março 31, 2008

Cheguei em casa, e relaxei. Jantei. Tomei um banho. Escrevi o início de um conto. Li um pouquinho. E terminei a noite assistindo o agradável Celebrity Paranormal alguma coisa no VH1 (...Whaaaaaaaaaaaat???). É, celebridades norte-americanas caçando fantasmas em lugares inóspitos e horripilantes... Reinações de Mr. Flag.

março 30, 2008

O céu se avermelhou na noite de sexta-feira, trovejou, e no sábado, dia da partida, a cidade cambaleava sob uma tempestade. Os tubarões bem poderiam nadar pelo ar, mas parecia improvável que um avião conseguisse cortá-lo.

Mas Holly, ignorando minha alegre convicção de que seu vôo não partiria, prosseguiu com os preparativos - e deixou, devo dizer, o fardo maior para mim. Pois ela concluíra que não seria boa idéia se aproximar do prédio. Com razão, aliás: o lugar estava sob vigilância: de jornalistas, policiais e curiosos em geral - alguns homens, às vezes apenas um, simplesmente se demoravam por ali. Por isso ela fora do hospital para o banco e dali direto para o bar de Joe Bell.


Bonequinha de Luxo, de Truman Capote

março 29, 2008

Dia de aniversário diferente. Emocionante e atribulado. Um beijo para todo mundo que lembrou. Pessoalmente, via celular, SMS, MSN, blog, Orkut e sinais de fumaça pelo céu. À minha querida equipe do Estúdio de Conteúdo e Aninha: acho que um dia no SPA será uma experiência inesquecível. Contarei todo o luxo. À minha família: o jantar estava esplêndido. Bom estar bem perto de vocês. E Mr. Flag: obrigada pelo quase oceano de presentes.

31 anos.

março 28, 2008

março 25, 2008

"É a semana do meu aniversário, então eu mereço..."

Me presentear com uma serigrafia de Danúbio Gonçalves...

março 24, 2008

Contagem regressiva.

Estréia do “é a semana do meu aniversário, então eu mereço...”

Lindas paisagens...

março 23, 2008

É importante traçar uma distinção entre o morrer e a morte. O morrer não é um processo ininterrupto. Se a gente tem saúde e se sente bem, é um processo invisível. O final que é uma certeza nem sempre se anuncia de maneira espalhafatosa. Não, você não consegue entender. A única coisa que você entende a respeito dos velhos quando você não é velho é que eles foram marcados pelo tempo. Mas compreender isso só tem o efeito de fixá-los no tempo deles, e assim você não compreende nada. Para aqueles que ainda não são velhos, ser velho significa ter sido. Porém ser velho significa também que, apesar e além, de ter sido, você continua sendo. Esse ter sido ainda está cheio de vida. Você continua sendo, e a consciência de continuar sendo é tão avassaladora quanto a consciência de ter sido. Eis uma maneira de encarar a velhice: é a época da vida em que a consciência de que sua vida está em jogo é apenas um fato cotidiano. É impossível não saber o fim que o aguarda em breve. O silêncio em que você vai mergulhar para sempre. Fora isso, tudo é tal como antes. Fora isso, você continua sendo imortal enquanto vive.

O animal agonizante, de Philip Roth

março 22, 2008

Uma Páscoa sossegada em Porto Alegre. Pouco movimento. Mas concentração de carros e pessoas nas proximidades dos shoppings. Foi lá, na rua entre o Iguatemi e o Bourbon Country, que eu e Mr. Flag presenciamos uma daquelas cenas de trancar a respiração. No meio da rua, dois carros estavam parados. Enfileirados, numa situação um pouco estranha. Já que outros automóveis desejavam passar e o sinal estava liberado. Do primeiro carro, desceu uma moça. Rabo de cavalo, corpo magro, pequena. Do carro de trás, desceu um rapaz bem mais alto, cabelos claros e óculos. Bastou um segundo para que víssemos mãos para o alto, chutes para todos os lados, vontade de bater, movimento de se esquivar. Os carros pareciam intactos. E o que estávamos assistindo era uma briga de trânsito entre duas pessoas que pareciam ter menos de 25 anos. Chutes, tapas, socos e gritos. No meio da rua. Ela batia mais. Ele se esquivava. Mas, ao ser repreendido por outro motorista, que passava mais próximo deles do que nós estávamos, ficou furioso. Foi atrás da moça, tentou tirá-la do carro, mas ela arrancou em velocidade. E ele seguiu atrás, correndo mais ainda, pelas ruas do Jardim Europa. Uma vergonha. Falta de paciência, ética, decência e, principalmente, senso de comunidade.

março 21, 2008

Passamos a tarde pesquisando nomes para a nova cachorrinha da Moni, que ainda não nasceu. Acabamos na Garota de Rosa choque. A Andie Walsh. Ela vai fazer companhia para a Secretária de Futuro. A Tess McGill. Linda família de meninas.

março 20, 2008

A la la, a la la
Gimme 3 wishes
I wanna be that dirtyfinger and his sete bitches
A la la, a la la
Gimme more 2
I wanna be in that crazy band or meuku
A la la, a la la
Would you be kind
Gimme one little more
And i'll be superfine
A la la, a la la
You're so cool
Can i be your friend?
I'll drive till the end

março 19, 2008

George Condo

março 18, 2008

Escrevi um conto no domingo. Um novo. Mostrei pra Moni. Ela já conhecia a história. Mostrei pro Mr. Flag. Ele também conhecia. Mas me disse que está na hora de esquecer meus fantasmas e tentar ser escritora de verdade. De verdade? Daí eu pergunto: coisas novas que eu não vivi me farão escrever melhor? Ou me destacarei contando o que eu vivi, com os meus olhos e a minha percepção... de verdade. Não sei a resposta. Mas reconheço que será difícil me livrar de alguns fantasmas. Bom é que, até agora, eles me assombram um pouco, mas rendem bons textos.

março 17, 2008

Semana curta. Que já parece longa demais.

março 16, 2008

Passei o domingo com a revista Vogue de março. Isso, um pouco de tempo livre, mais idéias de contos, e um pouquinho de dinheiro... Faltaria só um cafezinho.

março 15, 2008

Fiz o tour habitual por blogs do fim de tarde de sábado. E me impressiono com a força da Internet. E em como as informações, atualmente, alcançam altos níveis de divulgação. Para o bem e para o mal. Conferi o "Porque hoje é sábado" do Milton, e me deparei, pela segunda vez com o site do Nassif sobre a Veja. Na outra ocasião, encontrei o link no trabalho. E me esqueci de retornar a ele quando cheguei em casa... Aproveitei o sábado para ler tudo. Veja isso também. Integrei a campanha, Milton. Mas teu post ficou mais interessante que o meu...

março 14, 2008

Depois de escrever, parte da tarde, textos costurados de termos aleatórios (e com linha e agulha difíceis de lidar), tive uma boa idéia. De atitude, de processo, de mudança e de finalização. Acho que, dessa vez, pode dar certo. Pode ser que suma um tempo. Pode ser que volte com uma freqüência ainda maior. Não tem como saber agora.

março 13, 2008

Mas, se um gênio tivesse surgido à mesa para realizar o desejo mais urgente de Edward, ele não teria pedido nenhuma praia no mundo. Tudo o que queria, tudo em que podia pensar era em deitar com Florence, os dois juntos e nus, na cama do quarto adjacente, confrontados por fim com a experiência aterradora que parecia tão distante do dia-a-dia quanto a visão de um êxtase religioso, ou até da própria morte. A perspectiva - será que ia de fato acontecer? com ele? - mais uma vez lhe deu um frio na barriga, e ele teve a sensação momentânea de que pudesse desmaiar, o que disfarçou com um suspiro de satisfação.

Na praia, de Ian McEwan

março 12, 2008

Quase A Memistória: A Menina de Um Milhão de Nomes – episódio 2

Pode-se tentar enganá-lo também. Deixa-se como por acaso o livro-de-cabeceira cair no chão. Mas – horror – o livro cai dentro do silêncio e se perde na muda e parada voragem desse. E se um pássaro enlouquecido cantasse? Esperança inútil. O canto apenas atravessaria como uma leve flauta o silêncio. O que mais se parece, no domínio do som, com o silêncio era uma flauta.

***

A continuação desta memistória poderá ser encontrada no blog Juca-bala-de-morango, de Emily Canto Nunes. Para saber mais sobre o que é Quase A Memistória e como participar, veja estas instruções. O trecho é de autoria de Clarice Lispector, e foi publicado originalmente em Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres. Quase A Memistória: A Menina de Um Milhão de Nomes é uma iniciativa de Gustavo Faraon. Para ler a partir do Episódio 1, acesse o blog Idoso.

março 11, 2008

- Pode levantar a saia.
- Ok.
- Um pouco mais.
- Ok...
Ele agarra meus tornozelos, e puxa forte as duas pernas.
- Tem uma diferença aqui.
- Sim...
- Uma perna é mais comprida que a outra.
- Sim, eu sei...
- A direita é mais fraca... Olha!
- Ai!
- Por isso tu está mal do joelho. Se quiser saber qual a exata diferença, podemos fazer um exame.
- Nove milímetros. Sei isso há anos.
Ele estica a perna até quase meu rosto.
- Teu alongamento é bom.
- Eu sei. Fiz três anos de yoga e agora faço pilates.
- Pode continuar, então.
- Está certo.
- Tua rótula está ótima.
- Legal.
- E essa sensibilidade é normal. Olha, tu sente dor nos dois joelhos...
- Aaaaaaaaaaaaaaaaaiiiiii!
- E me diz: que tal usar um sapato especial, com o solado mais alto só num dos pés?
- Nem pensar!
- Está bem! Então nem vou sugerir.
- Obrigada, doutor!
- De nada, gurizinha. Coloque gelo nesse joelho! Muito gelo! E alonga sempre, e deixa a perna direita mais forte...
- Ok...
- Pode baixar a saia agora.

março 10, 2008

Hoje, depois do trabalho analisei, seriamente, a cestinha do supermercado que eu carregava na direção do caixa do Zaffari da Anita. Primeiro lugar: quem me conhece sabe que fazer supermercado é uma das coisas que eu mais detesto na vida. Não gosto, não gosto... Se preciso fazer uma compra séria, levo a minha mãe junto. E ela sempre ri da minha impaciência ao passar pelos corredores e da minha completa inaptidão de encontrar o produto que eu quero... Não encontro... A lógica de um supermercado não é nada lógica para mim... Gosto das prateleiras de cremes, desodorantes, escovas e pastas de dente. Eis que, às vezes, entro no mercado para comprar comida, e saio com um hidratante. De trigo, mas sei que não conta como valor nutritivo. Então, voltando à minha cestinha... Nos quatro minutos e vinte segundos em que consegui permanecer sozinha dentro do supermercado, trouxe uma garrafa dois litros de Coca-light, um pacote de Seven Boys, uma massa de se fazer em dez minutos de brócolis e uma lata de pêssego em calda (só porque me deu desejo...). A menina do caixa olhou os produtos, e me olhou. Não perguntou se eu havia encontrado tudo o que desejava, mas deve ter pensado que eu realmente não servia para a coisa... Vou ali abrir o pêssego agora.

março 09, 2008

Se a vida fosse um dicionário e se pudesse escolher um verbete para cada dia, estaríamos hoje na letra T, de tranqüilidade, e seguiríamos para a P de preguiça, e a F de filmes bons... Concluindo em L de livro antes de dormir e C de cair de sono muito rápido.

março 08, 2008

Desejo de sábado: iogurte natural do McDonald’s com frutas vermelhas e cereais. Quase congelado, para agüentar o calor de Porto Alegre.

março 07, 2008

março 06, 2008

Retomei a literatura. Fim de férias do seminário de criação do qual faço parte. A notícia é boa para a minha vida. Mas não muito para o blog... Tentarei não abandoná-lo.

Enquanto isso, fiquem com o resultado da minha ressonância magnética. Obrigada e boa noite.

RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DO JOELHO DIREITO

Técnica:
Exame realizado com cortes axiais, sagitais e coronais ponderados em DP e T2 com saturação de gordura, incluindo seqüência de alta resolução fêmoro-patelar.

Interpretação:
Tendinose / tendinite do tendão semimembranoso na inserção póstero-medial da tíbia
Ligamentos cruzados e colaterais íntegros
Meniscos sem rupturas
Cartilagem articular sem evidência de alteração
Ausência de derrame articular

março 05, 2008

A vermelha é sempre a melhor de todas...

março 04, 2008

Ela ouve rock no carro, fica feliz de cara e dança no estacionamento. Ele faz cara séria e pergunta o que ela fumou ou bebeu.

Ela dança rock em casa, só de calcinha, rebolando pela sala. Ele fica furioso, levanta, fecha a janela que dá para o vizinho e volta para a frente do notebook.

Ela canta e encena embaixo do chuveiro. Joga água para todos os lados, grita o refrão da música. Assumindo pose de invocado, ele pede que ela faça menos barulho para não atrapalhar a televisão.

Ela pensa se desiste do rock, monta uma banda ou vai de vez escrever poesias e aprender tricot. Ele boceja e pede que ela apague a luz, pois já passou da hora de dormir.

março 03, 2008

O ar-condicionado da recepção me incomodou um pouco (cheguei às 7h20min no Mãe de Deus Center e sinto frio de manhã...). Fui de casaco.

As perguntas da atendente me chatearam (ela quis saber demais do meu joelho e fez cara de que meu piercing na orelha explodiria se eu não tirasse ele para a ressonância magnética...). Não tirei.

A blusa e a calça que me deram para vestir eram feias, surradas e geladas (eu, de novo, só querendo me aquecer de manhã cedo...). Me irritei com a roupa.

O pró-pé branquinho gelou meu pé de tão fininho e sem gracinha que era (e ainda me fizeram atravessar meio corredor andando no piso frio...). Andaria na ponta do pé se o joelho não doesse tanto.

A cadeirinha de plástico que eu sentei antes do exame era bem desconfortável (mas fiquei lá só três minutos...). Vi a revista da Ana Maria Braga.

A cama do aparelho era chata de deitar (sorte que fiquei com a cabeça para fora...). E de olhos fechados.

A atendente me avisou de que eu não me mexesse nunca e que o barulho era normal (achei tudo isso normal também...). Pá, pá, pá, pá pápá.

Ela me entregou uma campainha, para algum caso de emergência (e eu olhando pro teto). Quase dormi.

E, pavor total, foi colocando na minha cabeça um fone de ouvido (e nenhuma das mazelas anteriores me feriu mais do que imaginar aquele fone de ouvido tocando axé, Ivete Sangalo, Cláudia Leitte, ou qualquer coisa parecida com isso ou hip-hop, ou rap...ou...). Créu, acho que pensei no créu o tempo todo.

Sorte é que não tocou nada (e o exame fica pronto na quarta...). Tchá, tchán!

março 02, 2008

Pense e aja no fim de semana. Prepare uma lista de compras. Tenha certeza de que o shopping estará lotado. Deseje comer um iogurte com frutas vermelhas e cereais. Saiba que a fila no McDonald’s será arrastada. Resolva assistir Tropa de Elite, finalmente. Tenha consciência de que a locadora estará sem cópias disponíveis. Volte a saborear o curry que tanto gosta. Conheça a realidade de que até mesmo a telentrega vai demorar mais dessa vez. Não resisto à inevitável teoria do inferno astral. Um mês antes do aniversário. Mas a verdade é que, comunidades como a que eu faço parte, se acostumam muito mal no verão. Toda a cidade e os serviços disponíveis à nossa mercê. Sem mar, areia ou sol... No entanto, podemos conhecer a Porto Alegre com menos fila, menos tempo de espera, mais oportunidades, mais facilidades. Fico triste quando o fim do verão desponta. Mas, mais desagradada ainda quando os veranistas voltam. E com eles o trânsito caótico, a superpopulação, as dificuldades. E a paciência. Porque esse quesito realmente não pode faltar ao cidadão urbano moderno...

março 01, 2008