setembro 13, 2004

Eu encontrei este texto no meu computador. Abandonado. Acredito que tenha sido produzido no início de julho...

Este é um tempo de constatações. Acabo pensando mais do que externando. Tudo e qualquer coisa. Então, passei dois fins de semana em Gramado. Um deles acabou comigo, me deixou repleta de dúvidas. O outro renovou minhas energias. Mas continuo achando tudo um pouco estranho. Saco cheio mesmo. Por exemplo, estou achando este blog muito ruim. Por isto parei de escrever um tempo. Não consigo encontrar um programa de televisão decente. E quando ligo o aparelho, me deparo com o comercial-surreal de um xampu com extrato de guaraná. Pego um livro e sou tomada por uma crise de sono. Deito na cama e a preguiça vai embora. Durmo tarde. Acordo mais tarde ainda. Chego atrasada. Estou sempre correndo. As pilhas de trabalho se acumulam na minha frente e eu não faço nada. Fico parada. Contando as nuvens, entrando de vez em quando no Orkut, pensando nos amigos que foram e nos que estão voltando. Ó dúvida cruel: serei mais feliz se largar um dos meus empregos e ficar com minha renda mensal encolhida? Terei mais tempo para planejar novos projetos, executar trabalhos extras, estabelecer parcerias. Será que consigo sobreviver com a grana curta? E me mexer? E fazer acontecer?

Tchán, tchán, tchán, tchán!

A verdade é que, no início de setembro, larguei um dos meus empregos. E dois motivos provocaram o meu afastamento do blog. Um deles foi a correria, para acertar todos os trabalhos pendentes e largar meu cargo de jornalista no Conselho de Administração (CRA/RS). O outro motivo é Isabela. Isto, mesmo... uma mulher. Isabela é minha criação, uma personagem que está acompanhando minha trajetória na Oficina de Criação Literária do Assis Brasil. Fui aceita no início de agosto e, desde então, tenho produzido mais textos no mundo real do que no virtual.

Esta é minha primeira semana longe do CRA/RS. E, como a inspiração de Isabela ainda não apareceu, aproveitei para atualizar o 50kg.

Voltei. Agora será com mais freqüência. Estava com saudades dos meus cinco leitores.

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