Estávamos na sala conversando. Na realidade, fazendo quase uma reunião de pauta, às 8 da noite, no sofá da sala. Na realidade real, a verdade é que Mr. Flag me substituiu no emprego que resolvi largar. Isso há pouco mais de 15 dias. Então, estamos numa fase de adaptação. Eu ensino o que sei. E ele aprende o que ainda não domina dos trâmites do lugar. Outra verdade é que nosso primeiro choque foi a readaptação à rotina doméstica. Voltamos a nos encontrar dentro do nosso apartamento depois de quase dois anos. Difícil, difícil... A segunda, que envolve somente o lado profissional, é moleza. Quem briga definindo as matérias de um jornal bimestral de dez páginas? Nós, não. Quer dizer... quase não. Em plena página 09, me dei conta que estava aos gritos. Tentava explicar como ele devia solicitar as duas tabelas que são sempre publicadas na seção. E eu gritava... Ele me respondeu... E falou ainda mais alto. Algo parecia estar fora da ordem. E não era somente o botão de agudo e grave das nossas vozes... Era o volume mesmo. Estávamos competindo com outra coisa... Porque não estávamos zangados, nem tão atarefados, nem nervosos, um pouco cansados... Mas esse cheiro... Estranho... Foi aí que sentimos. Algo gritava mais do que nós dois juntos... Clamando por socorro na área de serviço e, sim, já enviando sinais de fumaça para os patetas na sala. A nossa amada e tão dedicada máquina de lavar estava pegando fogo. Batendo ferro com ferro, não girava em plena centrifugação e o motor, sem entender que devia parar, continuava na sua meta de girar, girar, girar... Queimou... Tiramos da tomada e abrimos a janela. Mas, daí, o que se faz com quatro quilos de roupas semi-lavadas e totalmente encharcadas? Voltemos ao jornalismo...
agosto 04, 2007
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3 comentários:
Bah, ficar sem máquina de lavar é fogo!!!!
essas discussões jornalísticas hehehee É complicado, ainda mais quando a pessoa com quem discutimos é importante para nós. Mas a revista sai perfeita no final! ;)
Ih, Nessita... Mais fácil (muuuuuito mais fácil) eu e Mr. Flag brigarmos na locadora - hehehehehehehe...
Beijos!
Como se diz, roupa suja se lava em casa. Mas um outro poderia, fabuleiro, retrucar: nem toda máquina deseja roupa suja. Mas, afinal, quem pode lavar o que não se limpa sem mais sujar? Sujo até o branco, como já dizia Drummond.
Gostei muito do seu blog! Até.
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