Sábado pela manhã. Primeiro, o ar começou a faltar. Depois, com a fraqueza das pernas, uma náusea desceu do peito e se instalou na parte mais baixa da barriga. Nocaute. Dor, dor, dor. Uma sensação de mal-estar. Descontrole. Incontrolável, por mais que eu tentasse. Para minimizar a queda da pressão, abri as janelas. E deixei o frio encostar nas minhas costas até doerem também. Mr. Flag me deu dois comprimidos de Buscopan e um copo d’água. Tomei. Não conseguia falar. Não consegui pedir que não fosse ao futebol. Chorei de vergonha, de medo, de decepção. Lembro de falar com a mãe no telefone. Ela estava preocupada, pois dificilmente meu celular está desligado ao meio-dia. "Não deu tempo, mãe." Mr. Flag foi jogar. E eu fiquei sozinha. Debaixo do edredom. Torcendo para melhorar, apertando a barriga. Adormeci. Acordei com o telefone, e meu pai dizendo: vim te buscar. "Vai passar mal na nossa casa, e não aqui sozinha." Voltei a ter sete anos de idade, de cabelos loiros claros bem lisos, e bochechas rosadas. E adorei. Passei o sábado recebendo carinhos. Até o horário da janta... Se fosse possível, transformava esse carinho em pílulas. Cura tudo. Remédio mais eficaz e santo que esse não existe.
maio 28, 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
4 comentários:
Nossa... queria um pouco disso também... essa semana começou punk... tá foda...
Um beijo...
Semana punk? Nada que uma Mana Moicana não dê jeito! Prende o grito aí que eu tapeio quem for preciso. Ok?
Beijos!
Eu ajudei a cuidar!
Toh orgulhosa da tua melhora :)
Queria poder fazer mais do que isso... Sabes o que quero dizer...
:(
Mana Moicana agradece!!!!
E tu está bem hoje? Me avisa qualquer coisa.
Beijos
Postar um comentário