outubro 29, 2008

Oi! Passou por Praga nos últimos dias, e a foto ao lado é familiar? Encontrou o Ficção de Polpa - Volume 1 com o link para esse blog? No caso de resposta positiva, clique aí nos comentários e deixa uma mensagem pra mim.

Não passou por Praga? Não conhece o cenário da foto? E não está entendendo a história? No caso de resposta positiva, clica aqui.

E aproveita e visita também o site da Livraria Cultura para conhecer a reedição do livro, agora pela Não Editora.

outubro 27, 2008

outubro 26, 2008

Eu tenho casa. Sim, tenho marido, cama, cozinha, banheiro. Eu tenho a casa da minha família. Com montes de cachorros e todo mundo (feliz ou brigando, mas todo mundo enfim). Eu também tenho a outra família, que é a casa da sogra (mas não nesse sentido). Tenho o escritório. Eu tenho até a mesa que eu mais gosto de tomar café na Livraria Cultura.

Eu tenho tudo isso.

Mas eu não tenho um canto que é meu. Um lugar que eu diga: aqui começa o meu território. Só meu. E vai pra PQP quem quiser fazer qualquer coisa aqui nesse espaço, porque não pode.

Um lugar onde eu possa me isolar. Não porque eu odeio o mundo. Mas porque eu aprendi que quando estou sozinha eu sou eu na décima potência. E isso é bom. E porque eu aprendi que só consigo escrever quando estou sozinha. Cansei de tentar escrever com as pessoas ao meu redor. Isso não funcionou e nunca vai funcionar.

Eu quero escrever. Eu não tenho esse lugar. E, ultimamente, tenho sentido muita falta dele.

outubro 25, 2008

Há quase um ano, pinto as unhas das mãos de vermelho. Vermelho forte, sangue, escuro.

Essa semana, experimentei um branquinho. Paris. Não funcionou. "Que unha é essa? Estranho esse branco..."

Engraçado como uma coisa que não é a gente acaba, por tanta associação, virando marca da gente para os outros.

É pê-a-tê-ê-tê-i-ce-ó.

É novo. Era pra ser sensacional. Mas é pê-a-tê-ê-tê-i-ce-ó.

Não vou dizer o que. Nem onde vocês olham. Não posso me queimar por aqui ou por ali com os outros.

Então, nos encontramos nos jacarandás.

outubro 24, 2008

Quero contar sobre o meu moinho. Por quase uma semana, fiquei parecendo aquelas criaturas lunáticas, que gritam coisas que os outros não entendem, se comunicam com seres invisíveis ou falam línguas do além-mundo. A minha busca era genuína. Incompreensível por muitos (todos...), mas absolutamente genuína.

Contei para o Mr. Flag sobre ela. E questionei sobre o que poderia ser o meu moinho.

Não entendeu? Assim: eu preciso de algo extraordinário para mover a história do meu livro. O que eu tenho agora não é suficiente. Pensa que o mundo é o rio. E as pás do moinho são a representação dos capítulos do meu livro. Eu não quero e nem posso pegar toda a água do rio. Mas, quando os dois se encontrarem, e as pás colherem um pouco da água, a movimentação vai começar, tenho o livro... Eis meu moinho.

Mr. Flag não me falou nada. Nem expliquei de novo.

Perguntei para outras pessoas. Muitas pessoas... E no momento da questão, parecia que a palavra moinho era substituída por santo graal, ET, triângulo das bermudas.

Esqueci. Não, melhor: tudo que fiz foi não esquecer. Pensei na questão por dias e dias sem me concentrar nela. Mas ela estava ali.

E, sim, meu moinho veio na minha direção. Terça-feira à noite. Se apresentou, na realidade, ao meio-dia. Não me dei conta. Foram duas frases que o Mr. Flag falou, às dez da noite, que despertaram um dos maiores insights que já tive.

Coloquei o pijama correndo. E fui para cama. O resultado foram oito páginas de um planejamento alucinante, que vai precisar de muito suor e lágrimas para ficar pronto. Mas que se concretizar um terço do que previ, vai ficar bacana. E diferente. Vamos ver...

outubro 23, 2008

outubro 22, 2008

Sabe quando tu cansa e, simplesmente, não quer trabalhar porque a intenção passa longe de ficar o dia todo escrevendo bobagens sobre empresas e produtos que não têm relação alguma com a tua vida? Sabe quando tu cansa e pensa que, realmente, tem que colocar certas pessoas num limbo e a vontade é gritar para os quatro cantos que os mal-amados e reclamões se afastem de verdade e para sempre? Sabe quando chega a hora de, conseqüentemente, assumir que algumas pessoas fazem mal para a gente e que não pode ser natural insistir em passar tempo ou dar atenção a quem nos machuca e nos agride por motivos que desconhecemos? Sabe quando, também, não adianta tentar fazer tudo e mover montanhas em várias direções e sentidos que mesmo assim as pessoas sempre vão reclamar e achar que merecem mais somente pelo fato de que acham que merecem mais? Sabe quando tu cansa e pensa que, definitivamente, a melhor forma de curar essa ressaca de vida de drinks mornos e fracos é carimbar o passaporte para qualquer lugar e sumir por tempo indefinido? Meu amigo Samir chama isso de mania de perseguição. Eu chamo de saco cheio de tudo que existe.

De volta aos curtos.

outubro 16, 2008

Eu não fui. Mas nossos brinquedos foram hoje no Riverside's e parece que estava ótimo. Na foto, Elmo, designer do Estúdio de Conteúdo. Claro, com a foto do Mano no crachá para enganar e ver se despistava a conta.

outubro 15, 2008

Clicar para ler. Para ler, clicar. Não Newsletter - Nº 1.

outubro 13, 2008

Não-autores na capa da nova edição da revista Aplauso - Antônio Xerxenesky, Carol Bensimon e Diego Grando. Clique na imagem para ler um trecho da matéria. E conhecer a Não-geração.

Então, cedi. Faz parte agora do meu reino um iPod Nano-chromatic prata. Lindo. 8GB. Agradeço ao Mr. Flag pelo presente de Natal adiantado (bem adiantado, hein!). Não tem jeito... Ele não consegue esconder os presentes que vêm da Europa muito tempo... hehehehehehehehe. Obrigada, meu amor!

Agora, tenho que aprender a mexer nesse bichinho... A parte mais fácil que foi abrir o pacote de presente, eu já fiz.

outubro 12, 2008

Eu estava dormindo enquanto os outros sofriam? Estarei dormindo agora? Amanhã, quando eu estiver pensando que acordei, que direi do dia de hoje? Que junto com Estragon, meu amigo, neste lugar, até o cair da noite, eu esperei por Godot? Que Pozzo passou com seu escravo e falou conosco? Sem dúvida. Mas o que haverá de verdade em tudo isso? Ele não saberá nada. Ele falará dos golpes que recebeu e eu lhe darei uma cenoura. Com um pé na cova e um nascimento difícil. Do fundo do buraco, indolentemente, o Coveiro aplica seu fórceps. Temos tempo de envelhecer. O ar está cheio de nossos gritos. Mas o hábito é uma grande surdina. Também para mim alguém está olhando, também sobre mim alguém estará dizendo: Ele está dormindo, ele não sabe nada, deixe-o dormir. Não posso mais continuar. O que foi que eu disse?

Esperando Godot, de Samuel Beckett

outubro 11, 2008

Fui entrevistada pelo Sr. Gustavo Faraon para o jornal CineSemana. Eu e meu Moleskine. Ah, querida Carol Bensimon também.

Para ler, acesse www.cinesemana.com.br e faça o download do PDF com a edição da semana.

outubro 10, 2008

Meu coração... Não sei por que...

outubro 09, 2008

Finalmente alguém me explicou a crise econômica. Óbvio: sem o economês e sem aquelas palavras que (vamos combinar) às vezes não dizem nada.

Acessa o Portal Literal: http://portalliteral.terra.com.br/artigos/entenda-a-crise-economica-sem-economes.

outubro 08, 2008

Esse lançamento reúne alguns fatos inéditos. Será o primeiro lançamento da Não Editora comigo na sociedade (sim, para quem ainda não sabe, sou sócia da Não). E é nosso primeiro lançamento na Livraria Cultura. O livro ficou lindo. E quem se interessar por contos malditos e violentos (sim, olhe a capa, e me diga que não sacou isso), por favor, compareça. Estarei lá fazendo uma bagunça. Como sempre...

outubro 07, 2008

Então eis que me sinto uma blogueira afortunada. Os presentes do exterior continuam a aparecer. Lindos. Pensa comigo: a amiga vai no supermercado (onde, suponho, já seja muito difícil entender o que as embalagens querem dizer), olha um saquinho colorido na prateleira e lembra de mim?

Apresento para vocês um paraíso na Terra. Um lugar com nome esquisito e ao mesmo tempo acolhedor, que abrigou meus amigos Valesca e Dieter. E que (melhor de tudo!) vende saquinhos repletos de balas de goma VERMELHAS. Sim, um verdadeiro sonho para uma verdadeira adoradora de balas de goma vermelhas... Abaixo a prova. Me diz agora: quanto é mesmo uma passagem aérea para Malmöe na Suécia?

Obrigada pela lembrança, querida Valesca.

outubro 06, 2008

Amigo especial. História que merece ser compartilhada. Peripécias de Marcelo nas bibliotecas alemãs. Segue o Mandar pra Lu 3.jpg.

aeeeeeeeeeeeeeeee lu lindona!
ô, olha só, não sei se tu entendeu direitinho, mas eu só achei um livro dele, viu?
conto, pois:

estava eu numa das bibliotecas a estudar e estudar e est..., bem, tu entendeu, solito numa sala DESSE tamanho, em plena sexta de tardita.
dali a pouco desviei e olhei pra prateleira assim, TRI aleatoriamente, e bati os olhos na lombada: PEREC.
rá, lu, pensei!

era uma biografia dele em francês, não entendi lhufas mas tinha umas fotos do cara, daí registrei - aliás em anexo vamos eu e ele, hehe.
daí fiquei ali divagando, tentando ler, uma beleza, meus estudos me esperando e eu ali insistindo.
dali a pouco lembrei dos meus livros que me aguardavam e voltei às vangaurdas européias auf Deutsch.
e daí embalei.
e embalei.
e embalei.

e dali a pouco um tiozinho abriu a porta:
- QUE TÁ FAZENDO AÍ?
- estudando!
- mas tá tudo fechado!
- hein?
- já passou do horário, não tem mais ninguém no prédio! eu nem ia vir aqui, te achei por detalhe. se eu não venho tu fica preso aqui... ATÉ DOMINGO!

bah, tomei uma baita mijada e ainda QUASE passei o finde trancado numa bilbioteca, posso?
teria seu lado divertido, claro, mas não de todo, haha.

daí eu saí e tomei uma Bier por ti e pelo Perec, hehe.

PROST e beijão aí, linda (e saibas que tu tens sido MUITO lembrada pelo amigo aqui),
m.


Saudades tuas, Marcelo. Quando voltar, tem que sair umas Bier por aqui. E a rave... Ah, não me esqueci da rave (hehehehehehehehe).

outubro 05, 2008

Ando em crise de assuntos sérios. Crise de temas para meus contos. Acontece que, então, simplesmente parei de escrever. A notícia boa é que, pela terceira vez no ano, acelerei as leituras. Depois de um ótimo Marçal Aquino, engatei de novo Beckett, com seu Esperando Godot. Daí mesmo que bate o desespero. Claro: quanto tempo vou esperar até realmente fazer alguma coisa? O divino vai iluminar minha cabeça, e vou me tornar criativamente produtiva? Acho que não. O que sei, de verdade, é que acabou o prazo. Essa semana eu vou assistir sem falta Ensaio sobre a Cegueira. Quem sabe amanhã mesmo...

outubro 04, 2008

00 e confirma.

outubro 03, 2008

9 anos de namoro com o Mr. Flag. Namoro? Sim. Hoje. Parabéns Mr. Flag por ser uma fofura e por me agüentar mais excêntrica e enlouquecida do que nunca.

Te amo!

outubro 02, 2008

O título do arquivo é: Mandar pra Lu.jpg

Essa imagem diz muita coisa para mim. Conversa comigo. Mas o que não tem preço, realmente, é um amigo a quilômetros de distância também saber disso.

Marcelo viu Perec na Europa e lembrou de mim.

Lindo! Thanks, amigo!

outubro 01, 2008

O jornal Rascunho, do meu amigo Rogério Pereira, publicou na sua edição de agosto o Decálogo ao Jovem Escritor. Sete autores experientes apresentam seus dez conselhos para os iniciantes. Eu não sei onde está a minha edição, mas o Napp me deu de presente (thanks, sempre-chefe). Matéria preciosa, dicas ainda mais. Segue o meu decálogo preferido.

1. Acredite: não existe inspiração.

2. Escreva. Escreva. Escreva.

3. O talento é a melhor maneira de o escritor estar lento.

4. Conduza sempre caneta e papel no bolso - ou agenda eletrônica: anote tudo o que pensa e quer.

5. Leia muito. Os clássicos, de preferência. Homero, Virgílio, Dante. Mas não esqueça os contemporâneos.

6. Um escritor deve conhecer bem o seu ofício. Estude muito. Estude sempre.

7. As histórias estão bem próximas. Use a memória. Sem medo.

8. Use as condições objetivas: tenha uma boa biblioteca e um lugar reservado para escrever.

9. Um bom prosador deve ler poemas. E um bom poeta deve ler romances, novelas, contos.

10. Seja simples. Mas a simplicidade deve apenas esconder a sofisticação. Aprenda com Machado de Assis, Manuel Bandeira, Carlos Drummond e Autran Dourado.

RAIMUNDO CARRERO é autor de O amor não tem bons sentimentos, Somos pedras que se consomem, entre outros. Vive em Recife (PE) - Jornal Rascunho - Agosto / 2008