dezembro 31, 2005

É isso aí! Até o ano que vem! Contagem regressiva... 999.999, 999.998, 999.997, 999.996, 999.995, 999.994, 999.993, 999.992, 999.991... Beijos a todos!

dezembro 29, 2005

Fiz a minha faxina anual hoje. Aquela especial. Aquela de seleção natural. Vou guardando, ao longo do ano, papéis, comprovantes, cartinhas, cartas e cartões. E páginas e mais páginas impressas de textos, orientações, mapas e várias coisas muito úteis para a minha vida. Os papéis se acumulam. Na última semana do ano, sai o veredicto. Depois de uma criteriosa seleção, comunico aqueles que ficam e aqueles que irão partir. Tudo muito bem separado, a pilha dos despedidos se avolumou rápido. Pensei em fugir do clichê. Ou usá-lo com estilo. Fui até a cozinha e peguei a caixa de fósforos. Risquei um palito e joguei sobre a montanha. Lentamente, a onda de calor foi crescendo. Me ajoelhei e, jogando o corpo para trás, fiz o meu ritual para que o fogo crescesse. Balançando as mãos e dançando. Uma dança quente. Hendrix foi um mestre. E eu disse: "burn, baby, burn". No meu apartamento. No meio da sala. Em cima do tapete cheio de estilo e graça.

Ontem na aula de yoga, me concentrei mais do que o habitual. Caprichei nos exercícios respiratórios e nos ásanas. Aproveitei as inspirações e expirações para me lembrar de tudo de bom que aconteceu na minha vida em 2005. Daí inspirava. E para me livrar de todas as coisas ruins que aconteceram. Daí expirava. No balanço geral, depois de estar com as pernas fortes de tanto exercício e com o peito estufado de orgulho de tanta mentalização, concluí que o resultado desse período é totalmente favorável às coisas boas. Conheci muita gente legal, fortaleci o relacionamento com amigos mais recentes e dei boas gargalhadas com amigos de longo tempo. E acho que é isso que realmente importa: saber que existem pessoas na nossa vida. Claro, eu tenho inimigos, gente que vira o rosto quando me encontra, atravessa a rua para não compartilhar a mesma calçada. Mas... elas são tão pequenas perto das outras pessoas maravilhosas que me cercam e que, para a minha felicidade, gostam de mim. Então, aproveitarei os últimos dias do ano para mentalizar tudo de muito bom e sensacional para todos os amigos que tenho nessa vida: na minha família, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, em Curitiba, em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte, em Salvador, no exterior... E repito o que desejei no ano passado: que 2006 possa ser o ano das novas coisas: novas conquistas, novos amigos, novos descobrimentos, novas risadas com os amigos de hoje e sempre, novo, novo, novo... O novo e sempre necessário primeiro passo em alguma coisa...

dezembro 28, 2005

Nada como uma boa música para levantar o astral que estava lá no dedão. Meu CD do Muse chegou. Agora é Showbiz! E depois um pouco do Absolution! Talvez a madrugada toda.

dezembro 27, 2005

Perfeito para hoje...

EU ESCREVI UM POEMA TRISTE

Eu escrevi um poema triste
E belo apenas da sua tristeza.
Não vem de ti essa tristeza
Mas das mudanças do Tempo,
Que ora nos traz esperanças
Ora nós dá incerteza...


Mario Quintana (A Cor do Invisível)

O filme começou e eu não sabia se deveria achar graça ou não, tamanho humor negro. Acomodados entre três na mesma cama de solteiro, assistimos o Kung-Fusão, do Stephen Chow, no notebook da Mari. Pobre do Mano que teve que agüentar minhas gargalhadas. E do pai e da mãe, que acabaram achando muita graça dos nossos gritos... Perdi a hora, cheguei em casa às 00h40. E, de tanto rir, fiquei sem sono. Mas recomendo. Um dos filmes mais engraçados que vi nos últimos tempos.

Menino, você tem uma estrutura óssea com um potencial de mestre de Kung Fu. Com isso você pode ser o maior herói do mundo. Aqui está a palma do Buda. Eu a deixo para você por $10. Só porque é destino.

O mocinho é um malandro desastrado que decide virar gangster para conseguir dinheiro e mulheres. O filme tem sangue, arte marcial, quebra-pau e muita loucura. E já é um clássico. Poderia escrever mais, mas ainda estou preferindo rir um pouco a contar...

dezembro 26, 2005

Eu peguei o CD há uns quatro meses. Tentei ouvir no carro. E me lembro que até comentei com o Mano: Mas como é ruim, hein!?!? . Ele ficou lá, escondido no porta CD, dentro do porta-luvas, dentro do carro. Esquecido. Na semana passada, cansei de ouvir sempre-o-mesmo-Absolution- que-estava-ouvindo-há-três-semanas e resolvi dar uma chance. E foi perfeito. Da primeira à última música, ouvi cutucando o pezinho de leve no pedal da embreagem e batendo os dedinhos na bateria virtual no meu volante. Até sacudi um pouco a cabeça, mas só quando parei na sinaleira. Hoje à tarde, no meu momento clássico de ócio administrativista, resolvi dar uma olhada no site da banda. E entendi por que não tinha gostado antes: esse CD foi escrito para mim, sobre o momento que estou passando, AGORA, exatamente agora e hoje. E isso é uma daquelas coisas que a gente não explica. Mas entende. Muse é muito tudo de bom pra mim. E estou completamente apaixonada pelos caras. Ah! O CD é Showbiz.

I'm falling down, and 15000 people scream,
They were all begging for your dream

dezembro 24, 2005

Feliz Natal e um ótimo 2006. Que o próximo ano seja um período de sorrisos e de muita aventura. Sejam felizes! Muito, muito, muito felizes!

best, you've got to be the best
you've got to change the world
and use this chance to be heard
your time is now

dezembro 22, 2005

Estrela, Estrela
Vitor Ramil

Estrela, estrela
Como ser assim
Tão só, tão só
E nunca sofrer

Brilhar, brilhar
Quase sem querer
Deixar, deixar
Ser o que se é

No corpo nu
Da constelação
Estás, estás
Sobre uma das mãos

E vais e vens
Como um lampião
Ao vento frio
De um lugar qualquer

É bom saber
Que és parte de mim
Assim como és
Parte das manhãs

Melhor, melhor
É poder gozar
Da paz, da paz
Que trazes aqui

Eu canto, eu canto
Por poder te ver
No céu, no céu
Como um balão

Eu canto e sei
Que também me vês
Aqui, aqui
Com essa canção

Tenho o péssimo hábito de falar no trânsito. Sozinha, dirigindo meu carro, xingo os panacas, peço para os tiozinhos acelerarem e para as senhoras fofas atravessarem a rua com um pouquinho mais de concentração. Também converso com o Dequinho, meu carro. Meu precioso e querido companheiro desde sempre. Mas, ontem, ultrapassei todos os limites. Comprei briga com um outdoor, situado a duas quadras do Iguatemi. Acho que foi o nervosismo do trânsito. Mas não agüentei ver a campanha do Dove no outdoor. Verão sem vergonha... todas elas de biquini e somente uma (só uma...) estava com a barriga aparecendo. Todas as outras estavam atrás de um braço, de uma perna... Alta montagem. Pô, eu tenho uma barriguinha chata que não me deixa... E na praia tenho que assumir... Daí, confesso, falei um pouco alto na direção da calçada: "Tá, mas com todas as barrigas tapadas não vale!". Não vi que tinha uma senhora passando. Ela se assustou. E olhou para cima. Pelo retrovisor eu vi que ela ainda ficou um tempo lá, olhando o outdoor. E eu fui fazer umas compras na Livraria Cultura. Muda... bem mudinha...

dezembro 19, 2005

Hoje quando abri os olhos, tive aquela sensação de perdição total: não sabia que dia era, onde eu estava e (melhor tudo) tinha me esquecido de todos os compromissos do dia. Dois minutos depois, para uma despedida adequada do meu tão querido travesseiro, me levantei e embarquei para a grande aventura diária da jornalista: trabalhar. Saí cedo, não tomei café da manhã para não me atrasar. E, surpresa!!!! Chegando no CRA, a sensação era de perdição total. Déjà vu. Durante o fim de semana, o pessoal trocou o piso. Ficou lindo. Confesso. No entanto, um único detalhe me assaltava os olhos: sobre o piso novo, O NADA ABSOLUTO. Nada, nada, nada. Nada dos móveis, computadores, armários, estantes, cadeiras... Eu sequer tinha onde sentar. As divisórias sumiram. Não tinha mais sala. Agora, temos um piso lindo, que não adianta de nada para me ajudar a terminar todo o conteúdo de dez páginas do jornal que eu teria (hehehe - teria mesmo...) que fechar hoje. Fiquei triste. E resolvi louvar o ócio o restante do dia. Vou tirar as sandálias e aproveitar a sombra da primeira árvore do pátio. Acho que é uma goiabeira.

dezembro 18, 2005

Há muito tempo, corre por aí o boato de que o chester é um bicho que simplesmente não existe e que foi criado em laboratório por meio de mutações genéticas. Não pode ser natural uma ave ter um peito tão grande e com tanta carne. Diziam, inclusive, que ele já nascia sem penas.

Pois foi com total constrangimento que ouvimos a novidade que a mãe trouxe do supermercado: a empresa anuncia uma inovação... Sim! O chester agora já vem desossado.... Milhões de teorias depois, durante o jantar, a família Thomé chegou até mesmo a cogitar radiotividade para desintegrar os ossos sem abrir a pele. Bizarro. Muito bizarro. E pior: esse chester, comprado hoje, é o primeiro convidado a ratificar sua presença no nosso jantar de Natal.

Here we are at the Transmission party
I love your friends - they're all so arty

dezembro 16, 2005

Quase confirmado. Falta somente a divulgação oficial. Segundo nota de jornal, U2 se apresenta no Brasil nos dias 20 e 21 de fevereiro em São Paulo. E Franz Ferdinand vai abrir!!!! Elen!!!!! Vou ficar na tua casa! Me aguarde!

1:44 PM - Atualização: A Elen já me autorizou a comprar as passagens. Tudo certo!

dezembro 15, 2005


Super-gêmeos, ativar!



Porque homens insistem em ter atitudes de guris...


E se fosse Verdade, do Marc Levy, é um dos livros bobinhos mais lindinho que já li. E vai estrear no cinema no dia 23 de dezembro. Mark Ruffalo está em Just like Heaven. E eu adoro ele... Uma história de amor, simplinha, bonitinha, mesmo que inverossímil, e embalada para viagem, é tudo o que estou precisando.

dezembro 14, 2005

Não senti o vento entrando pela fresta da janela. Não senti os pequenos raios de luz que apontavam na parede. Sequer senti o toque do lençol no meu ombro. Mas, com toda a certeza que existe, senti a dor nas minhas duas pernas. Uma câimbra insuportável. Simultânea. Urrei, mesmo pensando em não acordar o prédio inteiro. Agarrei com força as duas pernas. Pedi para que a dor parasse. Não parou. Olhei a panturrilha, e vi um músculo em frangalhos. Retorcido, parecia lutar contra o osso e desejar minha derrocada. Escondi meus olhos contra o travesseiro. Desejei que fossem seis horas da manhã. Com o sol, estaria livre da maldição. Segundos depois, me acalmei. E sonhei com o mais lindo cacho de bananas do mundo.







dezembro 13, 2005

Estou começando a fazer o balanço geral de 2005. Pego todas as coisas: boas, ruins, inacreditáveis, inesquecíveis, melecas gerais, bicicletas, motocas e carrinhos de mão. Coloco tudo dentro de um saco, e balanço, balanço, balanço, balanço, balanço... Sirvo a mistura num copo de vidro e tomo com vodka. O resto é história e lembrança...

dezembro 12, 2005

So if you're lonely
You know I'm here waiting for you
I'm just a crosshair
I'm just a shot away from you
And if you leave here
You leave me broken, shattered I lie
I'm just a crosshair
I'm just a shot then we can die


Uma tarde divertida no Conselho... Eu, as caixinhas do som do computador e o Franz Ferdinand.

dezembro 11, 2005

Domingo. Fim de tarde. Despedida da turma da Oficina 35. Puxa, já está me dando uma saudade de tudo isso...

dezembro 10, 2005

EU PRECISO...

- Assistir Manderlay. Se o novo filme do Lars Von Trier me atingir como Dogville fez, garanto a minha satisfação cinematográfica de 2005.

- De férias. Minha cabeça pede férias. Meu corpo implora por isso.

- Escrever mais. Acredito que as idéias aparecem quando a gente vive. E eu vivi muito nos últimos 15 dias.

- Ler algo que me deixe em transe por vários dias.

- Ficar realmente em transe por vários dias.

- Pegar sol. Muito sol.

- Fazer yoga na grama. E, depois, dormir um pouco bem quietinha. E acordar com o barulho do vento.

- Aceitar os conselhos de um amigo, e deixar a verdadeira Lu aparecer de novo.

- Dizer: feliz ano novo! Feliz vida nova!

- Parar de escrever. E fazer...

dezembro 09, 2005

Se a vida pudesse atingir uma velocidade alucinante, esse meu momento foi ontem. Às 18h55min, nós, os 11 oficineiros do professor Assis, ocupamos nossos espaços e, sem uma folga, autografamos a antologia por mais de duas horas e meia. O Birra & Pasta ficou pequeno para tanta gente. E até mesmo esse blog é pequeno para todos os agradecimentos que eu gostaria de fazer. Família, amigos, pessoal da CCMQ, do CRA, da faculdade, da vida. Teve até leitor do 50kg (valeu, Germano!). Acho que nunca sorri tanto, tirei tanta foto, zoei e me diverti. Quase chorei trocentas vezes. E, no fim das contas, era a mulher acabada mais feliz do mundo. Um agradecimento especial ao professor Assis, pelos dois semestres incríveis, pela generosidade e pela lição de humanidade, carinho e, especialmente, literatura. Um abraço para os meus 10 colegas: ah! Como foi bom!! Valeu! Assim que o fotógrafo-atômico Luis liberar, publico algumas fotos por aqui. Para quem interessar, o livro está na Palavraria (Vasco da Gama, 165), Botequim das Letras (Felix da Cunha, 1143) e Raízes (Cristóvão Colombo, 2199 loja 4).

dezembro 08, 2005

Bem, queridos amigos. Então, o lançamento da antologia Contos de Oficina 35 é hoje. Eu e mais dez colegas faremos sessão de autógrafos no Birra & Pasta do Shopping Total a partir das 19h. Conto com a presença dos amigos que puderem ir e agradeço todas as mensagens que recebi. Beijos!

dezembro 07, 2005

É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã. É amanhã.

Tenho que ficar calma. Tenho que ficar calma. Tenho que ficar calma. Tenho que ficar calma. Tenho que ficar calma. Tenho que ficar calma. Tenho que ficar calma. Tenho que ficar calma. Tenho que ficar calma. Tenho que ficar calma. Tenho que ficar calma. Tenho que ficar calma. Tenho que ficar calma. Tenho que ficar calma. Tenho que ficar calma. Tenho que ficar calma. Tenho que ficar calma. Tenho que ficar calma. Tenho que ficar calma. Tenho que ficar calma.

Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca. Já tô louca.

E com certeza tenho que pensar em mantras mais adequados do que esses...

dezembro 04, 2005


Tess, minha sobrinha mais fofa desse mundo.

dezembro 02, 2005

Todo mundo que já viu o Contos de Oficina 35 achou lindo. O livro ficou, realmente, muito bonito. Além disso, ontem, a Maria Wagner elogiou o meu estilo. Hoje, a Lu Vicente me deu os parabéns por dois contos meus que estão na antologia. E o Samir classificou o meu Limite do Espectro Solar de pequena obra-prima.

Gente, eu estou nas nuvens.

dezembro 01, 2005

"O crocodilo entrou no meu quarto mansamente, com passos arrastados que deixaram a ponta do tapete virada. Ele subiu no colchão onde eu estava deitado, se aninhou junto dos meus pés e ficou me olhando.

Estou enlouquecendo, pensei, e com muito cuidado espichei a ponta do pé até a altura do que seria a barriga dele. Senti a pele grossa e levemente fria, de uma textura molhada. O crocodilo fez um movimento brusco para trás, como quem se defende de uma cócega, e me sorriu"
(...)

O Crocodilo I (em Deixe o Quarto como está), de Amilcar Bettega Barbosa, vencedor do Prêmio Portugal Telecom de Literatura.

Parecia um pesadelo. Eu agarrei os dois fios de nylon... E puxei, puxei, puxei com força. Até que fizessem vincos na minha mão esquerda. O fio todo acabou no chão. E nada aconteceu. Na hora pensei: de quem foi essa idéia? E pensei de novo: onde eu estava com a cabeça quando aceitei puxar o cordão? O fio ainda estava no chão. Todas as pessoas olhavam para mim. E eu olhei para cima. E nenhum (nenhum mesmo) dos 500 balões se mexeu. "Faltou força, Lu Thomé?" Juro que faltou. Faltou força para escalar a parede do teatro e arrancar com os meus próprios dentes aqueles balões do teto. Bem-vindos ao meu show dos horrores.

novembro 29, 2005

change,
everything you are
and everything you were
your number has been called
fights, battles have begun
revenge will surely come
your hard times are ahead

best,
you've got to be the best
you've got to change the world
and you use this chance to be heard
your time is now


"Butterflies And Hurricanes" (MUSE)

novembro 25, 2005

Escrevo do hotel Intercity de Gramado. Saí ontem de Porto Alegre para participar da equipe de produção de um evento do Conselho Regional de Administração. Rodeada de Administradores, me concentro em outro local, outra data, outras pessoas. Orgulhosamente, eu e dez colegas faremos o lançamento da antologia Contos de Oficina 35, resultado do nosso trabalho na Oficina de Criação Literária do Professor Assis Brasil.

A sessão de autógrafos será no dia 08 de dezembro (diferente do que a Zero Hora publicou hoje), no restaurante Birra & Pasta no Shopping Total. Conto com a presença dos amigos para amenizar o frio na barriga que toma conta de mim.

novembro 17, 2005






Uma experiência em alta velocidade. É assim que posso resumir a minha participação na 51ª Feira do Livro de Porto Alegre. Além de reencontrar bons amigos, feitos quando participei da Feira em 2002, conheci e me aproximei de muita gente legal, como o João, a Bina fofa e o André. E também tive a oportunidade de trabalhar pela primeira vez com a Julia e o Mano, e de poder trocar idéias (e ótimas) com o fotógrafo-espoleta Luis Ventura.

Enfim, 19 dias que já são história na minha vida.

novembro 12, 2005

outubro 29, 2005

Equipe do site da Feira do Livro em ação...



outubro 28, 2005

Ficarei distante do 50kg por alguns dias.

Até o dia 15 de novembro, minha nova morada digital será www.feiradolivro-poa.com.br.

Estou trabalhando no site da 51ª Feira do Livro de Porto Alegre. Até a volta. Beijos!

outubro 13, 2005

Feriados no meio da semana, geralmente, acabam comigo. Além de perder a noção do tempo, meu corpo demora a entender por que, em plena quarta-feira, fiquei até tarde na cama, estava em ritmo lento, sem trabalho e ainda sem estresse algum. Tá. Só um. Mas esse não vai contar...

outubro 10, 2005

Saiu no jornal O Globo de sexta-feira e o Publish News divulgou:

Falação que consome o tempo

O Globo - 8/10/2005 - por Miguel Bezzi Conde

Harry G. Frankfurt é o autor de Sobre falar merda (Intrínseca, 68 pp., R$ 19,90, trad. de Ricardo Gomes Quintana), um ensaio que procura definir o significado preciso de um fenômeno tão disseminado (é uma "ubiqüidade impublicável", nos dizeres do "New York Times") quanto pouco estudado: "bullshit", no original em inglês, ou o "falar merda" na tradução. Filósofo e professor da Universidade de Princeton, Frankfurt escreveu o ensaio em 1985, mas só no início deste ano concordou em lançá-lo num volume único, embora o achasse muito curto para isso. O livrinho foi um sucesso. Chegou ao primeiro lugar na lista de mais vendidos do "New York Times" e há planos para traduzi-lo em mais de dez idiomas - o que demonstra a amplitude do fenômeno estudado: "Um dos traços mais evidentes de nossa cultura é que se fale tanta merda. Todos sabem disso. Cada um de nós contribui com sua parte", diz o autor. Frankfurt procura definir o "falar merda" através de uma comparação com outras formas de desonestidade: a mentira, o blefe, a dissimulação. Sua conclusão é que ele não apenas é um fenômeno distinto de todos esses, como também é, de todos, o mais danoso à verdade, porque sua essência é uma "falta de preocupação com a verdade", ou "indiferença em relação ao modo como as coisas realmente são".

Meu companheiro na noite de ontem... Ele e A Coleção Particular...

Uma das coisas que aprendi a valorizar na minha vida é a verdade. Verdade de todos os tipos, de todas as quantidades, tamanhos, formas, qualidades... A verdade está muito ligada ao real, aquilo que se pode pegar com a mão, aquilo que nos afeta e muda a trajetória prevista. Uma verdade como um livro muito bom, uma verdade como um escritor que escreve muito bem, verdadeiramente bem... Algumas pessoas vivem vidas de mentiras, e semeiam essas mentiras pelos mais variados pastos: os deles mesmos e os pastos dos outros. Posso ter poucas coisas nessa vida, poucos amigos, poucas conquistas. Mas tudo o que eu tenho é verdadeiramente meu.

Eu perguntei para o Napp, na semana passada: quem é o melhor escritor, aquele que na sua vida mente ou aquele que busca a verdade? Não chegamos a conclusão nenhuma. Mas, só para garantir, tomei a decisão de me afastar com urgência de um mentiroso patológico que apareceu por aí...

outubro 06, 2005

Afundei minha cabeça no travesseiro. Deitei para a esquerda e coloquei o braço para fora. Virei para o outro lado. Pela primeira vez em semanas, tinha a sensação de que iria acordar bem disposta. Até parecia que tinha dormido mais do que o habitual. Abri os olhos e vi que o sol batia na janela. Olhei na direção do criado-mudo e peguei o relógio. Nesse momento, é que toda a ilusão acaba. Os ponteiros não deixavam margem para engano: 9 horas e 30 minutos. E EU AINDA NA CAMA!!!!!! O despertador não tocou. O despertador caro e cheio de frescuras não tocou. O despertador caro e cheio de frescuras, que o Mr. Flag comprou pela Internet, não tocou. O despertador caro, lixo, porcaria, inútil, imprestável, idiota, imbecil, cretino e cheio de frescuras, que o Mr. Flag comprou pela Internet, não tocou. Não tocou! Não tocou! Não tocou! Foi o que eu repeti todo o tempo enquanto tentava me arrumar, separar minhas coisas, recuperar a hora perdida na manicure e chegar no trabalho antes de ser demitida... E pensar que, depois de semanas acordando cansada, tudo o que eu queria ouvir era aquele pi-pi-pi-pi-pi às 7h30min da manhã. Quem diria...

setembro 22, 2005

Para me exibir um pouco. Hoje, às 19h, será inaugurado o Acervo Elis Regina, no segundo andar da Casa de Cultura Mario Quintana. E, puxa, como o espaço ficou lindo! Abaixo, coloco três fotos para os meus amigos terem só um gostinho. Assim que puderem, visitem!

setembro 19, 2005

Correria nos últimos 15 dias. Daquelas de respirar para prender o fôlego e tentar cumprir a travessia inteira com oxigênio nos pulmões. Saí da Semana do Administrador para entrar nos 15 anos da Casa de Cultura Mario Quintana. Tarefas cotidianas, compromissos de última hora, problemas de solução urgente, telefone que não pára de tocar. Permaneci correndo e, a cada nova curva, um obstáculo. A perfeita corrida com barreiras. Só restava torcer para que as pernas conseguissem alcançar o céu. Cair, numa hora dessas, seria um desastre. Ultrapassei tudo, menos um dos obstáculos. Toda a vez que ele aparecia na minha frente, eu chutava com força e o derrubava. Fiquei assim durante uma semana. Até que, no último sábado, uma amiga segurou a barreira... Estava na hora de eu encarar o problema.
Perto do meio-dia, me despedi dela e entrei no carro. Dirigi até a Zona Norte, entrei no Shopping Lindóia, avistei o laboratório e, com um sorriso e muita calma, pedi para a atendente:
- Gostaria de fazer um exame de gravidez.
Não fiquei mais do que cinco minutos no laboratório. Tirei sangue e saí com a autorização para pegar o resultado via Internet.
- Mas só na segunda-feira, ela me disse.
Tudo bem. Trabalhei ontem. E só fui acordar com um friozinho na barriga hoje de manhã. O papel indicava que o exame estaria disponível às 18h45min. Mas com probabilidades de estar na Internet ao meio-dia. Exatamente às 11h25min entrei no site, me loguei e meu nome apareceu na tela.
Fiquei nervosa. Chamei minhas colegas do Conselho. E pedi que alguma delas interpretasse o resultado já que, para a minha decepção, não estava ali escrito "Grávida" ou "Não Grávida". Minutos de indecisão e discussão. Sinais de maior, menor. O Santo Google resolveu o problema. Menor que 5. "Não grávida".
Daí fui almoçar.

setembro 15, 2005

setembro 10, 2005

Coloquei o CD do Muse no computador do meu irmão. Aumentei o volume. Sozinha na casa dos meus pais, no escuro, vendo pela janela a chuva que molha Porto Alegre, penso em quanto é maravilhoso ter a minha vida de volta. Depois de 15 dias de trabalho constante beirando o insuportável-enlouquecedor, eu estou de volta. Vivendo novamente, amigos...

agosto 25, 2005


Desenho que o Moschini me enviou via MSN. Esse é o espírito.

agosto 24, 2005

Um amigo que vale a pena apresentar para os amigos. Leitor desse humilde blog, Marco Aurélio Ferreira Vianna é Presidente do Instituto MVC e conferencista no Brasil e exterior, além de fã do Google. Selecionou diferentes piadas e textos para que eu publicasse aqui. Decidi não fazê-lo. Ontem, fomos à Novo Hamburgo para uma palestra que ele proferiu para o CRA/RS sobre liderança. Em homenagem à divertida empreitada, coloco a foto que ele tirou conosco - as meninas da Comunicação do Conselho (Lídia, Luciana, Lu Thomé, Marco Aurélio, Eliane e Jane). Sou tua fã, Marco Aurélio!

agosto 20, 2005

Eu queria, nesse momento, parar um pouco. Ficar três meses ganhando dinheiro de alguma fonte divina. E não precisar me preocupar com o trabalho amontado em cima da mesa e socado nas gavetas. Não me preocuparia com prazos absurdos ou com ordens nojentas. Relaxaria. Respiraria fundo umas mil vezes, e estaria pronta para um trimestre de férias intelectuais. Faria yoga todos os dias. Se possível, duas vezes ao dia. Acordaria tarde. Esqueceria do relógio em algum canto. Sairia de casa sem usar brincos, de jeans e qualquer camiseta. Mas usaria maquiagem. Eu teria tempo de ficar na frente do espelho me arrumando. E horas embaixo do chuveiro experimentando meus novos sabonetes. Depois deitaria na minha cama com lençóis limpos e curtiria meu cheiro de banho. Poderia fazer coisas legais durante a madrugada. No dia seguinte, tomaria um longo café da manhã. Leria, leria muito, todas as coisas e todos os livros que gostaria de ter tempo para ler. Escreveria um pouco. Almoçaria fora, jantaria fora. Descobriria novos lugares. Sairia com os meus pais para ir ao cinema ou tomar um refri em qualquer calçada. Talvez fosse sentir falta de trabalho. Nem tanta assim, eu acho. Dormiria de mãos dadas com o Mr. Flag. E me sentiria feliz.

agosto 19, 2005

Grande notícia! Meu amigo do RJ João Paulo Vaz ganhou o primeiro lugar no 9º Concurso Nacional de Contos Josué Guimarães. Uma maravilha! Conheci o João Paulo no ano passado, depois que o livro dele ganhou o 2º Prêmio Casa de Cultura Mario Quintana.

Parabéns, João Paulo! A única injustiça é que agora, quando falamos por telefone, tu sabes mais da minha vida do que eu sei da tua. Sabes inclusive sobre o meu romance com o fogão. Olha só, manda um beijo para a Sandra e cria um blog também!!!! hehehe.

agosto 07, 2005

Pensando seriamente, algo não vai nada bem comigo. Mr. Flag trabalhou o fim de semana inteiro. Fiquei completamente abandonada por ele. E hoje à tarde, sozinha em casa, não resisti e experimentei a traição. Entrei na cozinha. E o enxerguei. Nossos olhares se cruzaram. Ele, com aquele trejeito de malandro, meio sujo, mas com tudo no lugar. Eu desprotegida, carente. Nem me lembrei do Mr. Flag. Foi ali mesmo no chão que, entre esponjas e produtos de limpeza, nós nos esfregamos até o esgotamento. Eu e o meu fogão de quatro bocas. Uma loucura total.

agosto 04, 2005

Êêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêê!! U-huuuuuuu!!!!! Iiiiiiiiiiirráááááááá!!!! Vivaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!!!!!

agosto 03, 2005

Estava lendo o blog da Cintia Moscovich. E tudo realmente faz sentido. Ainda não consegui encaixar a literatura na minha vida. Não consegui cumprir a promessa de continuar escrevendo, feita há um mês, quando a oficina acabou. Incrementei as leituras, aumentei o ritmo e tive vontade de devorar páginas e mais páginas. Mas está quase impossível sentar na frente do micro e escrever. Tive algumas idéias (uma boa, que pode render, no mínimo, um conto...). Mas não escrevi. Sei. Para mim, escrever dói um pouco. Como se arrancasse pedacinhos, para colar no papel. Me cansa. Fico exausta. No entanto, gosto muito. Talvez a dor maior seja não fazer, não escrever. Ultimamente, não estou conseguindo sequer encaixar minha vida na minha própria vida.

agosto 01, 2005

No sábado, visitei uma amiga. Entrando no apartamento, não tive a menor dúvida. Ela é uma mãe. Em um mês de mudanças radicais na vida, ela já vestiu aquela capa com o M maiúsculo. Uma superMãe. Conversa com a filhota, reconhece a quilômetros de distância todos os tipos existentes de choro, pega a criança com uma mão só e acomoda, canta até ela adormecer. Disse que quer me treinar, que podemos fazer um intensivo. Pensei em explicar que não seria possível. Esta parece ser uma realidade distante na minha vida. Tenho corpo de criança, poucas pessoas atestam que tenho mais de 19 anos. Fico com medo de tudo que ainda tenho para aprender. Hey! Nem o Mr. Flag me chama de esposa. Para ele, ainda não passei da fase noiva. Como serei mãe assim? Ontem, bateu o pavor: saí arrumando toda a casa, lavando toda a roupa, recolhendo todo o lixo. Antes de cuidar de um bebê, tenho que aprender a cuidar da casa. Ai, obsessão. E criei um choro imaginário, me acompanhando por todos os cantos. Também pensei em alguns risinhos. E também treinei em xingar um pouco o Mr. Flag e o seu futebol de domingo à noite. Me deu uma espécie de saudade, do que ainda não conheço. E antes que todo mundo pense o que todo mundo está pensando: não, não estou grávida.

julho 28, 2005

Existe uma tensão dentro da gente depois que temos uma conversa séria com alguém. Um tipo de papo que é extremamente necessário, e no qual devemos ter o maior cuidado do universo. Todas as palavras podem ser ditas. Bem-sucedido é aquele que, mesmo com o início da tensão, consegue construir frases sensatas, objetivas, concretas. E que tenham sentimento. Caso contrário, pode ter o mesmo efeito de uma faca. Gravada bem no meio do peito. Tudo pode começar com um: "sabe aquelas fotos? Te enviei hoje". O diálogo passa por inúmeras fases. Pode até ter momentos de nervosismo latente. Pode quase chegar no choro. Mas no final, além da tensão, um único sentido deve permanecer: "gosto muito de ti. Estou preocupada. Mas pronta para ajudar no que for preciso. Conta comigo. Vamos superar essa, amiga".

julho 26, 2005

Uma vez eu era criança. E sentava na frente da televisão a tarde toda. Sessão da tarde, na época em que era boa. A fantástica fábrica de chocolates, Curtindo a vida adoidado, Clube dos cinco, A Garota de Rosa Shocking, O feitiço de Áquila. Me lembro de achar a Michelle Pfeiffer a mulher mais linda do mundo. Ficava apavorada com a maldição do bispo: de dia, Isabeau sempre seria um falcão. E de noite, o cavaleiro Navarre (interpretado pelo Rutger Hauer) tomaria a forma de um lobo. A história se passa no século XII. Criança, eu ficava impressionada. Mas acreditava que este tipo de história nunca poderia acontecer na vida real. Vinte anos depois do lançamento do filme, minha teoria se desfez. Mesmo sem virar águia ou lobo, eu e Mr. Flag raramente nos encontramos. Lembra a cena do amanhecer: quando ele de lobo-para-homem enxerga ela, de mulher-para-falcão, durante um segundo... Quando Mr.Flag chega em casa, eu já estou dormindo... Vejo ele com o canto do olho e me perco no travesseiro. Quando eu saio pela manhã, quem está dormindo é ele. Tenta levantar, me dar tchau, mas acaba perdendo a luta para o edredon. A única diferença é que nosso Bispo de Áquila não é uma pessoa. É uma necessidade. A de sobreviver e pagar as contas, sem se importar com os empregos e horários que aparecem pela frente.

Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?

Fernando Pessoa

julho 21, 2005

No fim das contas, tudo foi um alarme falso. A livraria que anunciou o tão esperado exemplar de Vida modo de usar, do Perec, abriu o jogo na última terça-feira. A obra está mais do que esgotada. Disso eu já sabia. O que eu desconhecia era esse sentimento insosso de querer algo que não existe mais. Ou algo que está tão, tão, tão escondido, que os que possuem sequer se arriscam a anunciar, temendo o inevitável ciclo do emprestar-e-nunca-mais-enxergar... Sei que posso tirar o livro na biblioteca. O farei, com certeza. Mas juro: será como sexo casual. Que terminará com o até algum dia. Já passei dessa fase. Quero esse francês só pra mim. Agora!

julho 16, 2005

Na maioria das vezes, o grande medo da vida é esse: de que nada aconteça. Mas, em certas ocasiões, algo imenso, de grande responsabilidade, cai no teu colo e diz: vai encarar? Tenho medo dos dois tipos. E passei o sábado inteiro arquitetando soluções para abraçar este projeto que, desde ontem, me desafia. Por seu tamanho, exigência e projeção. Tomara que eu consiga.

julho 13, 2005

Uma ajuda, por favor. Estou procurando a obra Vida modo de usar, de Georges Perec. Não há reedição prevista. A biblioteca da PUC não tem. Sebos na Internet não têm. Se alguém puder me emprestar, prometo que devolvo. Se alguém puder me dar uma dica preciosa, prometo que agradeço.

Atualização - 15/07: Depois da dica da Cibele, de que posso encontrar o livro na biblioteca da Unisinos (que é um templo a ser adorado), a Maricota (minha irmã), me ligou hoje. Contrariando as previsões pessimistas, ela encontrou o livro. Chega na terça-feira. Termino o Vila-Matas amanhã para receber, carinhosamente, o Perec na semana que vem. Obrigada, Mari!

julho 07, 2005



Nós somos bonitos e inteligentes. Nós escrevemos bem. E já temos um livro pronto. Se você é cheio da grana, nós precisamos do seu dinheiro. Mande um e-mail para luthome@gmail.com. E nos ajude a editar a antologia dos 20 anos da Oficina de Criação Literária do professor Assis Brasil. Dicas também são bem-vindas.

Tenho frio. Vejo as petecas elegantes na rua. Nem o nariz vermelho as bonitas têm. Quase nada de roupa, e nem precisam fazer pose de boneco de gelo. E eu com frio. Com botinas confortáveis, quentinhas e feias. Com meias grossas de algodão até o joelho. Com um blusão de lã meio torto, mas tão quentinho. Com uma manta enrolada em todo o pescoço. E, é claro, o pijama todo embolado por baixo de tudo isso. Qual será o caminho mais curto de volta para a minha cama???

julho 04, 2005

Me recolhi cedo. Na sala, o som dos gritos ensandecidos do Milton Neves. Domingo à noite, com marido boleiro e adepto dos programas futebolísticos... é fogo... Lá pelas tantas, estava lutando contra o sono. Cansadíssima. Eis que Mr. Flag começa a ouvir risadas vindas do quarto. Minhas risadas. Imediatamente, ele pensa que eu saquei da prateleira um livro engraçado e que estava me divertindo muito. O primeiro impulso dele foi levantar do sofá e conferir o motivo de tantas gaitadas. E a primeira reação foi levar o maior susto: eu estava deitada, dormindo, com a cabeça no travesseiro, a luz do quarto apagada, os olhos fechados... E RIA SEM PARAR... As gargalhadas duraram alguns minutos. Pelo jeito, a piada mais engraçada e misteriosa da minha vida.

Todo o funcionário-trabalhador-operário-padrão deveria ter o direito de escolher, uma vez por mês, um dia para faltar ao trabalho durante a semana. Ficar olhando Sessão da Tarde, tomar chá bem quentinho, comer uma cuca doce e se lambuzar com o recheio de banana e canela. Olhar pela janela a chuva molhando as criaturas. E ter uma única preocupação: amor, levanta e ajeita o edredon? Meu dedinho está de fora...

junho 30, 2005



Olha, amor... É uma igualzinha a esta que eu quero...

Elio, Maria Luisa, eu e mamãe Adri. Papai Marcelo tirou a foto.

junho 28, 2005

A verdade é que eu nunca me preocupei com isso. É. Vou ser sincera de uma vez por todas. Nunca precisei me preocupar com a minha roupa, com a minha comida, com o meu quarto. Aliás, era quase mágica. Eu deixava bagunçado pela manhã (não de propósito... correria, é claro), e tudo está OK quando eu voltava à noite. Minha mãe e meu pai criaram todo um ambiente para que eu e meus irmãos nos preocupássemos somente com a faculdade e nossos estágios e depois empregos. Isso funcionou muito bem. Trabalho desde os 18 anos, na área em que me formei. Só que... A verdade é que todas as verdades têm um só que... Só que há mais de um ano me mudei para o apê do Elio. E fiquei esperando, e nada aconteceu. O espírito da super dona-de-casa baixou em mim duas vezes. A primeira foi no dia da mudança. Com o pano e o lustra móveis, tirei todas as poeirinhas de todos os móveis recém-instalados no apê. A outra vez ocorreu uns meses depois. Enlouquecidamente, peguei o aspirador e limpei o chão e os tapetes. E depois, ainda peguei um balde, um pano e um rodo e passei (no quarto e na sala) um produto especial para piso laminado. Ficou um luxo. Dias depois, eu ainda estava sentada no sofá esperando a Creuza que existe dentro de mim se manifestar. Não aconteceu. Tenho uma inveja natural das pessoas que têm prazer em limpar a casa, em receber as visitas com a sua louça e prataria especiais, com toalhinhas e cacarequinhos... É mais fácil fazer dois, três, quatro, cinco projetos, do que limpar a casa ou fazer supermercado. É mais fácil escrever um conto sobre a mulher que morre soterrada depois que sua casa é tomada pela poeira, do que ligar o aspirador. Ok, a comida eu faço sem problemas. Mas alguém, por favor, me ajude com esse monte de louça!

A Maria Luisa nasceu hoje.

junho 23, 2005

É comum ter um dia ruim. É comum o dia ruim se multiplicar por dois, três, cinco mil de potência. Mas, amigos, amigos meus, ontem tive um dia inacreditável. Tudo o que eu tocava, parava de funcionar, ou dava errado, ou outra coisa que atrapalhasse a dinâmica do mundo. E, na minha boca, a indignação se transformou em palavrões. Bati todos os meus recordes. Já sou, desde pequena, uma desbocada. Mas ontem, pronunciei palavrões que eu sequer sabia que conhecia. Me senti a Linda Blair. Só faltou a gosma verde. Porque, em determinado momento, acho que até a cabecinha eu girei...

junho 21, 2005

Para aproveitar que lembrei agora: sei que fui maltratada. A dupla não precisava fazer daquela maneira, tão pouco civilizada. E que fique registrado: não esquecerei.

junho 20, 2005

Acordei cedo. Com frio. Não tomei café em casa. Cheguei no trabalho e, antes de largar a bolsa, me servi de café. Café ruim. Não li o jornal do dia, não vi meus e-mails. Iniciei a manhã escrevendo meus textos para o jornal. Constatando que nada (NADA!) do que eu havia feito na sexta-feira foi salvo nos arquivos. Fiquei até meio-dia refazendo tudo (TUDO!). Almocei com um amigo no shopping. Amigão. Voltei para o trabalho. Tomei outro café. Fraco. Passei a tarde escrevendo textos e olhando para o relógio. Escrevendo e olhando. Algumas vezes, fazia testes para certificar que as palavras eram salvas no arquivo. Não consegui terminar tudo. Fui embora. Fiz minha aula de yoga. Jantei com meus pais. Cheguei em casa tarde. Não tinha mais vaga no estacionamento rotativo. Tive que pagar 10 pilas para guardar o carro no posto de gasolina. Recebi um e-mail do Unibanco, depois que eu mandei uma mensagem detonando o gerente da minha conta. Estou com sono. A entrevista do deputado fez com que o Mr. Flag ficasse preso no trabalho. Recebi fotos do JP. Ele é fofo. Meus olhinhos estão quase fechando. Sono... Tchau.

junho 19, 2005

João Pedro nasceu na quinta-feira.

Eu tenho o dom de esquecer das coisas que ficam dentro de armários, de gavetas e de caixas. Sequer lembro de todas as roupas que eu compro. E caixas seladas com fita duréx, então... nem se fala. Pois, mexendo em um armário fechado, encontrei um fichário com textos da minha adolescência. E entre os textos, algumas cartas. Aos treze anos, eu já era metódica. Todas as cartas enviadas aos amigos eram organizadamente passadas para as folhinhas deste fichário. Extraindo o caráter de loucura e de considerar que eu não tinha mais nada para fazer nesta época, confesso que estes escritos são de uma riqueza expressiva para mim. Li todos. Um por um. Me deliciando com os sentimentos, revivendo algumas coisas e, em outras linhas, me achando uma completa estranha. A fase metódica passou. Hoje em dia, não tenho tempo de organizar cadernos secretos. Um blog secreto, talvez. Quem sabe. Quero novamente ser uma estranha para mim mesma. E iniciar a produção de textos de uma nova série: Para ler aos 80.

junho 14, 2005

O meu lado urso tem se manifestado muito. Demais. Nas últimas semanas, abandonei até mesmo o hábito de procurar motivos para ficar em casa. Pra quê? Precisava somente sair do trabalho, estacionar o carro na garagem, e sentar infinitamente no sofá da sala. Claro, ele sente falta de mim. Eu sei. A televisão também. Como é que o aparelho vai passar todos os programas sem que eu esteja ali, pronta, com o controle remoto na mão? Tento me convencer de que tudo isso é uma fase. Temporária, claro. Ou melhor: quem sabe tudo é culpa do meu ascendente. Libra. O comportamento de uma pessoa é ditado, até certa época, pela posição da lua na hora em que nasceu. E, depois de um tempo, tudo passa a ser regido pela posição do sol na hora do nascimento. Áries. Isso significa uma única coisa: serei uma jovem-velha e uma velha-jovem. Pois é...

junho 13, 2005

Ganhei três livros de Dia dos Namorados. Fiquei feliz. De verdade. Um sorriso só. Foram os dois primeiros do Inferno Provisório (O Mundo Inimigo e Mamma, son Tanto Felice), de Luiz Ruffato; e o Bartleby e Companhia, de Enrique Vila-Matas. Depois de abrir o pacote da Livraria Cultura, tive meu momento de felicidade provisória. Eu e meus demônios. Constatei, simplesmente, que não existia mais espaço para livros na minha estante. Isto significa duas coisas, amigos:

1) Está sobrando o dinheirinho básico para a compra de livros; e estou ganhando alguns também;
2) Está faltando o dinheirão necessário para a compra de um apê novo; e estamos no limite da ocupação do espaço físico.

Negociação daqui, negociação dali. Resolvi ter faniquitos somente por três minutos. Depois abri o jogo para o Mr. Flag:

Posso ficar chorando as pitangas a tarde toda. Tu resolve: ou me dá de uma vez uma das tuas prateleiras da estante, ou agüenta o escândalo durante todo o dia.. Tudo em nome dos namorados...

Ele pensou um pouco. Tirou uma pilha de Playboys (hellooooo!!!!! Libere espaço para a verdadeira cultura, meu filho!) e me concedeu o latifúndio de uma das prateleiras dele. Ah... a felicidade...

junho 07, 2005

Eis que escrevi alguns textos para a antologia da oficina. E comento sobre os mesmos com colegas no café da PUC.

Aquele lance todo do texto era a faca mesmo, ressalto.

Ah, é?, retruca o Gustavo.

Vou reformular um pedaço, enfatizo.

Qual texto vocês estão falando, questiona a Eleone. Aquele do sangue?

Não. O do sangue é o mesmo do machado. Estamos falando do conto da faca, explico...

Já viram o estilo, né?

Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada.
Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada.
Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada.
Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada.
Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada.
Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada.
Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada.
Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada.
Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada.
Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada.
Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada. Estou cansada.

E hoje é apenas terça-feira. S o c o r r o . . .

junho 05, 2005

Curto, na maioria das vezes, um reflexo retardado. De modismos, é claro. Ou simplesmente de período de tempo. Exemplos... Quando os caras apareceram no Fantástico, na MTV e tudo que é canto, eu nem dei bola. Mais de um ano depois, o CD do Franz Ferdinand caiu na minha mão e não saiu mais do meu carro. E era só ligar para que a música (ótima música na minha opinião) começasse. Pois agora, é a vez do Muse. O Mr. Flag garimpou o grupo na Internet. O Mano baixou o CD. E eu tomei conta do material. O disco Absolution é de 2003 e simplesmente magnífico. Viram? Dois anos de atraso. Na área da literatura, assisti na semana passada o Jogo de Idéias do Itaú Cultural (na CCMQ é claro) com o Luiz Ruffato. O autor é apaixonado pela palavra e realmente trabalha um texto. Do jeito que eu gosto. Ele, obviamente, está na moda. Todo mundo fala da trilogia Inferno Provisório. Mas eu vou esperar um pouquinho... Não está na minha hora ainda... Quem sabe não ganho de dia dos namorados - hehehe...

Às vezes, todos os nossos problemas (pelos menos os femininos) parecem se resolver quando o cartão de crédito ou o talão de cheques saltam (pelo menos uma vez) para fora da carteira. Pois nesse fim de semana eu comprei uma ultra-fashion-moderníssima bolsa de câmara de pneu de bicicleta. E estou me sentindo o máximo...

junho 02, 2005

Se hoje fosse um dia de sonho... Seria um dia de férias. Eu teria dinheiro. Andaria pela 9 de julho em Buenos Aires. Andaria, andaria, andaria. Até encontrar um banco de praça mágico. Um banco que fica de frente para o mundo todo. Todas as cidades, todas as pessoas, todas as luzes. Ali, esperaria até o sol nascer.

junho 01, 2005

Ficar sozinha todas as noites é realmente um problema. Mr. Flag arranjou um emprego noturno. Mas, cada vez mais, me convenço de que um "casamento" é algo absolutamente ajustável. Relativo aos aspectos bons, é claro. Todo o dia pela manhã, me despeço do Flag. Depois de um beijinho, a fatídica frase: "Te vejo à noite". Ele quer dizer meia-noite. "Prometo que te esperarei acordada", digo, já me imaginando desmaiada no sofá da sala. O genial do "coisa de casal" é que chego em casa às 21h, 21h30min. A primeira coisa que faço, instintivamente, é procurar por sinais do Mr. Flag no apartamento. Sei que ele não está em casa. No entanto, assim posso descobrir vestígios da manhã e da tarde que ele passou longe de mim. E maravilhoso é achar estes sinais dele. Um texto deixado no meu criado-mudo. Deve ter lido em algum lugar e se lembrou de mim. Uma revista em cima da mesa da sala. É nova, ele comprou para me mostrar. Um recadinho grudado na fechadura da porta. Que diz que me ama. Ai, ai...

You will be the death of me
You will be the death of me

Bury it
I won't let you bury it
I won't let you smother it
I won't let you murder it

Our time is running out
Our time is running out
You can't push it undergound
You can't stop it screaming out

maio 30, 2005

Eu sei. Foi mais forte do que eu. E confesso: acabei arrastando Mr. Flag junto ladeira abaixo. Tudo começou com uma zapeada básica nos canais básicos da básica tevê a cabo no início da noite de um sábado básico qualquer. Confesso também: há um ano, não consigo mais viver sem televisão. Atualmente, estou pós-graduada em seriados estrangeiros. Eis que a nova obsessão é o The Bachelor 3. Um cara boa pinta, rico (família Firestone) selecionará uma entre as 25 candidatas para um casamento próspero e repleto de "foram felizes para sempre". Eis que eu e Mr. Flag encasquetamos que uma das moças é mau caráter, fingida, interesseira. Kirsten é muito nojenta. Nós odiamos ela. E gritamos e socamos o sofá toda a vez que, ao invés de mandar a dita bailar, Andrew Firestone lhe entrega uma rosa vermelha. Este é o símbolo para a próxima etapa. No último sábado, o programa presenteou os espectadores com as três noites individuais do Bachelor com as três candidatas semifinalistas. Foi um festival de sexo na neve, na chuva e na praia. Definitivamente, o cara tem fôlego. Acabou dispensando a mais bonita. E duas são as finalistas. Kirsten, a traíra, ainda está lá. No próximo programa, as meninas dispensadas se encontram para lavar a roupa suja e recolher as camisinhas que ainda estão no chão. Acho que a final será no dia 11... O programa deve ser velho. Vou procurar na Internet quem ganhou...

ATUALIZAÇÃO: me sinto enganada. Andrew dispensou Kirsten e se casou com Jen. Eles ficaram um ano juntos. E ESTÃO SE SEPARANDO. O programa é muito velho...

Passei o fim de semana inteiro ouvindo o Mr. Flag dizer: por favor, larga esta revista. Não consegui. Perdi o número zero, mas devorei a número 1 de uma sentada. Confira nas bancas a R$ 9,90 ou em www.revistaentrelivros.com.br.

A viagem de Santa Rosa e Ijuí foi cansativa. Passei frio, me cansei, comi demais. Voltei na quarta-feira, me ajoelhando pelo chão, na direção da minha cama amada...

Imitando todo mundo que imitou todo mundo... Isso me lembra aqueles cadernos com diferente perguntas, preenchidos nos tempos do colégio. Quer assinar meu questionário?

há 10 anos
1. voltei a usar aparelhos nos dentes
2. estava com o cabelo cor de laranja
3. terminava o primeiro semestre da faculdade
4. rodei duas vezes na exame da carteira de motorista

há 5 anos
1. mudei de emprego pela quinta vez
2. usava um casaco preto até os joelhos
3. namorava o Elio
4. ia no cinema três vezes por semana

há dois anos
1. comecei um trabalho apaixonante
2. fiquei sem dinheiro
3. deixei o cabelo crescer e cortei bem curto
4. conheci muita gente legal

há um ano
1. fui morar com o Elio
2. me matava de trabalhar em dois empregos
3. pensava em comprar outro carro
4. me inscrevi na oficina do Assis Brasil

ontem
1. dormi até às 11h30
2. arrastei duas camas na casa da minha sogra
3. escrevi um texto sobre futebol
4. vi O Ataque dos Clones com o Elio

hoje
1. acordei tarde
2. passo o dia inteiro no Conselho
3. vou no yoga
4. tenho dois textos para terminar

amanhã eu vou
1. trabalhar somente pela manhã
2. na oficina na PUC
3. jantar na casa dos meus pais
4. terminar Vésperas de Adriana Lunardi

cinco coisas sem as quais não posso viver
1. meu Elio
2. minha família
3. meu carrinho
4. meus livros
5. meus amigos

cinco coisas que eu compraria com $1.000
1. botas lindas da Menphis
2. um fim de semana a dois na Serra
3. brincos novos
4. calças da Levi's
5. celular novo

cinco maus hábitos
1. sair descabelada
2. mordiscar os dedos
3. reclamar da vida
4. chorar por nada
5. se render à preguiça

cinco programas de TV favoritos
1. E.R.
2. Law & Order - SVU
3. Monk
4. Gilmore Girls
5. Sex and the City

três coisas que me assustam
1. inveja
2. morte
3. violência

três coisas que estou vestindo neste momento
1. botas
2. calça jeans
3. calcinha preta

quatro das minhas bandas favoritas
1. Matchbox Twenty
2. Franz Ferdinand
3. Muse
4. Earth, Wind and Fire

três coisas que eu realmente quero agora
1. dormir abraçada no Elio
2. ganhar na Megasena
3. que a unha do dedo anelar esquerdo cresça mais rápido que as outras

três lugares onde quero ir de férias
1. Portugal
2. Índia
3. NY

maio 19, 2005

Tirei férias da Casa de Cultura. Digo "ei", pois elas acabaram hoje. Sete dias que se tornaram uma fajutice de três dias reais, se considerarmos que continuei no meu outro job e, pior ainda, se levarmos em conta que somente em dois dias trabalhei no projeto dos meus contos. Aliás, este foi o motivo do pedido da folga. Mas sem tristeza, retomo a rotina amanhã. E, no domingo, pego a estrada para Santa Rosa e Ijuí. Ok. Cidades honestas. Só que não conto o que estou indo fazer lá... Não esperem novidades. Beijos e até a volta.

maio 04, 2005

Perimetral. 19 horas. Páro na sinaleira. Um rapaz, com o braço direito quebrado, inicia uma aproximação. Na mão esquerda, um esfrega vidros molhado em água suja. De dentro do carro, vou balançando o dedo indicador, com firmeza. Para a esquerda, para a direita. A cabeça acompanha o movimento. Não, muito obrigado. Não, muito obrigado. Instintivamente, ele entende. Essa mina não tem grana. E eis que surge a proposta mais inusitada que já ouvi num sinal de trânsito: Não te preocupa. Tu me paga assim que receber teu salário. Ah! Por que não falou antes?!

abril 26, 2005

Tão, tão, tão, tão, tão lindo o programa Radar da TVE no fim da tarde de hoje. Grande beijo, meu mestre rock'n'roll da bateria.

abril 24, 2005

A coisa que eu mais odeio neste mundo é a MENTIRA. Em todas as suas formas: OMISSÃO, TRAIÇÃO, FALSIDADE IDEOLÓGICA. Por que o ser humano é assim?

abril 23, 2005

Finalmente desisti. Tenho que colocar para fora. Lugar melhor que o blog não existe. Todas as pessoas que eu amo lêem este pequeno espaço. Estou meio sufocada. Com medo da vida, com medo da morte. É como estar encurralada em ponte de cordas e tábuas. Indiana Jones da realidade. Tenho que decidir qual dos lados é o melhor. Adianta alguma coisa? Fico parada, então. Às vezes sinto que sou um fardo para o Mr. Flag. Ele pode cansar de me carregar nas costas, ou tentar descobrir por que, de vez em quando, começo a chorar um pouquinho. Sem motivo aparente. Eu estou bem. Eu sei. Não vou me atirar pela janela, nem algo parecido com isto. Tenho feito muito yoga, isto está me ajudando. Tenho lido bastante, isto está me relaxando. Mas não consigo dar o próximo passo. Estou paralisada. Então, desisti, este não é o melhor momento de ter um filho. E espero que o destino não seja do contra. Agora que decido que não, ele teima que sim. Acho que vou pedir férias. Descansar um pouco a cabeça, arejar... Hoje à tarde, fiquei horas olhando um pássaro, comendo um mamão na árvore próxima da minha janela. Comia e piava. Ok. Não existe nada de errado com isto. Mas a minha mesa estava atolada de trabalho. Eu nem liguei. Não fiz absolutamente nada. E os prazos já estão consumindo meus calcanhares. Estou menos responsável, muito mais exauta. Sei lá. Acho que estou me cansando de me matar aos poucos, buscando somente ter um trocado a mais no bolso durante o mês. E agora chegamos ao fim de mais um Momento Crise. Obrigada pela audiência e até a próxima...

abril 19, 2005

Quando um chega, todos os outros já se apresentam. Primeiro foi a Giovana, filha da Mari e do Émerson. Depois, a Ana Luísa, filha da Paula e do Gustavo. Aí, o João Henrique, filho da Xanda e do Polenta. Pois hoje foi o dia do Pedro Henrique, filho da Paula e do Carlinhos. E junho anuncia também a chegada de João Pedro, da Clarissa e do Cristiano, e da Maria Luísa, herdeira da Adri e do Marcelo. Todos muito lindos, fofos e cheirosos. Conto para o Mr. Flag que vou parar com a pílula?

abril 18, 2005

A vida é um programa de tevê. Ele pode ser bom ou ruim. Isto, na realidade, não importa muito. E só depende da gente. Inevitável mesmo é o espaço dos comerciais. Na verdade, um intervalo, um break... o encerramento de uma etapa da vida. É neste exato momento em que me encontro. E, agora, os nossos patrocinadores.. O fim de uma fase... Meu Deus, que foi tão boa. Sentada na cadeira da CCMQ, vi a despedida de uma das minhas melhores amigas. Não pude fazer nada. Lutei, me descabelei, me desesperei. Mas tudo quis que o ciclo se fechasse. Depois de um ano trabalhando comigo, a Dany foi embora. A minha amiga, confidente, e (ah!) colega de trabalho. Meu braço direito. Tudo que quero deixar registrado neste blog é que foi um período especial. Sentirei falta do cabelo colorido, dos penteados alternativos, da roupa fashion, do sorriso espontâneo, e da luz que acompanha esta menina muito especial.

Tudo de bom, Dany. Toda a sorte do mundo pra ti! Fica bem, florzinha...

abril 07, 2005

Em que prateleira do super eu encontro aqueles saquinhos que têm doses diárias de criatividade? Aqueles... Cada um com uma cor e um formato. Será que saiu de linha? Pararam de fabricar? Putz.

abril 05, 2005

Na segunda-feira, viajei bate-volta até Bento Gonçalves. Fui (como convidada, e isto é uma maravilha) acompanhar a solenidade de posse do Napp como patrono da 20ª Feira do Livro da cidade. Um friozinho tão bom. Até a minha jaqueta de couro saiu do armário. Hoje, tinha três vezes mais trabalho, castigo pela boa vida de ontem. A correria foi tanta que eu não sabia o que fazer primeiro. Decidi o importante, e deixei o resto para o destino. Mas, às 22h30min de hoje, estarei na minha cama. A coisa toda ainda não acabou. Amanhã tenho compromisso marcado às 5h30min no aeroporto. Não, eu não vou viajar. Os outros é que irão. Vida de escrava, pois.

abril 03, 2005

Tenho uma colega que, além de trabalhar na CCMQ, elabora mapas astrológicos e todo este tipo de previsão. No ano passado, ela me entregou um mapa completo, informando qual seriam os períodos de alta e baixa do relacionamento entre eu e meu namorido Mr. Flag. Acertou em muito coisa.

Enfim, gostaria de deixar claro que não pedi para que minha amiga fizesse o primeiro mapa astral. Embora acredite em astrologia. O fato é que fiquei um pouco assustada na última semana.

Em uma típica conversa de corredor (do tipo: E aí tudo bem? Tudo! Trabalhando muito? Bastante!), ela me revela: havia feito novamente meu mapa astral. Uma semana antes. Perguntei: E???? O que deu?. Calmamente, ela responde:

A pílula vai falhar em agosto. Vais ficar grávida.

Ainda em choque pergunto: já devo procurar um advogado para processar o laboratório?

abril 02, 2005

Estava de plantão na Casa de Cultura hoje à tarde. Um dos seguranças, radinho no ouvido, chegou perto do balcão da Central de Informações e perguntou:

Estão ouvindo este sino? O Papa morreu há 10 minutos.

Ficamos em silêncio. Eu tinha pouco mais de um ano de idade quando ele foi escolhido Papa.

abril 01, 2005

As novas idéias estão surgindo. E o trabalho, finalmente, parece assumir um conceito e uma forma distantes do pavor que foram os dois últimos meses. Prometi e voltarei com mais freqüência.

março 31, 2005

E o inferno astral parece que passou. Fiquei cinco dias gripada. MUITO GRIPADA. Sem parar de trabalhar, me arrastei pelas vielas de Porto Alegre e pedi (PEDI MUITO) para que tudo acabasse. O último resquício desta renovação ainda aconteceu no meu jantar de aniversário. Restaurante novo, cardápio recém-descoberto. Eis que procuro o prato da casa. Certamente, em 90% dos casos estes são os mais elaborados e requintados. Afinal, é o nome do restaurante que está em jogo. Não foi o caso. Atingida pelos 10%, restou consumir um prato assustador. Pela quantidade de comida e pela combinação. Não recomendo. Bem-vinda, nova idade.

março 27, 2005

I say don't you know
You say you don't know
I say... take me out

março 26, 2005

Sumi do blog. Tanto tempo que até esqueci a senha. Fiquei doente. Tão doente que até agora estou dopada. Vou voltar. A velha promessa. Mas o que fazer? Estão ameaçando cancelar minha conta gratuita de comentários. "Mais de 40 dias sem receber comentários sinaliza que seu blog está inativo." Obrigada, senhor. Segunda-feira é meu aniversário. 28 no dia 28. Beijos e até!

janeiro 17, 2005

Maior perigo de todos os tempos:

Estar com o pé enfaixado; pulando da sala para a cozinha, para a sala, para o quarto; ter crise de faxina e limpar toda a casa; jantar no sofá mudando de canal e acabar vendo Velozes e Furiosos; ficar pensando; ficar deprimida; pensar tanta bobagem que vocês nunca saberão um milésimo sequer delas - não vou deixar; ficar mais quietinha ainda; desistir da tevê; pensar como as pessoas são fdp; mas como existem algumas muito bacanas; achar que o tempo está acabando; não saber o que fará depois que realmente acabar; ficar com medo; apagar as luzes do apê; fechar os olhos bem devagar; prometer que não iria chorar; e quando estivesse pronta para embarcar...

Ouvir o MSN. Alguém me chamando. Voltar para a terra e aceitar: crise de TPM é realmente assustador.

janeiro 13, 2005

Aula de yoga.

Segunda-feira.

Calor, muito calor.

Saudação ao sol.

Cinco séries - disse a nossa professora.

Ai, ai - eu pensava.

Daí subia, descia, subia de novo, e descia.

Quase terminando - eu sonhava.

E o calor. Meu Deus, o calor.

Puxei a perna.

Ôpa, quase caí - exclamei me equilibrando.

Ué, que dor no meu dedinho - refleti, bem quietinha.

E aquela dorzinha continuou.

Na segunda à noite, nada.

Na terça pela manhã, o dedo estava vermelho.

Cor de cereja.

À noite, quase não dormi.

Na quarta pela manhã, o dedinho estava roxo.

Dor, dor, dor.

Será, hein?

Trabalhei com dor a tarde toda.

Está inchado isto - exclamou o médico.

Vai para o Raio-X - ordenou o assistente.

É isto. Quebrado - sentenciaram.

Saí de lá. Com o pé enfaixado.

10 dias com a espica.

Ainda não sei o que é isto.

E remédios.

Sem yoga.

E que calor.

Meu pé parece que vai pegar fogo com este curativo.

janeiro 12, 2005

Para os amigos escritores...

TERCEIRA EDIÇÃO DO PRÊMIO CASA DE CULTURA MARIO QUINTANA

No mês de janeiro, a Casa de Cultura Mario Quintana faz o lançamento oficial do 3º Prêmio Casa de Cultura Mario Quintana / Edição 2005. Este concurso de abrangência nacional, cuja primeira edição ocorreu em 2003, vai premiar obra inédita em uma modalidade literária. Em 2005, a categoria escolhida é LITERATURA JUVENIL (literatura produzida PARA jovens).

O concurso é aberto a qualquer escritor brasileiro, residente ou não no Brasil. Cada autor deve enviar originais em prosa com no máximo 200 (duzentas) páginas.

O prêmio concedido ao vencedor será um contrato de edição da obra com 1.000 (mil) exemplares, prêmio de R$ 3 mil (três mil reais) concedido pelo Banrisul e lançamento na 51ª Feira do Livro de Porto Alegre. A edição do livro será feita pela Nova Prova Editora, que novamente entra como parceira neste projeto, e as inscrições podem ser feitas até 30 de abril de 2005. A previsão é de que o resultado do prêmio seja divulgado no mês de julho de 2005.

Os originais devem ser encaminhados à Casa de Cultura Mario Quintana em três vias, com um pseudônimo do autor. A obra vencedora será escolhida por três membros ligados à área da literatura, indicados pela direção da CCMQ e da Nova Prova Editora.

O regulamento completo do concurso está publicado no site da Casa de Cultura, no endereço www.ccmq.rs.gov.br. Interessados podem obter outras informações pelos fones (51) 3221-7147 ou 3221-7083.

Em sua próxima edição, o Prêmio Casa de Cultura Mario Quintana premiará obras de poesia (em 2006 / Ano do Centenário do poeta Mario Quintana). Em 2004, o concurso contemplou a categoria conto e recebeu 226 originais, vindos de 15 Estados do Brasil e Uruguai. O vencedor foi o carioca João Paulo Vaz, com a obra A Mão do Chefe. Em 2003, o concurso foi na categoria romance e recebeu 103 originais, vindos de 12 Estados brasileiros. Os vencedores foram o mineiro Edmundo de Novaes Gomes, autor da obra Falar, e o pernambucano Walter Moreira Santos, autor de Um Certo Rumor de Asas.

janeiro 01, 2005

Vamos eleger 2005 o ano das primeiras coisas. Ou da volta às antigas. Brinque bastante. Sorria. Solte várias gargalhadas. Role na grama. Levante as pernas para o ar. Sorria mais um pouco. Dance na lama. Espere as ondas do mar atingí-lo. Escale as montanhas. Ria muito mais. Beije seus pais. Diga que os ama. Curta seus irmãos. Abrace forte os amigos. A vida está aí.

Feliz Ano Novo! Maravilhoso 2005!