agosto 07, 2008

Eu comecei a delirar. Cozinhava e, ao mesmo tempo, serrava madeiras para montar o restaurante onde serviria as pessoas depois. E mexia o arroz, e pintava a parede de preto com bolinhas brancas. Às vezes, rosa. Pedi o termômetro. Olhei o relógio. 39 graus. 2 da manhã. Comecei a tremer. Minha carne como gelo. Brrrrrrrr... Sem parar. Mr. Flag, no desespero, meteu uma colher cheia de mel na minha boca. Mel de Tio Hugo. Na hora, meu desespero maior foi sequer imaginar de onde ele tirou aquele vidro cheio de mel de Tio Hugo. Onde fica essa cidade afinal? A gosma aliviou a dor na garganta. Em seguida, ele trouxe Naldecon noite. Engoli rápido. E, enquanto finalmente apagava, larguei baldes de tinta, pincel e serrote, e só pensei: devia ter me entupido de remédios antes... Por que fui escutar o Dr. Drauzio? Drogas, eu preciso de drogas!!! Acordei melhor ontem. E acordei beeeeem melhor hoje. Imagina amanhã, então... Bah!

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