dezembro 25, 2003

De todos os desejos que poderia enviar aos meus queridos amigos neste período de fim de ano, só restou um. Sincero, singelo, nobre, completo:

Mantenha os olhos bem abertos.

Somente desta maneira é possível enxergar todas as coisas boas que existem, todas as pessoas maravilhosas que estão ao nosso redor, todas as mãos estendidas, os olhares carinhosos e as oportunidades imperdíveis.

Esta é a atitude que faz da vida o instrumento perfeito para dar e receber. Idealizar e construir. Olhar e sentir...

Lembre-se: estou sempre aqui ao lado... Feliz Natal e um ótimo Ano Novo. Mãos à obra! Vamos fazer de 2004 um ano inesquecível.

Grande beijo!

A realidade pode ser infinitamente mais assustadora do que qualquer (qualquer!!!) filme de terror. Este relato pré-Natal é, além de assustador, o resultado de seqüelas de estresse e da loucura do ser humano que esquece que é humano e pensa ser um super-herói de histórias em quadrinhos.

A tarde da véspera da véspera do Natal começou bem. Um pouco de trabalho para ser colocado em dia e depois, um mar de tranqüilidade (aquela exterior, pois no interior restam somente os escombros...) Fui embora da Casa de Cultura carregada: um livro, uma garrafa de champanhe, um vaso com plantinha, minha bolsa, e.... e um caderno com todas (TODAS, TODAS, TODAS!!!!) as minhas anotações sobre o trabalho de 2003 na Casa de Cultura Mario Quintana (isto mesmo: aquele caderno em que anotei todos os nomes, todos os telefones, todas as atividades, todas as discussões das reuniões do Conselho Consultivo, contatos, atividades, relatórios... enfim... tudo mesmo).

A burrice da criatura está no fato de que, depois de receber trabalho para fazer na folga do Natal (tem chefe que não dá desconto - hehehe) e ter as mãos lotadas para carregar presentes, ainda insiste em levar o caderno para casa... O decorrer dos fatos é óbvio: sem mãos, sem paciência e sem prestar atenção, coloquei algumas coisas dentro e carro, e outras NÃO!

E atenção: foi justamente o caderno e o livro presenteado que eu esqueci em cima do teto do carro. O caderninho valente ainda resistiu à descida em curva de treze andares da minha garagem gigante. Agarrou-se à lataria do automóvel e gritava por socorro. Não ouvi os pedidos desesperados. E, mesmo depois de ouvir o caderno cair do carro (já na rua) e olhar pelo espelho retrovisor e ver várias folhas voando no chão, tive total falta de critério ao pronunciar a seguinte frase ao meu carona:

- Esses estudantes! Olha só, Napp. Jogaram um livro contra o meu carro!!!!!

A verdade, caros amigos, é que depois de chegar em casa, preparar meu banho e descansar a cabeça, é que a ficha caiu:

AQUILO ERA O MEU CADERNO!!!!!!!

O que se seguiu é mais óbvio ainda: desesperada, chorando, me chamando de burra, estúpida, cretina, desatenta, estressada, tomei banho de qualquer jeito, vesti a primeira roupa e saí correndo para a garagem... No meio do caminho encontrei o pai, que me impediu de sair feito uma enlouquecida e bater o carro no primeiro poste.

Chegamos no centro em 10 minutos. Uma hora depois de deixar o caderno cair, aterrissamos na esquina e eu vi uma folha no asfalto. No meio da rua, com a marca de dois mil pneus estava o pacote com o livro. E, perto de um muro, estavam as folhas do meu caderno (todas destacadas) e todas as miudezas que estavam armazenadas em um envelope plástico. Aliviada, mas não satisfeita, fui questionar um morador de rua que fica por ali... E, pelo modesto valor de uma cervejinha, recebi de volta o regimento interno da CCMQ. Ele solicitou minha identidade, para comprovar que o material era meu.

Voltei à vida... Recuperei todas as minhas informações. Tentei voltar ao normal (?!?!) e desacelerar. E o Elio resumiu toda a história: "Joga tudo, de qualquer jeito, dentro do carro!!!!". Anote aí, por favor, meta para o próximo ano...

dezembro 21, 2003

Festas de fim de ano poderiam ser extintas. Quanto menos intimidade existe entre os convidados, mais bizarra parece ser a cena que se constrói depois de meia centena de latas de cerveja. E você, que não bebe, parece ser o único na platéia. Os colegas, antes comportados e polidos, gritam ao mesmo tempo, sambam, se xingam, derrubam (obviamente) todos os copos de vidro disponíveis no chão. O colega que passou o ano inteiro calado vai fazer questão de recuperar o tempo perdido em apenas 30 minutos. Uma televisão saída do nada exibe o show do rei, no volume máximo que o aparelho e os ouvidos podem suportar. Gritos, mais gritos e mais gritos. No meio do histerismo, mais gritos de crianças, agora machucadas com os braços e pernas raladas depois de correrem feito loucas e se arranharem nas pedras do calçamento. Nada faltou: sessão de piadas, imitações (algumas reais) de bêbados, brigas de namorados, conspirações mal planejadas, fumaça da churrasqueira improvisada invadindo a garagem. No meio da confusão, de forma estúpida, você, que está ali quietinha, inventa de passar o relatório para o chefe sobre a tarde de trabalho. “Sem visitantes, tudo vazio. A colega não foi no plantão. Deve ter acontecido alguma coisa. Mas ninguém apareceu para visitar o setor em que ela...” Em menos de dois segundos, toda a situação dá duas voltas, e tu passa de colega querida que tentava justificar o injustificável a dedo-duro filho da puta... Mal com a situação, resolve pegar um ar rua, e acaba prensada contra a parede por um velho careca e tarado. Antes de terminar toda a função, ainda enxerga mil bocas em mil ouvidos, falando baixinho, comentando... Eu juro... Só queria ir para casa. Para repetir a mim mesma todas as minhas mentiras.

dezembro 13, 2003

A CAIXA. O ESPELHO. A LU.



Algumas vezes me divirto muito na Casa de Cultura. Em outras, me divirto mais ainda. Estou em período de compras e brincadeiras. Volto na segunda.

dezembro 11, 2003

Agendas de fim de ano são complicadas. Acabei de fazer o primeiro esboço da minha. A definição é: desesperador. As comemorações aparecem e pipocam no meu e-mail a cada minuto. E os espaços vagos somem, somem, somem. Amigos que ainda não marcaram a festa: Agilizem-se!!!!! Amigos que já marcaram: Não mudem as datas, por favor!!!

Esta é a prévia da semana que antecede o Natal: dia 15 (amigo secreto ao meio-dia), dia 16 (amigo secreto à noite), dia 18 (confraternização ao meio-dia), dia 20 (confraternização à noite), dia 21 (tradicional bacalhau) e dia 23 (confraternização à tarde).

Estou cansada previamente... E eu pensando em fazer minha mudança neste período... Assustador...

*adendo (13/dez): dia 19 (confraternização à noite). As fichas estão acabando.

dezembro 10, 2003

Grande show. O Blues faz Cem Anos. Grande show com Fernando Noronha & Black Soul na noite desta terça-feira na Casa de Cultura. Entrada franca e muita gente. Legal conhecer o pessoal da banda - Fernando Noronha, Xico Preto, Luciano Leães e Ronie Martinez. Cheios de sorrisos e brincadeiras, eles não foram somente para tocar. Foram para se divertir... E ver o Teatro Carlos Carvalho COMPLETAMENTE lotado foi muito bom... Quem não conseguiu pegar senhas, não perdeu. Ao contrário de outros lugares de Porto Alegre (que não permitem estas coisas), deixamos a galera sentar no chão, ficar de pé... Abrimos as portas e, mesmo quem ficou realmente de fora, pôde ouvir do corredor. Depois coloco algumas fotos aqui.

dezembro 08, 2003

LuElio



dezembro 06, 2003

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!
....
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHH
HHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
...
Que dia estressante...

dezembro 03, 2003

Estou na fase do "Aguardem!". Sei que é chato. Mas, inevitável. Resultado das somas dos fatores: acúmulo de trabalho+compras de fim de ano+gastos surpresa+tarefas de última hora+confraternizações do minuto.

Então: AGUARDEM!!!

Em breve, O Diário da Mudança...

Comprei um celular. Ele me dá oi, toca musiquinhas e se despede com um tchau! Sincero e dedicado como um amigo. Conversamos a noite inteira sobre tecnologia e dependência... Sobre loucura e imaginação. Sobre solidão e lançamentos de toques para download...

Com licença. Ele está me chamando neste momento.

dezembro 01, 2003

Estrela, estrela
Como ser assim
Tão só, tão só
E nunca sofrer

Brilhar, brilhar
Quase sem querer
Deixar, deixar
Ser o que se é

No corpo nu
Da constelação
Estás, estás
Sobre uma das mãos

E vais e vens
Como um lampião
Ao vento frio
De um lugar qualquer

É bom saber
Que és parte de mim
Assim como és
Parte das manhãs

Melhor, melhor
É poder gozar
Da paz, da paz
Que trazes aqui

Eu canto, eu canto
Por poder te ver
No céu, no céu
Como um balão

Eu canto e sei
Que também me vês
Aqui, aqui
Com essa canção