agosto 01, 2005

No sábado, visitei uma amiga. Entrando no apartamento, não tive a menor dúvida. Ela é uma mãe. Em um mês de mudanças radicais na vida, ela já vestiu aquela capa com o M maiúsculo. Uma superMãe. Conversa com a filhota, reconhece a quilômetros de distância todos os tipos existentes de choro, pega a criança com uma mão só e acomoda, canta até ela adormecer. Disse que quer me treinar, que podemos fazer um intensivo. Pensei em explicar que não seria possível. Esta parece ser uma realidade distante na minha vida. Tenho corpo de criança, poucas pessoas atestam que tenho mais de 19 anos. Fico com medo de tudo que ainda tenho para aprender. Hey! Nem o Mr. Flag me chama de esposa. Para ele, ainda não passei da fase noiva. Como serei mãe assim? Ontem, bateu o pavor: saí arrumando toda a casa, lavando toda a roupa, recolhendo todo o lixo. Antes de cuidar de um bebê, tenho que aprender a cuidar da casa. Ai, obsessão. E criei um choro imaginário, me acompanhando por todos os cantos. Também pensei em alguns risinhos. E também treinei em xingar um pouco o Mr. Flag e o seu futebol de domingo à noite. Me deu uma espécie de saudade, do que ainda não conheço. E antes que todo mundo pense o que todo mundo está pensando: não, não estou grávida.

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