outubro 15, 2006

Algumas pessoas são ligadas em álcool. Outras preferem baratos mais fortes. Outras, ainda, curtem lances que sequer ouvi falar. Mas eu... Descobri que curto trabalho. Difícil, daqueles que dói só de olhar. Do tipo que faz muitos fugirem logo após a checagem do desafio. Aquele que se trabalha, trabalha, trabalha, e parece que as folhas somem lentamente. Como algo monumental. O barato é indescritível. Tira uma força de dentro, uma inconsciência responsável, a total ignorância do celular e do convite de amigos para jantas. Quem precisa comer, afinal de contas? Uma sensação fenomenal. Que faz o tempo se perder, o dia correr. E quando se vê, já é noite. A lua está ali. A cidade está molhada... Choveu? As costas viraram pedregulhos. Os olhos estão secos como vidros. As mãos moídas. E a cabeça... a cabeça... hummm. Não consegue mais lembrar de nada. Então, se chega aqui. O buraco do poço mais escuro do mundo. Um lugar separado do real, que inspira o desejo de parar em qualquer cantinho e descansar. Só cinco minutos, por favor. Cinco... Dormir, bem rapidinho... E depois acordar. E lembrar que o arquivo ainda existe. E que o corpo não está mais tão dolorido. Quem sabe mais um pouquinho? Só uma dose? Só hoje...

Nenhum comentário: