maio 31, 2003

Quero dar os parabéns para a Juliana, que está aqui fazendo sua despedida de solteira!!!!!!!!!

Vocalista da Black Master, madrugada de sexta-feira, nós meninas dançando na pista do Dado Tambor. O casório é hoje...

maio 29, 2003

Frio. 8. 9. 10. 11 graus. Há três dias não sinto meus pés. Este fato é usual. Tenho os pés gélidos, quase sem sangue, no inverno, na primavera, no verão e no outono. No entanto, o que me assusta não é a insensibilidade dos meus membros inferiores. Me encontro insensível e impassível a respeito de "n" questões. Importantíssimas.

O inverno me deixa cansada. Demais até para pensar. Meu único desejo é me entregar à preguiça e me encostar permanentemente no abraço quente do meu amor e ganhar intermináveis beijos. Depois disto, a proposta é presentear meus pés com a areia quente da Bahia. E deixar minha cabeça descansar nas nuvens.

maio 28, 2003

Houston, we have a problem!
Houston? Houston?!?!
Hello?!?!?!?!?!?!?

maio 27, 2003

Terror total. Centenas de folhas espalhadas pela mesa. Um telefone que toca. Um braço que se estende. Uma pessoa que atende a ligação. Outro braço que tentar situar o telefone no gancho. Uma droga de aparelho que não obedece o comando. E derruba uma porcaria de copinho cheio de café, estabelecido entre o telefone... E AS FOLHAS!!!! Salvei somente duas folhas. Duas...

maio 26, 2003

Elio viaja sozinho para o Interior, para assistir jogo de futebol do irmão Rodrigo

Introdução no melhor estilo Eliane Brum...

"Quando Elio entrou no carro, planejando dirigir de Venâncio Aires a Porto Alegre, não imaginava a aventura que estava por acontecer..."

Primeira ligação - 19h02min
– Lu?!?!?!? O carro parou!!! Liga pra mim!!!!!
...
– O que aconteceu?
– Não sei! De repente o Palio engasgou e não liga mais.

Olhei pela janela. Já estava muito escuro. E o vento sem perdoar.

– Está sozinho na estrada?
– Não. Parei, por sorte, perto de um posto da Brigada Militar. Já chamei o seguro com um guincho. Vou esperar.
– Ok...
– Ah! Meu celular está quase sem bateria...
– ELIO!!!!!!!!

Comecei a pensar positivo.

O acostamento de uma estrada não é o melhor lugar do mundo. Principalmente à noite.

Segunda ligação - 19h31min
– Cia de Seguros H., Fulano boa noite.
– Oi... Meu noivo está preso na estrada. O carro auto-socorro já está chegando? Qual a previsão?
– Bem, tivemos um problema em contatar o terceirizado da região. Onde ele está mesmo?

Como vocês ainda não sabem onde ele está?

– Na RS 287, quilômetro 29. Perto da Tabaí.
– Minha colega está confirmando. O guincho chegará em dez minutos.
– Obrigada. Ele já está esperando há 30 minutos.

Eles queriam poupar o Elio de ter algum custo. Eu só queria que o Elio chegasse em casa. Custasse o que fosse.

Terceira ligação - 19h55min
– Já chegaram?
– Não!

PUTZ!!!!

Por que falou em tempo, quando não têm gerência de nada?

Quarta ligação - 20h10min
– Cia de Seguros H., Beltrano boa noite.
– Vocês ainda não buscaram o meu noivo! Conseguem fazer um contato com o guincho? Ele está na beira da estrada há uma hora.
– Srta. Luciana, tivemos um problema. Foi preciso ligar para dez empresas que possuem guincho para encontrar o serviço ideal. Tenho a informação de que o carro chegará em 20 minutos.

Sério? Outro problema! Novidade...

– Obrigada.

Problemas, problemas, problemas.

Quinta ligação - 20h31min
– Chegaram?
– Não. E o policial que estava aqui comigo foi embora.
– Já te ligo.

PUTZ!!!!PUTZ!!!!PUTZ!!!!PUTZ!!!!

Policiais militares também têm horário de janta. E a estrada foi ficando mais escura.

Sexta ligação - 20h35min
– Cia de Seguros H., Fulana boa noite.
– Oi. Meu noivo está na RS 287 esperando o socorro há uma hora e meia.
– Como é o seu nome?
– Luciana.
– Ok. Srta. Luciana. Aguarde um momento.
...
– Não estou conseguindo localizar o nosso terceirizado. Entro em contato novamente em alguns minutos.
– Ok.

Aguardo, sempre aguardo.

Sétima ligação - 20h58min
– Alô Patrícia? Aqui é a Fulana, da Cia de Seguros H.

Patrícia? Estão perdidos amigos?

– Meu nome é Luciana.
– Oh, me desculpe. A senhora é a noiva da Patrícia?

O que é isto? Não me digam que vocês estão buscando o Elio em Pernambuco?

– ???????????? Não! Eu sou a noiva do Elio, que está esperando por vocês há duas horas.
– Ah, me desculpe. O socorro chegará no local em 15 minutos.
– Tudo bem.

Noiva da Patrícia. Sei...

Oitava ligação - 21h25min
– Já chegaram?
– Não!
– Puxa, vida... Ligo depois.

PUTZ!!!!PUTZ!!!!PUTZ!!!!PUTZ!!!!PUTZ!!!!PUTZ!!!!PUTZ!!!!PUTZ!!!!

Seguro é mesmo uma coisa insegura. E no meio do nada, adquire nuances de inexistência.

Nona ligação - 21h45min
– Chegaram?
– Sim!

Aleluia, aleluia...

– Eles vão te trazer até onde?
Estou aqui para levar o carro!
– O cara vai me levar...

Às 23h15min, fomos pegar o Elio na Via Porto, quatro horas depois que o carro estragou na estrada. Ele vinha espremido na cabine do caminhão, dividindo o espaço com uma senhora, uma criança enrolada em um cobertor e o motorista. Parecia estar congelado e com fome. Mas duvido que, por mais que o seu estômago estivesse roncando, perderia a fome de bola. O baixinho encara tudo por um futebol. Quem sabe até montar uma barraquinha em plena RS 287 e levar a vida vendendo rapadura na beira do estrada (esta piada foi do meu pai, depois que ele viu a cara do Elinho de dentro do caminhão)... A vida é dura, mas é doce (hehehe).

maio 24, 2003

Frio e vento constantes. Fluxo intenso de pessoas. Sexta-feira, no início da noite. Fácil se distrair e provocar um choque. Inevitável ouvir todo aquele burburinho subindo pelo ar. Um céu escuro. Estrelas cobertas por nuvens de algodão embebidas em nanquim. Fiz um trajeto diferente, ouvindo os fragmentos de declarações...

– ...coloca isto aqui, Gustavo...
– ...ele não sabe cuidar da arara. Ele sabe...
– ...acabou colocando a mão bem ali...
– ...aí ficou difícil. Tive que desistir do...
– ...melhor esperar. Pode ter pedagogia...
– ...Meu Deus! Mais um...
– ...oi! Tudo...ôpa...desculpe...


Cheguei na Dr. Flores. Vi uma lotação partindo. E encostei a minha mão quente nos lábios gelados. Não precisava falar nada naquele momento. Centenas de pessoas, alguns minutos. Muitas coisas já tinham sido ditas.

maio 23, 2003

– Estas árvores levaram décadas para crescer e são cortadas em poucas horas. Mas a gente fica bem quietinha, porque dizem que é o progresso.

Senhora Esther Santoro, 69 anos, moradora da Dom Pedro II, e vizinha de Eurides da Costa Lima, 87 anos, em matéria no jornal Zero Hora. A rua está sendo alargada para virar uma via expressa.

maio 22, 2003

Recebi por e-mail. Fiquei um tempo analisando todas aquelas letras, todos aqueles campos a serem preenchidos, todas aquelas justificativas a serem dadas. Preciso três produções. Quase impossível. Enfrentando uma crise de identidade textual no meu blog. Outra moral. Culpa. Rotina. Correria. Às vezes, qualquer coisa cansa. Às vezes, tudo parece muito para tão pouco. Ou pouco para tudo o que é necessário. Alguém tem uma porção de coragem aí para me emprestar?

Animatrix.

Muito bom. Muito bom. Muito bom.

maio 20, 2003

Por mais que eu corra, trabalhe o dia inteiro sem parar, uma imagem não sai da minha cabeça. Ontem, estava andando pela Av. Erico Verissimo, voltando do almoço. Pensando nas tarefas a serem cumpridas no período da tarde, nos compromissos assumidos. Distraída. Caminhando na mesma calçada, mas na direção contrária, uma menina-moça me fez uma pergunta:

– Onde fica o posto do INSS?

Fiquei em dúvida.

– Acredito que agora eles indiquem nas placas somente Previdência. Já passou. Três prédios à direita, nesta mesma quadra.

Ela agradeceu. Iríamos caminhar no mesmo sentido. Quando ela deu meia-volta, pude olhar o rosto do bebê que carregava. Ele estava intubado, um menino, parecia doente. A criança olhou direto no meu olho. Parecia sofrer tanto, sentir tanta dor a ponto de não agüentar. Não havia, em toda a minha vida, presenciado tamanho sofrimento. Senti vontade de rezar, de chorar, de implorar para que uma coisa dessas não fosse verdade. Que aquela mãe pudesse encontrar mais força...que os dois superassem isto tudo.

Ela virou o rosto para trás. Tinha enxergado a Previdência e agradeceu a ajuda. Fiquei um tempo olhando os dois entrarem no prédio. E parei na calçada. Me considerando a pessoa mais inútil do mundo.

maio 19, 2003

Tempo atrás, eu era mais controlada. Não fazia disto um drama, uma novela mexicana elevada à vigésima potência. Agora, não. Estou há 20 minutos ensaiando um controle que não existe, a superação do trauma... Não! Tenho verdadeiro pavor de almoçar sozinha. Em restaurante de comida a quilo, não vou de jeito nenhum. Como vou almoçar hoje, se, das dez possibilidades de companhia para o almoço, todas declinaram e assumiram outras atividades para o horário? Minha barriga já está roncando.

Estou me sentindo no limite, como, em 1996, quando pulei a altura equivalente a 14 andares, presa pelos pés. O desafio está ali. Devo decidir se pulo em direção ao restaurante, rompendo telhas e estruturas de gesso. Ou se fico aqui, verde. De fome.

maio 16, 2003

First when there's nothing
but a slow glowing dream
that your fear seems to hide
deep inside your mind.
All alone I have cried
silent tears full of pride
in a world made of steel,
made of stone.

maio 14, 2003

Lá vai:
- paguei contas via Internet durante uma hora
- fui chamada de branquela em plena Andradas, à noite, em tom pejorativo
- estou com tanto trabalho que mal consigo falar com o Elio via celular sobre uma pechincha que ele encontrou à tarde no shopping
- perdi links, perdi leitores
- pode ter sido para mim, mas não tenho certeza
- meu contador fez uma burrada, bem, descobri somente uma, estou com medo
- meu expresso pós-almoço chegou frio na mesa
- esqueci do encontro mensal com as minhas amigas
- quase desisti
- quase obriguei que ele fosse, de tanto remorso
- quase xinguei alguém hoje por meio deste blog
- quase parei tudo por completa inaptidão de continuar
- me achei ridícula por estar fazendo esta lista
- quero antigas vidas de volta
- tenho dois compromissos na sexta-feira: aniversário da cunhada e primeiro show do irmão, e agora?
- tenho um casamento em quinze dias e não tenho roupa
- a dor está moendo minhas costas e continuo sentada na frente deste micro
- vou dormir
- prometo que não falo mais sobre trabalho no intervalo do meio-dia
- começarei a me cuidar mais
- deixarei de ser irônica com as pessoas por um tempo
- até tu, Brutus?
- voltarei a me comportar
- me sinto culpada
- prometo não chorar
- talvez só um pouco

Imagine um sorriso. Uma cara feliz. Imagine este mesmo rosto se fechando, se contraindo, até parecer uma carranca. Sim, esta sou eu. E tudo isto é por sua causa. Feliz?

Nem mais uma linha sobre o assunto.

maio 12, 2003

Por favor, sente neste banquinho e respire bem fundo. Agora repita: 33. Isto. Novamente, 33... Pode colocar a roupa de volta. Sua saúde está perfeita. Parabéns pelo seu aniversário, senhor Elio Bandeira...

maio 11, 2003

Jogador de futebol. Uma profissão bem diferente da minha. Vários homens, correndo atrás de uma bola, chutando, correndo, brigando, xingando o juiz e a décima geração de sua família. Um gramado, a torcida e uma rede balançando... Este é o lado, talvez, público. Algumas vezes, pensei no convívio do grupo. Nos mesmos homens que se acotovelam, se xingam e são amigos, dividem o mesmo vestiário, refeitório. E no lado, talvez, podre. As sacanagens, as estripulias e os cuspes no chão constantes (sim!!! Dois minutos de transmissão de um jogo de futebol são suficientes para comprovar este fenômeno). Além das várias brincadeiras sem fim.

Não vou saber como realmente se apresenta este universo esportivo específico. Pô, não sou maria chuteira. Mas confesso que gosto dos almoços de retorno do Rodrigo, irmão do Elio que atualmente joga em Santo Ângelo. Ele diverte a família inteira contando piadas, causos, histórias dos bastidores, problemas de calção apertado ou comilança em churrascarias em plena madrugada.

Coloca a chuteira e manda a bola para bem longe... O time está bem no campeonato. E a volta do Rodrigo pode ter gosto de vitória*. E este, com certeza, é o lado dourado do futebol.

*O Inter perdeu: 3 a 0 com requintes de crueldade, segundo o meu pai. Tenho que ligar para o Elio.

maio 08, 2003

Sonhei que estava frio. E que eu tinha dormido até às 11 horas da manhã.... Sonho mesmo.

“Perguntou para o pai se o cheiro de queimado do carro é normal? Notou que o freio está diferente? Te falei que eu fui no Café Concerto Majestic no sábado? Nunca peguei esta sinaleira fechada. O que está acontecendo? Comentei que na terça-feira conheci um fotógrafo da Assembléia que é a cara do Huey Lewis? Vi ele ontem novamente no Palácio Piratini. Falou com o Paulo? Ah! Um dos músicos do show que eu fui ontem era a cara do Leslie Nielsen. Contei isto? Está frio hoje, né? Olha que praça imunda!”

Pôxa, como tu consegue falar tanto assim às 7 da madruga. Estou tonta!

Frase providencial da minha irmã mais nova (Maricota) sobre a minha verborragia na manhã de hoje.

maio 07, 2003

Enlouquecer para escrever.

Escrever para enlouquecer.

Enlouquecer para não escrever.

Escrever para não enlouquecer.

maio 05, 2003

Rain is what the thunder brings
For the first time I can hear my heart sing
Call me a fool but I know I'm not
I'm gonna stand out here on the mountain top
Till I feel your

Rain, I feel it, it's coming
Your love's coming down like

Rain, feel it on my finger tips
Hear it on my window pane
Your love's coming down like
Rain, wash away my sorrow
Take away my pain
Your love's coming down like rain

Rain, I feel it, it's coming
Your love's coming down like

Rain
[I'll stand out on the mountaintop
And wait for you to call my name]
Rain

maio 04, 2003

Momentos do fim de semana

Salvem o nosso português: o filme está bem cotado nas resenhas. George Clooney igualmente elogiado como diretor. Charlie Kaufman é razão suficiente para que eu vá assistir. Mas a jogada de marketing do GNC Cinemas do Bourbon é um tiro de festim. Uma faixa, na entrada do shopping, anuncia os horários do filme. Está escrito:
CONFIÇÕES DE UMA MENTE PERIGOSA.

Bizarro: Gosto de descobrir os caminhos do Google que levam as pessoas a conhecerem o meu blog. Desta vez foi assustador:
02 de maio – 08:46:59 PM
tá inchando meu pé

Fome: Fiz meu plantão do meio-dia às 16h30min na Casa de Cultura. Não almocei. Passei frio. Fiquei com dor de cabeça. Mas gostei... Fiz um tour especial com o pai e a mãe, apresentando a CCMQ. Interessante...

Livros: Me surpreendi positivamente com Edney Silvestre. Outros Tempos foi uma ótima pedida no período do meio-dia às 14h, horário no qual somente EU estava na CCMQ.

Preguiça: Não quero precisar trabalhar amanhã....

maio 01, 2003

Erin tem uma mania quase obsessiva. Para saber o destino, vai até a estante e abre um livro. A resposta está ali, ao som da bossa nova, onde o primeiro olhar for depositado. Lembrei de Próxima Parada Wonderland hoje pela manhã... Quando abri o livro e vi...

Afonso Romano de Sant'Anna é mestre.

Ali está ela. A festa continua, já começa a anoitecer, claro que para nós, não para ela, que está num momento luminoso da vida. Num momento também delicadíssimo e sem poder partilhá-lo com quem quer que seja. É que certas travessias têm que ser feitas a sós. E são elas que dão sentido à vida, ainda que provisoriamente.

Pequenas Seduções
Afonso Romano de Sant'Anna