maio 04, 2005

Perimetral. 19 horas. Páro na sinaleira. Um rapaz, com o braço direito quebrado, inicia uma aproximação. Na mão esquerda, um esfrega vidros molhado em água suja. De dentro do carro, vou balançando o dedo indicador, com firmeza. Para a esquerda, para a direita. A cabeça acompanha o movimento. Não, muito obrigado. Não, muito obrigado. Instintivamente, ele entende. Essa mina não tem grana. E eis que surge a proposta mais inusitada que já ouvi num sinal de trânsito: Não te preocupa. Tu me paga assim que receber teu salário. Ah! Por que não falou antes?!

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