junho 30, 2003

Gostar de alguém é bom. E Amar esta pessoa (amar de verdade, com A maiúsculo, com brilho no olhar e tudo mais que se tem direito) é melhor ainda. Andar de mãos dadas. Suspirar. Fechar os olhos. E sentir o beijo. O toque. Isto pode acontecer todos os dias, e passar uma sensação de paraíso. Isto também pode fugir durante alguns dias. Mas, em certos momentos, os sentimentos podem ser elevados à enésima potência. Nestas horas, amar é maravilhoso. Mas também dói um pouco. Nestas horas, desejamos estar com o amor durante 28 horas por dia, amando, beijando, rindo, suspirando, de mãos dadas, de destinos selados. Nestas horas, amar dói porque ultrapassa os limites do nosso próprio corpo, do nosso ser, de nossa alma. Queremos infinitamente transformar duas pessoas em uma. O dia todo. Para sempre.

Pois é... Estou assim hoje. Amando para além das fronteiras da minha existência.

junho 29, 2003

You read my mind
Girl, I wanna Shake You Down
I can give you all the loving you need
Come on let me take you down
We'll go all the way to heaven

O jornal Zero Hora fez o serviço público. Achei legal. E me candidatei. A novidade é que recebi o telefonema na sexta-feira, avisando que havia sido selecionada. Portanto, do dia 1º ao dia 4 de julho, farei um curso de roteiro com o diretor e roteirista Jorge Furtado. Pode ser uma nova porta ou janela na minha vida. Ou pura diversão. A lição de casa foi feita há semanas. O Homem que Copiava é muito bom.

Fiquei longe por um tempo. Não abandonei o blog. Apenas, fiquei longe. Vamos à retrospectiva, com o carrinho fazendo curvas fechadas a mil quilômetros por hora.

25 de junho (quarta-feira) - Viajei para Pelotas. Nada de prazer, somente negócios. Viagem cansativa. Valeu pela companhia do Ênio e do conferencista Marco Aurélio Ferreira Vianna, que merece ganhar bem pelas palestras por conta das piadas hilárias. Viajamos durante 4 horas, espremidos em um Fiesta 1.0.

26 de junho (quinta-feira) - Voltei de Pelotas. Cheguei em Porto Alegre às 13h30min. Não almocei e fui trabalhar. No fim da noite, assistimos Almas Gêmeas, peça de Martha Medeiros (:-/). Perdi o show dos Flamejantes na Sogipa, perdi a paciência revisando um jornal até madrugada.

27 de junho (sexta-feira) - Visita à gráfica. Trabalho normal. Início de um fim de semana MA-RA-VI-LHO-SO na Serra Gaúcha.

28 de junho (sábado) - Continuação do fim de semana MA-RA-VI-LHO-SO na Serra Gaúcha.

29 de junho (domingo) Último dia do fim de semana MA-RA-VI-LHO-SO na Serra Gaúcha.

Nada como uma calefação, um café da manhã da Região das Hortênsias, compras e uma companhia agradável para recarregar as baterias. Ah! E dois jantares regados a vinho tinto. Muito inspirador.

junho 24, 2003

Hoje tem punk brega na CCMQ. Wander Wildner, às 19h, no Solo às Terças. Meus 14 leitores estão convocados.

Resolvi me dedicar aos diálogos inverossímeis. Sim, sou especialista nisto. Na faculdade, fiquei em recuperação na cadeira de cinema. O professor dizia que os diálogos dos meus roteiros eram impossíveis. Caro professor, algumas coisas são possíveis. Não tiro coelho nenhum da cartola. Mas me pergunte. Na hora indico se pode ou não acontecer, se as palavras saem das bocas ou não. Toda a minha tarde de ontem foi repleta de diálogos fantasiosos e irreais. Doses cavalares durante cinco horas. A vida real também é assim. Queria que o meu professor estivesse lá.

junho 23, 2003

Ontem o dia estava maravilhoso. O sol e aquela vaga lembrança de verão (quando o céu fica muito azul) bastaram para fazer o domingo completamente diferente do sábado no evento da Casa de Cultura. Nunca tinha visto tanta gente nos corredores da CCMQ ou na Travessa dos Cataventos. Algumas esquetes emocionaram a platéia. Outras me emocionaram. O resultado valeu. No início da noite, carreguei sacos e mais sacos de roupas que serão doadas. E terminei os dois dias de festa com uma dor nas costas que me matava de tanta felicidade.

junho 22, 2003

Foi uma tarde de caos. Lidar com pessoas sem educação é um dos piores castigos do mundo. E contar com pessoas sem dedicação é um inferno. Quando pensei que nada mais poderia dar errado, caí na escada. Machuquei meu tornozelo e quase quebrei um dos dedos da mão. E quando pensei "que encerramento bonito, acho que valeu a pena"... um bêbado entrou no salão gritando, batendo palma e estragando a apresentação... Queria dormir o dia inteiro hoje.

junho 21, 2003

Since we're feeling so anesthetised
In our comfort zone
Reminds me of the second time
That I followed you home

We're running out of alibis
From the second of May
Reminds me of the summer time
On this winter's day

See you at the bitter end
See you at the bitter end

junho 18, 2003

Atenção, meus 14 leitores. Tem uma programação legal (e por uma boa causa) neste fim de semana na Casa de Cultura Mario Quintana. Estamos engajados na Campanha do Agasalho 2003. E, desejando incrementar as doações, faremos dois dias de programação. O projeto é intitulado Festa na Casa - Campanha do Agasalho, e se divide em dois momentos (Apresentações na Travessa dos Cataventos e Sessões de Autógrafos).

A agenda completa está no site da CCMQ, em http://www.ccmq.rs.gov.br

Nas Sessões de Autógrafos, os visitantes podem trocar um autógrafo (ou uma idéia) com gaúchos conhecidos e interessados na causa. Tudo isto por um simples agasalho, que pode ajudar muita gente. Quem reservou um lugarzinho na mesa da CCMQ: Tânia Carvalho, Hique Gomez, Zé Victor Castiel, Fabrício Carpinejar, Acústicos & Valvulados, Maurício Saraiva, Nelson Coelho de Castro, Martha Medeiros, Tequila Baby e Werner Schünemann.

Apareçam lá...

Agenda do dia

8:00 Encaminhar documentos para registro de marca OK
9:00 Finalizar conteúdo do jornal OK
12:00 Confirmar cobertura da TVE OK
12:30 Almoço com ministro Gilberto Gil no Mercado Público OK
15:00 Confirmar participantes do Festa na Casa - Campanha do Agasalho OK
16:00 Passagem do ministro Gilberto Gil pela CCMQ - Café Concerto Majestic OK
17:00 Buscar material da Campanha do Agasalho no Centro Administrativo OK
17:30 Enviar release do Festa na Casa para a imprensa OK
18:00 Cerimônia de inauguração do Centro de Turismo da CCMQ - autoridades OK
18:30 Abertura da exposição de Bom Jesus OK
19:15 Arrumar a sala para trabalhar amanhã (feriado) OK

Minha cabeça dói...

junho 17, 2003

O céu estava nublado. E eu nem notei.
Me serviram bife à milanesa no almoço. Comi sem perceber.
Roí todas as unhas durante a tarde. Foi sem querer.
Falei com muitas pessoas no telefone. Não me lembro.
Olhei no relógio. O expediente tinha acabado.
Levantei os ombros. Deixei tudo para trás.
Os dias vão passar bem rápido. Quero logo a segunda-feira.

junho 15, 2003

Todos os moralistas estão de acordo em que o remorso crônico é um sentimento dos mais indesejáveis. Se uma pessoa procedeu mal, arrependa-se, faça as reparações que puder e trate de comportar-se melhor da próxima vez. Não deve, de modo nenhum, pôr-se a remoer suas más ações. Espojar-se na lama não é a melhor maneira de ficar limpo.

A. H. (1946)

junho 13, 2003

No dia 12 de junho, execução dos 11 trabalhos de Hércules...

– Quando estiverem, de forma romântica, iniciando os preparativos do delicioso jantar de comemoração... FALTARÁ GÁS.
– No momento em que, depois de ter frustada a tentativa de encontrar uma telentrega, estiverem carregando o botijão vazio até o carro... CAIRÁ UM CHUVA TORRENCIAL.
– Quando estiverem no trânsito, pensando que tudo será resolvido... O BOTIJÃO BATERÁ NA LATARIA DO CARRO A CADA MOVIMENTO.
– Debaixo de chuva, tentando correr... ENCONTRARÃO SOMENTE OBSTÁCULOS E MALAS NO TRÂNSITO.
– Depois de encontrar o fornecedor de gás, a namorada esquece o talão de cheques... SOFRERÃO AMEAÇA DE NÃO LEVAR O BOTIJÃO.
– Quando chegarem em casa, CAIRÁ DO CÉU UMA QUANTIDADE DE ÁGUA JAMAIS VISTA.
– Juntos, serão convocados a carregar o botijão pelas escadas, até o terceiro andar, ENFRENTARÃO DEGRAU APÓS DEGRAU.
– Dentro do apartamento, SOFRERÃO A ÚLTIMA AMEAÇA: VAZAMENTO DE GÁS DO BOTIJÃO NOVO
– No último quesito, ENFRENTARÃO A IRRITAÇÃO E ESTRESSE DE TODA A NOITE.
– Finalmente, após a aventura, cansados e debilitados, DEGUSTARÃO O JANTAR E RECORDARÃO A AVENTURA.
– Depois de tudo, às 00:20, as comemorações do Dia dos Namorados SERÃO FINALIZADAS.

Sim... Os trabalhos de Hércules eram 12. Um é secreto. Uma noite e tanto, Elinho.

junho 12, 2003

Tente adivinhar... O que é, o que é...

É bonito, cheiroso, inteligente e muito querido... Faz carinhos em mim, prepara jantinhas, e me abraça e beija bastante... Fala sobre tudo de música, adora futebol e é colorado doente... É alguém muito importante na minha vida, o meu amor...

Feliz Dia dos Namorados, Elinho.

junho 08, 2003


Receita de sábado à noite

Junte alguns amigos e prove esta iguaria. É fácil de ser preparada e não requer experiência.

INGREDIENTES
1 lata de estresse da semana
2 ou 3 folhas de trabalho acumulado
6 colheres de risos com os amigos
1 kg de preocupações com novos projetos
1 g de “simancol”
Fartas porções de espaguete com molhos variados
3 ou 4 taças de vinho tinto

Importante! Tudo isto deve ser preparado, cuidadosamente, em um sofá aconchegante, já classificado por outras pessoas como ninho perfeito...

MODO DE FAZER
Misture bem todos os ingredientes, mexendo sempre. Deixe a “massa” próxima a uma lareira, sempre se certificando de que alguém abastece o fogo com mais lenha. Depois de, aproximadamente, 30 minutos, a “massa”, que já se transformou em uma “substância sonolenta”, deve ser colocada para descansar na omoplata mais próxima. E quando ela já estiver babando no ombro alheio...

ESTÁ PRONTO!!!! Agora é só provar o gostinho do fim da sua vida social...

Amigos, me desculpem pelo sono incontrolável...

junho 07, 2003

THOMÉ – Nome de homem, por vezes usado como nome de família. Do genitivo do latim THOMAS: Thomae, sc. ecclesia, igreja de Tomas, dando-se a deslocação do acento como se deu no nominativo, que admitiu a acentuação grega. Sobrenome de uma família estabelecida no século XIX, no Paraná, à qual pertencem: Jacob Thomé, negociante estabelecido com seu irmão, no Município de São João de Capanema, então Comarca de Ponta Grossa (PR) – 1900; e Gaspar Thomé, proprietário de uma loja de fazendas e miudezas, no Município de Guarapuavá, então Comarca de mesmo nome (PR) – 1900.

Achei este bilhete no meu bolso. Copiei de um dos livros mais consultados da biblioteca da Casa de Cultura: Dicionário das Famílias Brasileiras, de Carlos Eduardo de Almeida Barata e Antônio Henrique da Cunha Bueno (gostavam de nomes esses dois, hein?).

Fiquei 15 dias com este papel no meu bolso.

junho 04, 2003


Vinho

figo em rama geléia de laranja
pão dormido salada de manga
arroz de puta sorvete de gengibre
carne
suco de maracujá dedo de dama
camarão ao catupiry
nada me sacia

o não existente
o não feito o não compactuado
o não impresso o não dito
o não amado
o que não se encaixa
o que não se permite
o que não se admite

mais que tudo me sacia
o não


de Sergio Napp

junho 03, 2003

Ontem, 11:59 PM

Hoje ventou muito.
Está chovendo agora.
Lentamente busco o meu sono.
Penso em outras coisas.
Me concentro nos sentimentos.
Eu sei que sou livre.

junho 02, 2003

Tarde de luxo. O trabalho está todo aqui ao lado. Montes. Empilhado. Aguardando. E eu... Eu? Me dei um presente de segunda-feira: ignorá-lo solenemente. Fazer de conta que nada está acontecendo. Que não é comigo.

Me entendo com ele na terça-feira.

Sim, eu estava cansada. Pareço um disco arranhado quando digo isto... O certo é que, no sábado, parei de raciocinar. Eis que a confusão reina... Fomos ao casamento da Ju e do Kau. Estava um pouco nervosa. Pela primeira vez, fazíamos parte do grupo de padrinhos no religioso. Depois de uma breve espera, estávamos enfileirados para a entrada até o altar. Orgulhosa do meu vestido, olhei para o Elio e dei dois passos.

CAOS!! Meu sapato estava escapando do pé. Sapato novo. Eu não conhecia ele muito bem. O resultado foi que me encaminhei até o altar sob o olhar de todos os convidados e tentando, ao mesmo tempo, caminhar e segurar meu sapato "social chique".

O desespero se repetiu na saída de igreja, andando até o carro, chegando na festa, caminhando pelo salão, tirando fotos. Eu tinha uma única vontade: arremessar aquele bico fino o mais longe possível. Como não podia ficar descalça, adotei a técnica: "Agora você vai ver, sapatinho".

Fui até o banheiro e, me sentindo ridícula, obviamente, coloquei 1 guardanapo e 3 metros de papel em cada sapato. Sobrevivi até o fim da festa. Mas o pior vem agora...

Ontem, voltei a raciocinar. E, olhando para o par, como quem não quer nada, já deitada na cama e com meu livro na mão, a lâmpada sobre a minha cabeça acendeu: aquela presilha lateral servia mais do que um mero enfeite com um strass que insistia em tentar arrancar minha meia... Ela era a salvação da festa. Bastaria apertar dois furos. Dois furos. E eu nunca mais precisaria andar como uma pata choca que se dirige ao laguinho para cuidar dos patinhos e tomar um sol em um domingo pela manhã...