novembro 30, 2007

Ontem, aconteceu o primeiro evento de fim de ano. Toda aquela coisa tradicional... Reunião de amigos, colegas, conhecidos, familiares. Esse, no entanto, trouxe uma pitada especial e (pra mim) inédita. O encontro agregou o pessoal do seminário de literatura que faço todas as quintas-feiras. E o presente de Amigo Secreto: escrever um texto sobre o tema "O que desejo para o meu amigo em 2008".

Acompanhem, abaixo, o texto que eu ganhei de presente do Samir. Fiquei emocionada... Porque eu me vi nas linhas. Como se fosse um espelho. Tem várias referências sobre mim que ninguém vai entender. Mas que o Samir percebeu com maestria. Obrigada, amigo!

"Uma exclamação não é o bastante. São preciso muitas, quatro ou cinco, para dar a ênfase desejada. Os dedos correm pelo teclado enlouquecidos, digitando e falando e pensando muitas coisas ao mesmo tempo. Tempo que falta. Que faz falta quando não vem. Que quando vem, o texto sangra. E chora e grita e corre. Vísceras expostas, começa a limpeza. O texto renasce, curto e direto, como quem o escreve.

Um amigo que não cabe num parágrafo, mesmo quando é baixinho. Não se pode colocar a pessoa num parágrafo, mas você pode tentar colocar o parágrafo dentro da pessoa, fazer com que ela o leve consigo. A única coisa que se pode desejar a um amigo é que continue sendo tudo aquilo que o faz ser o que é."

novembro 29, 2007

Eu estava nisso quando amanheceu na casa de Sucre uma caixa de madeira, sem letras pintadas nem referência alguma. Minha irmã Margot havia recebido a caixa sem saber de quem vinha, convencida de que era alguma sobre da farmácia vendida. Eu pensei a mesma coisa, e tomei o café-da-manhã em família com o coração no lugar certo. Papai explicou que não tinha aberto a caixa porque pensou que era o resto da minha bagagem, sem lembrar que já não me sobravam restos de coisa alguma nesse mundo. Meu irmão Gustavo, que aos treze anos tinha prática suficiente para pregar ou despregar qualquer coisa, decidiu abri-la sem pedir licença a ninguém. Minutos depois ouvimos seu grito:
- São livros!


Viver para Contar, de Gabriel García Márquez

Estou cansada. Esgotada. Faço tantas coisas e nada ao mesmo tempo. Que até parece que não vivo. Desculpem...

novembro 18, 2007

Água. Sol. Sons. Cores. Eu. Impressões.

Una vez, cada vez, todas las veces...

Sábado de Bienal do Mercosul.

novembro 16, 2007

Uma coisa linda do Sigur Ros que eu não me canso de ouvir... Perfeita para o sol, o céu azul e a luz de Porto Alegre hoje...

Brosandi
Hendumst í hringi
Höldumst í hendur
Allur heimurinn óskýr
Nema þú stendur

Rennblautur
Allur rennvotur
Engin gúmmístígvél
Hlaupandi í okkur ?
Vill springa út úr skel

Vindur í
Og útilykt ? Af hárinu þínu
Ég lamdi eins fast og ég get
Með nefinu mínu
Hoppa í poll
Í engum stígvélum
Allur rennvotur (rennblautur)
Í engum stígvélum

Og ég fæ blóðnasir
En ég stend alltaf upp
(Hopelandic)

Og ég fæ blóðnasir
En ég stend alltaf upp
(Hopelandic)

novembro 12, 2007

A Feira do Livro de Porto Alegre acabou. E eu acredito em presentes. Acredito também que, se a gente sofre um pouco, chora um pouco, acaba recebendo algo bonito de volta. Eu acredito nisso. E eu tenho a prova. A Feira do Livro desse ano foi um pouco de sofrimento, e muito de recompensa. Caminhei por pedregulhos no pré-evento. Sim, meus pés ficaram machucados. Achei que não caminharia mais... E, nesse momento, recebi o presente. Quatro pessoas maravilhosas e profissionais que, bem no meu estilo, sabem que um trabalho é ainda melhor quando se faz com felicidade e entusiasmo. Eles foram minha felicidade e entusiasmo nessa Feira... Depois de tudo, festejamos juntos ontem... Morrendo de rir das loucuras da festa de encerramento, pra não chorar a despedida. Que dói um pouquinho também. A gente sofre... Mas é lindo... Porque quer dizer que algo existiu e que sempre vai existir. Tati, Mila, Bina e Bruno: obrigada por tudo. Já morro de saudades de vocês.

novembro 06, 2007

Andava me sentindo meio assim... Além de doente... Meio assim. Enxergando para todo o canto que olhava um casaco rosa que a Sassá usava nos tempos de Casa de Cultura. Me deu uma saudade. E uma raiva por ser tão impulsiva e inconseqüente, por ter causado a perda de algo que era tão bom. E, bom também, porque achei que tinha aprendido uma lição. Mas daí, meio assim, fiquei paranóica. A Déia sumiu e não me deu mais notícias, e nem recado no blog. Criei coragem e perguntei. Eu sempre pergunto. Quase assim... Disse que não era nada, não... Que eu estava paranóica. Me deu uma saudade também. Daí, muito assim, fiquei doente do coração. Tipo machucado que dói, e parece que não cicatriza. E, nem curativo adianta. Tapar assim só aumenta a ferida. Duas das pessoas que eu mais amo vão me abandonar. Vou ficar sem vê-las todos os dias, sem trocar idéias sobre o trabalho, sem projetar e vivenciar o que eu estou esperando desse futuro que nem parece tão distante assim mais. Eu já sinto isso. E fiquei dias sem saber como agir. Querendo não deixar que, de novo, a minha impulsividade chegasse como pés desmoronando a areia que nem castelo mais lembraria. Daí, fiquei magoada assim... Me sentindo meio assim. Fiz a promessa, com os olhos fechados, de, independente do que acontecer, não deixar nada estragar a amizade. E entender, de uma vez por todas assim, que as pessoas merecem ser felizes... Mesmo que longe de mim. Daí, total assim, eu fiquei hoje além do horário no escritório. Não tinha vontade de desgrudar os olhos de um pôr-do-sol dourado que insistia em invadir a janela. E pensei que não poderia falar com a Sassá, ou com a Déia, ou com a Ângela, ou com o Mano. E queria que algo legal acontecesse. E aí, aconteceu:

eis que no afã de fazer um agrado à minha amiga linda querida adorável do coração, fui à cata!
e... ACHEI!!!

obviamente o objetivo era mandar baixar lá do outro lado do atlântico e te entregar em mãos, mas como tou enrolado com isso faz diiiiiias e as correrias tão grandes, te mando agora.

entonces: tomalá!

beeeeem, espero q consiga mandar vir, bom proveito e talicoisa e coisital.

nos falamos, linda, bjãozão,
m.

Recebi o e-mail e quase chorei. Quase abri a janela e gritei para o sol que aquilo era bom demais. E deixei o escritório flutuando. Obrigada, Marcelo. Tu és (definitivamente) muito especial pra mim. E espero, sempre, muitas discussões sobre Perec pra gente... Se possível, com todas as letras do alfabeto e idéias possíveis... Um beijo do tamanho da vida e de todas as bulas que existem pra ela (principalmente a literária...).

novembro 05, 2007

Às vezes, dói ser gente. Talvez, as beterrabas sejam felizes...

novembro 04, 2007

Domingão na Praça. Feira do Livro. Chimarrão com o Bruno. Franz Ferdinand com a Tati. Almoço no Moeda com o Moschini e a Bel. Novidades do fofo Santiago com a Bina. Croissant de goiabada com a Camila. Na foto, registro da Tati Gapp, eu e Rômulo na fiscalização básica.

novembro 03, 2007

Tem períodos que sonho com várias coisas. Ok, amigo. Estou me rendendo a quase-ataques de consumismo. Andei pensando em um carro, uma nova estante para novas aquisições literárias, e uma sacada com grade de ferro em um apartamento novo. Coisas pós-30 anos consolidados. Mas, sinceramente, não tem como negar. Tem dias que um simples feijão com arroz e bife mata a pau... Ô...

A 53ª Feira do Livro está bombando. E o site também. Pelo terceiro ano consecutivo, o Estúdio de Conteúdo (meu estúdio!), a Moschini Design (do Moschini) e a PontoBR Web (do Humberto) assumiram a tarefa de fazer a página oficial do evento. Ontem, circulando pela Feira, muita gente me comentou que viu meu nome no Diário da Feira, mas não tinha me encontrado na Praça. Dois são os motivos...

Primeiro: esse ano, fiquei impossibilitada de largar o Estúdio. Continuo no escritório, tocando os projetos com o JC e o Jan. Comunico de novo: vem um projeto muito legal por aí, que também será motivo do meu orgulho (aguardemmmmmm....).

Segundo: peguei uma virose violenta, que me derrubou. Ainda estou meio nocauteada. Sem voz, com dor no corpo.

Então, esse post tem dois motivos.

Primeiro: convidar todo mundo para aparecer no www.feiradolivro-poa.com.br, e conferir o Diário da Feira e o Álbum de Fotos.

Segundo: fazer uma referência, mais do que justa e merecida, aos meus quatro anjos nesse ano. A minha equipe sensacional que assumiu a tarefa de realizar a cobertura da Feira do Livro e encher o site de fotos. O pessoal da Praça (principalmente o povo dos estandes que estão acompanhando as atualizações) é só elogios: a cobertura, além de completa, está muito rápida. Publicada quase em tempo real. Competência e sorrisos... Uma fórmula infalível para a Feira e para a Internet.

Conheçam a minha equipe de verdinhos:

Camila, Tati, Bina e Bruno!!! Obrigada, obrigada, obrigada...