Sim, eu estava cansada. Pareço um disco arranhado quando digo isto... O certo é que, no sábado, parei de raciocinar. Eis que a confusão reina... Fomos ao casamento da Ju e do Kau. Estava um pouco nervosa. Pela primeira vez, fazíamos parte do grupo de padrinhos no religioso. Depois de uma breve espera, estávamos enfileirados para a entrada até o altar. Orgulhosa do meu vestido, olhei para o Elio e dei dois passos.
CAOS!! Meu sapato estava escapando do pé. Sapato novo. Eu não conhecia ele muito bem. O resultado foi que me encaminhei até o altar sob o olhar de todos os convidados e tentando, ao mesmo tempo, caminhar e segurar meu sapato "social chique".
O desespero se repetiu na saída de igreja, andando até o carro, chegando na festa, caminhando pelo salão, tirando fotos. Eu tinha uma única vontade: arremessar aquele bico fino o mais longe possível. Como não podia ficar descalça, adotei a técnica: "Agora você vai ver, sapatinho".
Fui até o banheiro e, me sentindo ridícula, obviamente, coloquei 1 guardanapo e 3 metros de papel em cada sapato. Sobrevivi até o fim da festa. Mas o pior vem agora...
Ontem, voltei a raciocinar. E, olhando para o par, como quem não quer nada, já deitada na cama e com meu livro na mão, a lâmpada sobre a minha cabeça acendeu: aquela presilha lateral servia mais do que um mero enfeite com um strass que insistia em tentar arrancar minha meia... Ela era a salvação da festa. Bastaria apertar dois furos. Dois furos. E eu nunca mais precisaria andar como uma pata choca que se dirige ao laguinho para cuidar dos patinhos e tomar um sol em um domingo pela manhã...
junho 02, 2003
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