fevereiro 02, 2006

Inventei de elaborar uma lista sobre a minha viagem à Bahia. Isso vai servir para que eu me lembre das coisas que eu passei e para os amigos que ainda não se encontraram comigo saibam tudinho...

Segue cada um dos episódios:

MOMENTO SALVADOR: Descendo do aeroporto, me integrei à cidade. Nada de pegar táxi. De mapa e mala na mão, peguei um ônibus até Rio Vermelho e, depois de fazer o check in no Íbis, segui em outro ônibus até o Pelourinho. Economia total, diversão legal e entrosamento com as pessoas. Era isso que eu queria. O povo de Salvador é show. Show mesmo. Atendem bem o turista, dão dicas preciosas e não ficam te olhando com uma cara estranha quando ouvem: "Sim, estou sozinha". Está repleto de turistas malucos que conhecem Salvador como eu fiz.

MOMENTO CHORO: Sim. Eu não podia viajar sem chorar. E foi lindo. Foi algo que não vou esquecer com certeza. Depois de visitar o Mercado Modelo e encarar o Elevador Lacerda (que eu achei o máximo), cheguei no Pelourinho. E foi paixão (arrebatadora) à primeira vista. Lindo, lindo, lindo... Um vendedor que me parou logo depois do elevador, me deu umas dicas e dois presentes. Foi o que bastou para que nenhum (nenhum mesmo) vendedor me incomodasse durante as cinco horas que eu fiquei lá. Código secretos das cidades turísticas. Visitei cada canto, cada igreja, cada ladeira e rua do Pelourinho. E, quando entrei na Igreja de São Francisco de Assis, não consegui me controlar. Chorei um pouco, coloquei os óculos escuros, e fiquei rezando, pedindo tudo de bom para "os meus".

MOMENTO NOVO AMIGO: Me despedindo do Pelourinho, decidi conhecer a Igreja do Bomfim. Na Terreiro de Jesus, encontrei um ponto de táxi. O primeiro deles estava vazio. Parei, e olhei para todos os lados, esperando que o motorista se manifestasse. Ele se manifestou. Estava logo ali, aproveitando a sombra de uma árvore. Fui logo perguntado: "Quanto sai para ir até a Igreja do Bomfim?". Uns 17 reais, ele respondeu. Achei que valia, levando em consideração que o táxi em Salvador é caro. Entrei no táxi e, um minuto depois, eu já estava conversando e rindo das histórias que ele contava, achando que já conhecia o José Carlos há anos. Além de cumprir a promessa (a corrida até a igreja saiu por R$ 16,50), ele ficou lá me esperando, me mostrou outros pontos turísticos e me deixou no Rio Vermelho. Na volta, liguei para o celular dele e combinei o trecho do ferry-boat até o aeroporto. Gente muito fina, baiano muito bacana.

MOMENTO CLUB MED: Foi um verdadeiro choque cultural para mim. Não pensava que poderia existir tamanha estranheza no mundo. E a minha amiga e GO Letícia me obrigava a dançar todos os crazy e ir a todos os shows. Além disso, ela fez uma agenda interminável de atividades, como caminhada, alongamento, trapézio, arco e flecha, forró e night club. No segundo dia, estava mais cansada do que nunca. No último dia, ainda estava achando graça de tudo...



MOMENTO AVENTURA: Cansada do Club, resolvi me aventurar sozinha pelas ilhas e praias da região. Novamente com o povo... Na mordomia, não conhecemos o mundo como ele realmente é. Saí do Club e peguei uma van na rodovia. Segui até Bom Despacho e de lá peguei uma condução até Ponta do Curral. Peguei um barco e 40 minutos depois estava em Morro de São Paulo. Caminhei no sol, tirei fotos de todas as praias, pedi informações. Resolvi me estabelecer na praia 4 e, calmamente, esperar pela subida da maré. Consegui uma mesa bacana no Pimenta Rosa. Antes do almoço, conheci dois casais de suíços. Eles ficaram felizes em finalmente encontrar alguém que falasse inglês, e sorriram quando os convidei para sentarem comigo. Conversamos muito. Eles também queriam informações sobre Amazônia e Foz do Iguaçu. Me pagaram um delicioso suco de maracujá. Almoçamos juntos e eu segui minha viagem.

MOMENTO LINDO: Morro de São Paulo é lindo, lindo, lindo, lindo, lindo, lindo, lindo. Pena que não pude descer na Tirolesa. Seria difícil conseguir um lugar para deixar minhas coisas... Uma peninha.



MOMENTO O RETORNO: deixando Morro de São Paulo, a volta para Itaparica foi uma viagem completa. E esta parte também reúne os Momentos Sufoco, Paciência e Nervosismo. No atracadouro de Morro, peguei um barco até Valença. Não quis esperar a lancha rápida, então arquei com uma viagem de duas horas de barco. Não chegava nunca. O consolo foi a paisagem lindíssima e 15 fotos e mais na máquina digital. Chegando em Valença, peguei um táxi até a rodoviária e comprei uma passagem até Bom Despacho. Cinco minutos depois, o ônibus chegou. E também a surpresa: todos os que embarcaram em Valença não tinham assento no ônibus. Tudo lotado... Apertada no corredor do ônibus, eu ouvia o bate-boca dos passageiros e a indignação do motorista, enquanto o pessoal da rodoviária empurrava mais pessoas para dentro... Cinco minutos e muito calor depois, um ônibus vazio encostou no lado do nosso... Todos os que estavam em pé desceram. Como eu achei o motorista simpático, e ele iria me avisar quando estivéssemos perto do Club Med, resolvi ficar, mesmo com a insistência de alguns passageiros para que eu descesse. Permaneci de pé por uns bons 20 quilômetros. Em Nazaré, algumas pessoas desceram, e eu consegui lugar ao lado de uma baiana muito querida, que me deu as dicas para desembarcar tranqüila. Cheguei no Club às 20h30min, mais de 12 horas depois do início da jornada.

MOMENTO O RETORNO À REALIDADE: Aventura sozinha novamente... Saí de táxi do Club às 20h30min. Às 20h55min cheguei em Bom Despacho e comprei a passagem para o ferry-boat. O barco imenso e assustador, repleto de gente e carros, saiu às 20h15min (a Bahia não tem horário de verão). Às 21h15min desembarquei em Salvador e segui no táxi do José Carlos até o aeroporto. O vôo partiu às 23h10min. Cheguei em Guarulhos às 2h20min do horário de verão... Dormi em Guarulhos por duas horas, tentando me acomodar da melhor maneira possível entre duas cadeiras. E embarquei para Porto Alegre às 4h15min, chegando na gloriosa capital gaúcha às 6h. Um trapo, cansada, arrastando a mala e os pés... Mas feliz. E sabendo de cor todas as 187 fotos que eu tirei na viagem.

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