agosto 05, 2003

Subi a ladeira. Passo após passo. Até cansar. Entrei onde a seta indicava: "por aqui". Terreno desconhecido. Na minha direita, avistei uma espécie de guarda. Atrás dele, centenas de chaves, de todos os tipos. Sem medo, apertei o botão preto. Depois de analisar por alguns segundos a luz vermelha que se acendeu, embarquei na pequena caixa. Pequena mesmo: um metro por dois. E meus olhos não desgrudaram do visor. Um após o outro...
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A porta se abriu, no momento em que me dei conta de que alguns prédios não possuem o décimo terceiro. Escuro. Escuro. Não encontrei o interruptor. Sequer encontrava o chão. Desta vez, os passos tentavam ser calculados. Sabia que deveria seguir para a esquerda. Mas que será que tinha tomado a esquerda certa? Mais dez passos e resolvi pedir o auxílio do meu fiel escudeiro. De longe, avistei as sinaleiras piscando em tons de laranja. E o barulho habitual e familiar do alarme. Foram cinqüenta longos passos. Dez longas tentativas para abrir o carro. Entrei. Sentei. Desliguei a luz interna. E olhei ao redor. Estava ainda mais escuro quando eu liguei os faróis. Sequer enxerguei as estrelas. Estava totalmente cercada por um mundo de sombras. Reais.

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