fevereiro 29, 2008

29 dias. 29 posts. Alguns descendo a ladeira. Outros enganando o relógio e aparecendo sorrateiramente no blog. Alguns bem pensados. Outros do jeito que deu. Filosofias baratas de botequim quando falta até a canha boa de todo o dia. Reflexões instantâneas com gosto de miojo. Mentiras lavadas e deslavadas que ainda cheiram mal. O mês acabou. E a promessa continua sendo mantida. Isso, sim...

fevereiro 28, 2008

SOS SAÚDE THOMÉ

Eis que a dor no joelho já durava mais de uma semana. E as oito horas de ônibus em menos de 48 horas não colaboraram para o alívio. Resolvi faltar ao pilates ontem e ir à emergência de traumatologia. Resultado Eu: possível lesão no menisco. Antiinflamatório e a perna mobilizada. Em breve, ressonância magnética.

Eis que a dor no olho do pai já durava muito mais de uma semana. De arrasto, o levei na emergência de olhos. Resultado Pai: não era conjuntivite. Era um pedaço minúsculo de algo preso ao olho. Um ferro, uma semente. O médico retirou, mas ficou uma lesão. Colírio de hora em hora e cuidados para a cicatrização.

Eis que há alguns dias o olho da Moni inchou. Ela foi de arrasto junto ao médico. Resultado Moni: alergia e terçol. Quinze dias sem usar lentes de contato e maquiagem. Colírio, pomada e lavagem dos olhos com xampu infantil.

Três consultas no mesmo dia. Recomendações e remédios. E, antes e depois, um pouco de cumplicidade e risadas. Porque carinho não tem contra-indicação. Sigo com o joelho enfaixado. E finjo que é adereço da moda. Chique, não sabia?

fevereiro 27, 2008

Mil faces de uma quarta-feira, ou uma simples maneira de se reinventar refletida no espelho maluco do parque de diversões da vida.

fevereiro 26, 2008

Quando Max ficava só, sua sensação mais clara era a de estar desaparecendo. Todas as suas roupas eram cinzentas - houvessem ou não começado assim -, desde as calças até o suéter de lã e o paletó, que agora escorria dele feito água. O rapaz verificava se sua pele estava escamando, pois era como se ele estivesse em processo de dissolução.

A Menina que roubava livros, de Markus Zusak

fevereiro 25, 2008

fevereiro 24, 2008

Nuvens carregadas de chuva até que são bonitas. Um certo recheio de tristeza com charme.

fevereiro 23, 2008

Agora, vamos lá. Resgatei minha carteirinha do hospital psiquiátrico. Que agüentem os sãos. E me acompanhem os loucos.

fevereiro 22, 2008

Hoje eu acordei com uma vontade de falar que me deu uma vontade de ler Foucault...

fevereiro 21, 2008

'Cause I have done it before, and I can do it some more
I got my eye on the score, I'm gonna cut to the core
It's too late, it's too soon or is it?
Tick, tick, tick, tick, tick, tick, tick boom

fevereiro 20, 2008

Tenho ultrapassado uma fase vegetal. Literalmente. Continuo procurando interessados em jardinagem. Literalmente também (indique nos comentários abaixo esses praticantes e interessados em jardinagem como hobby. Preciso entrevistá-los. Thanks!). Hoje, estava me sentindo uma planta. Da minha remota infância. Deitada na grama, eu ficava horas encostando no ser vivo verde de folhas muito pequenas, e ele fechava. Dali a pouco abria, e eu tocava novamente. Abrindo e fechando. Apagando e acendendo. Ligando e desligando. Plantinha.

fevereiro 19, 2008

Cabelo, cabeleira, cabeluda, descabelada...

fevereiro 18, 2008

fevereiro 17, 2008

A sessão de Juno no Unibanco Arteplex estava lotada. E começou quase colada na anterior. Mesmo estando no início da fila, entramos na sala no meio dos trailers. E eu não tinha visto: a poltrona ao meu lado esquerdo estava repleta de purpurina. Esfreguei o braço no estofado no momento em que acomodava a minha bolsa. Saí do cinema brilhando um pouco. Exatamente da maneira como me senti depois que o filme terminou.

fevereiro 16, 2008

Lu Thomé em todas as cores. Agora, estou loira...

fevereiro 15, 2008

Ontem, fomos assistir Sweeney Todd. Na introdução sombria, quase monocolor, Tim Burton se apresentava. E eu, segurando um pacote imenso (não sei por que comprei tanta pipoca), ia comendo e aguardando... Comendo e aguardando. Na primeira cena, o personagem abriu a boca e cantou. O Samir tinha avisado que eu gostaria do filme se (SE) conseguisse abstrair que é um musical. E eu me iludi: nunca imaginava que o filme seria 90% musical. Tenho verdadeiros problemas existenciais com diálogos cantados. Não consigo prestar atenção. Seguimos, assim, duas horas... Eu, literalmente, me mexendo na cadeira, levantando, tentando ir embora, e o Mr. Flag me segurando e me empurrando de volta. O filme foi mais ou menos. Mas a minha coreografia, para quem conseguiu acompanhar, estava imperdível. Posso garantir.

fevereiro 14, 2008

Links úteis 50 kg

HALF DOG – um trio bacana, envolvido direta ou indiretamente com o projeto da antologia Ficção de Polpa, lançou uma coleção de camisetas. Além de criações próprias, eles também vendem Sigma, RedBug e Combo. E os temas vão de informática a cinema e anime. Geekware. Fui no lançamento que aconteceu na terça-feira no Gibi Bar.
Visitem: www.halfdog.com.br

BOLÃO – O jornal CineSemana, editado pelo meu amigo Gustavo Faraon, lançou um bolão para o Oscar 2008. Como eu e Mr. Flag estamos recuperando o tempo cinematográfico perdido, indo a várias sessões desde o Carnaval, achamos uma boa dar nossos palpites lá. Os vencedores ganham ingressos de cinema, com direito a pipoca e refri.
Participem: www.cinesemana.com.br/bolao/

Era isso!

fevereiro 13, 2008

fevereiro 12, 2008

Eu senti saudades do Mario. Sonhei com ele inclusive. Ele me olhava e me perguntava o que eu estava fazendo. Porque ele esperava que eu entendesse, já que para um poeta tudo aquilo não fazia o menor sentido. Eu disse: não sei, Mario. Não sei de mais nada. Só sinto que existem terças-feiras em que tudo é impossível. E eu tenho vontade de largar tudo, jogar tudo para o alto, e correr de tudo, sem esperar que as coisas caiam e batam no chão. Porque a minha vida parece a vida de uma pessoa embaixo de um guarda-chuva. Eu não olho a rua e a calçada adiante. Não levanto o rosto, com medo da água. Me concentro nas pedras da calçada e na grama... E nada disso vejo direito também. Caminho tão rápido, que sequer presto atenção nos detalhes. Ando rápido. Rápido. Acho que também vou chegar rápido ao final. Vou perder a paisagem, Mario. Vou perder a luz do sol. O gelado da chuva. O barulho do vento nos meus ouvidos... Vou perder. Qual o sentido disso tudo? Vou esperar a tua poesia, para ver se encontro no subtexto a solução desse questionamento. Porque agora, estou cansada demais para pensar em qualquer coisa que seja.

fevereiro 11, 2008

Minha vontade é ser bonito
Mas eu não consigo

Eu sempre volto atrás
Eu sempre volto atrás
Eu sempre volto atrás

Sonho em ter cabelo comprido
Mas eu não consigo

Eu sempre corto mais
Eu sempre corto mais
Eu sempre corto mais

Meu desejo é estar contigo
Mas eu não consigo

Eu sempre fico em paz
Eu sempre fico em paz
Eu sempre fico em paz


Mantra das possibilidades do Wander

fevereiro 10, 2008

O dia rendeu. Em sono, atividades, conversas, comida, TV, compras, música, café, leitura, planejamento, Coca-cola, reconhecimento e chuva... Até ela veio, finalmente.

fevereiro 09, 2008

Nesse sentido, acho que demorei a crescer. Levei anos para admitir que não era uma unanimidade. E nunca seria. Lembro nitidamente: doeu a primeira vez que me dei conta de que alguém me olhava com desdém. Mas, também, foi o dia em que me dei conta de que uma mudança era emergencial. Não serei querida por todos. Ou admirada pelo mundo inteiro. Não serei cem por cento popular. Ou amada incondicionalmente por todo o ser vivo do planeta. Tem gente que me odeia. Por eu ter feito algo, por existir ou por não ter feito absolutamente nada. Tem gente que não gosta profundamente de mim. E que não tenta sequer esconder. Parece outdoor na testa. Tem pessoas que me odeiam mesmo com os esforços que faço para que gostem de mim... Sim, com algumas pessoas eu tento. Mas o ser humano é difícil... Complicado. Sem jeito. Sem solução. Às vezes, acho que, quanto mais fazemos pelas pessoas, menos reconhecimento se arrecada. Porque para o outro fica fácil aceitar a doação voluntária e ainda reclamar que veio pouco... Esse mundo. Portanto, acho que dou um passo a mais no meu desenvolvimento humano. Vou parar de gastar meu tempo com as pessoas que eu não tenho certeza que me amam. É isso. Economia de sentimentos. Pessoas que gostam de mim, me liguem... Minha fortuna é de vocês. Precisamos pensar na agenda para o fim de semana.

fevereiro 08, 2008

Janta na casa da Moni. Visão do celular da Mari. A mãe também estava por perto. E os olhinhos são de começo de fim de semana.

fevereiro 07, 2008

fevereiro 06, 2008

fevereiro 05, 2008

Carnaval em Porto Alegre – Parte 4 (final...)

Sem contrariar todas as previsões (que funcionaram da chuva à escolha das escolas de samba vencedoras), chegamos ao fim desse Carnaval com o sol entrando por todas as janelas. O sol... E nós, como os foliões acabados, ficamos a tarde toda jogados no sofá... Sarjeta aconchegante. Eu não iria querer nenhuma outra...

Terminei o dia com várias leituras. Lutando para terminar A menina que roubava livros, e começando o (já maravilhoso...) Na Praia.

fevereiro 04, 2008

Carnaval em Porto Alegre – Parte 3

Assim como a roupa das passistas, meu dia não teve quase nada. Acordei tarde, almocei tarde e fiz compras no shopping. Me surpreendi como, pela primeira vez, achei Porto Alegre lotada no Carnaval. A impressão que tenho é que poucas pessoas viajaram. Depois, assistimos Onde os fracos não têm vez. Eu adorei... Javier Bardem está magnífico. Mas o filme é difícil... E rendeu várias discussões no jantar que se seguiu com os amigos. Não adianta mesmo... Eu gosto de filmes com diálogos intermináveis e quase incompreensíveis. Vai ver... Acho que nasci uma entrelinha... E serei entrelinha até o fim. Cansei do fato de que as pessoas não me compreendem. E vou ser feliz assim mesmo. Assim como os filmes cult.

fevereiro 03, 2008

Carnaval em Porto Alegre – Parte 2

Seguimos conforme os ensaios a nossa apresentação na avenida. Depois de ter dormido tarde, acordamos perto do meio-dia. Tomei café às 13h, e almocei perto das 15h.

Naveguei um pouco na Internet, e coroei o dia com o simplesmente maravilhoso A Vida dos Outros, filme alemão que ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro no ano passado.

A sala 2 do AeroGuion estava lotada. Totalmente lotada. E durante as mais de duas horas de exibição, a platéia estava concentrada e hipnotizada. Acredito que, mais do que tudo, esse é um filme que lida com as contradições. Fui surpreendida no modo como o personagem principal me seduziu. Em como era importante que ele mantivesse o sentimento de lealdade com o escritor que estava espionando. Em como era bonita e frágil (muito frágil) a relação do escritor com a atriz, em um mundo que já estava aos pedaços... Num lugar de favores políticos e sexuais e da morte da esperança... Achei tudo muito bonito, muito verdadeiro. Mas não cheguei a me emocionar. O filme foi se encaminhando, fiquei mais engasgada, mas não chorei... O filme foi acabando, e eu olhei no relógio. E, simplesmente, não consegui me controlar na última cena. Chorei... Foi uma das coisas mais bonitas e mais emocionantes que já vi no cinema. Um desfecho mais do que sensível...

Uma homenagem aos homens bons desse mundo...

fevereiro 02, 2008

Carnaval em Porto Alegre – Parte 1

Carnaval NA AVENIDA
Choveu o mundo enquanto almoçávamos hoje. Na saída, o bloco carnavalesco dos Água Ardentes (eu, Elio, pai, mãe, Moni e Mano) sambou nas poças de água da Av. São Pedro, andou na contramão na Av. Benjamin Constant e no corredor de ônibus da Av. Assis Brasil. Litros e litros e mais litros de água durante poucos minutos. Eu ri muito. Encharcada dos pés à cabeça. Tremendo de frio... Olha a água aí, gente!!

Carnaval NO ENREDO
Tarde cinematográfica embalada por Edith Piaf. Veio, cantou, viveu e emocionou a platéia. Filme lindo.

Carnaval NA CULTURA
Comprei livros e revistas na Livraria Cultura. Meu sambódromo preferido.

Carnaval NA HARMONIA
Fettuccine com molhos de queijos, tomates secos e iscas de frango grelhado para o jantar.

Carnaval na COMISSÃO DE FRENTE
Assistimos também o Gângster de Ridley Scott. Longo, mas muito interessante. Total atmosfera dos anos 70 e a mais pura heroína por todos os cantos da tela. "Tem uma água benta aí?"

Carnaval DESTAQUE SOLO
Terminamos a noite na borracharia. O resgate na chuva da tarde rendeu um micro-furo no pneu direito da frente. Pit stop obrigatório. E nós na calçada, sambando noite alta...

fevereiro 01, 2008

Um velhinho deitado... Na vida, não adianta. Quem não quer ouvir coisa ruim, não fica parado perto da porta fechada fingindo que é parede pintada de bege.