os bons...

janeiro 27, 2009

Nova edição da News da Não Editora.

Então, aproveitando o momento jabá, convido:

Se você tem Twitter, assine o Não Twitter, com novidades todos os dias (ou dia sim, dia não. Ah! Especialmente dia Não!). Visita esse link http://twitter.com/naoeditora.

Se você tem Orkut, faça parte da comunidade da Não Editora. Nós somos bacanas... Mas, como queremos dominar o mundo, precisamos de mais apoiadores. Topa? Te aguardamos lá! O link é http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=44023618. E não aceitamos não dessa vez!

Agora, chega. Vá ler a news! E bom proveito!

janeiro 26, 2009

Grandes idéias. Grandes galos na cabeça.

janeiro 25, 2009

Estamos de volta com nossas transmissões normais. Assim espero...

janeiro 19, 2009

Fiquei pensando no que a Nancy escreveu. Na lógica do Vonnegut de analisar tudo ao contrário. E achei tão doce. Talvez tão necessário, vital. Em todos os períodos. Acho que nunca menti tanto para mim mesma como nos últimos dois anos. Acho que continuo fazendo isso. Num looping interminável. Como se estivesse discursando meus modos e motivos. Convencendo, defendendo. Mas, enganada como sempre, não me dou conta que gasto o latim para o espelho, e me debato fervorosamente para livrar meus braços e pernas de mim mesma. Porque sou sempre eu que fecho o cadeado e ato meu corpo às correntes. Sempre eu... Por isso admiro Vonnegut. Ele é contestador e distorce a realidade, inevitável quando se racionaliza ou se ama demais. Mas, ao contrário de mim, é lírico como uma criança.

janeiro 18, 2009

As pessoas que conheci com o passar dos anos freqüentemente me perguntavam com o que eu estava trabalhando, e eu normalmente respondia que o principal era um livro sobre Dresden.

Um dia disse isso a Harrison Starr, o cineasta. Ele ergueu as sobrancelhas e perguntou:

- É um livro de guerra?

- É, respondi. - Acho que sim.

- Sabe o que eu digo às pessoas quando fico sabendo que elas estão escrevendo livros antiguerra?

- Não. O que é que você diz, Harrison Starr?

- Eu pergunto: "Por que você não escreve um livro antigeleiras?"

É claro que o que ele quis dizer foi que sempre haveria guerras, e que elas eram tão passíveis de serem evitadas como as geleiras. Eu também acredito nisso.

E mesmo que as guerras não continuassem existindo, como as geleiras, ainda assim haveria a boa e velha morte.


Matadouro 5, de Kurt Vonnegut

janeiro 17, 2009

Meu mundo é mega. Eu sou mega. Tudo. Multiplicado. O resto do mundo é reducionista. Tão sem graça. Sem gosto. Sem gozo. Droga. Salve a complexidade das pessoas lunáticas!

janeiro 16, 2009

Nos momentos em que não estou reclamando de algo (qualquer coisa, pequeninha, pulguita que seja), minha vida parece tão sem sentido... Ai, ai... Falei... Droga...

Samir - diz:
aliás, o que é pra ser aquele post do teu blog?
Lu Thomé diz:
Por quê?
Samir - diz:
nada, só tava tentando decodificar o post do teu blog
Lu Thomé diz:
Nem tenta...
Lu Thomé diz:
Se insistir nisso, tu vai ficar maluco com os dois próximos posts que eu programei para serem publicados automaticamente - hehehehehe
Lu Thomé diz:
Resolvi voltar a ser a terrorista da minha própria vida...
Lu Thomé diz:
As bombas eu já tenho - hehehehehehe
Samir - diz:
hauhaua
Samir - diz:
tu é como soldado profissional, não consegue viver em tempos de paz
Lu Thomé diz:
Isso! Tenho uniforme, bandeira, hino e uma baioneta coisa mais querida!

janeiro 15, 2009

Estou espírito de porco em essência hoje. Produção em massa, que permite até vender em vidrinhos coloridos. Baratinho. Promoção. Dois por um. Três por quatro. Leve também esse em formato gel, especial para aquelas horas em que você está na rua e tem uma vontade incontrolável. Mas espere! Compre agora e leve de brinde esse frasco especial com 50 comprimidos. Perfeito para as férias na praia ou no campo! E pergunte para os nossos operadores sobre o modelo exclusivo para criado-mudo. Ligue agora mesmo! Nossa central aguarda sua ligação!

Você me pergunta
Pela minha paixão
Digo que estou encantada
Com uma nova invenção
Eu vou ficar nesta cidade
Não vou voltar pro sertão
Pois vejo vir vindo no vento
Cheiro da nova estação
Eu sei de tudo na ferida viva
Do meu coração...

Já faz tempo
Eu vi você na rua
Cabelo ao vento
Gente jovem reunida
Na parede da memória
Essa lembrança
É o quadro que dói mais...

Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo o que fizemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Como os nossos pais...

janeiro 11, 2009

A maior parte da Granja dos Bichos abria-se ante eles - a grande pastagem que se estendia até a estrada, o campo de feno, o bosque, o açude, os campos arados onde estava o trigo novo, ainda fino e verde, e os telhados vermelhos do casario da granja, onde a fumaça saía das chaminés. Era uma tarde clara de primavera. A grama e a sebe em brotação douravam-se aos raios horizontais do sol. Jamais a granja lhes parecera - e com uma espécie de surpresa lembraram-se de que tudo era deles, cada centímetro de sua propriedade - um lugar tão agradável. Olhando pela encosta da colina, Quitéria ficou com os olhos cheios d'água. Se pudesse exprimir seus pensamentos, diria que aquilo não era bem o que pretendiam ao se lançarem, anos atrás, ao trabalho de derrubar o gênero humano. Aquelas cenas de terror e sangue não eram as que previra naquela noite em que o velho Major, pela primeira vez, os instigara à rebelião. Se ela própria pudesse imaginar o futuro, veria uma sociedade de animais livres da fome e do chicote, todos iguais, cada qual trabalhando de acordo com a sua capacidade, os mais fortes protegendo os mais fracos, como ela protegera aquela ninhada de patinhos na noite do discurso do Major. Em vez disso - não podia compreender por quê - havia chegado uma época em que ninguém ousava dizer o que pensava, em que os cachorros rosnantes e malignos perambulavam por toda a parte e a gente era obrigada a ver camaradas feitos em pedaços após confessarem os crimes mais horríveis.

A revolução dos bichos, de George Orwell

janeiro 05, 2009

O pai é aquele homem enorme, mãos grandes, olhos escuros e atentos, voz pausada e grave, gestos precisos como só ele consegue, aquelas passadas seguras, aquele ar de quem sabe o que faz e o que quer. O pai é aquele mundo onde o menino não consegue entrar, aquele mistério para o qual ele não tem resposta, a caixa que não se deixa abrir. A casa parece pequena para ele. A mãe parece curvar-se. Só o coração do menino fala, grita, pensa coisas que a boca não tem coragem de repetir, mas coração de menino não se ouve quando a boca não fala.

das Travessias, de Sergio Napp

janeiro 02, 2009

Eu ouvi a Nanah gritar no telefone. E foi de felicidade. De alívio. De conquista. E de toda a chance pelo novo que temos. E eu gostei. Pode gritar, Nanah! Que eu grito junto! Porque estávamos precisando desse alívio. AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!