novembro 06, 2007

Andava me sentindo meio assim... Além de doente... Meio assim. Enxergando para todo o canto que olhava um casaco rosa que a Sassá usava nos tempos de Casa de Cultura. Me deu uma saudade. E uma raiva por ser tão impulsiva e inconseqüente, por ter causado a perda de algo que era tão bom. E, bom também, porque achei que tinha aprendido uma lição. Mas daí, meio assim, fiquei paranóica. A Déia sumiu e não me deu mais notícias, e nem recado no blog. Criei coragem e perguntei. Eu sempre pergunto. Quase assim... Disse que não era nada, não... Que eu estava paranóica. Me deu uma saudade também. Daí, muito assim, fiquei doente do coração. Tipo machucado que dói, e parece que não cicatriza. E, nem curativo adianta. Tapar assim só aumenta a ferida. Duas das pessoas que eu mais amo vão me abandonar. Vou ficar sem vê-las todos os dias, sem trocar idéias sobre o trabalho, sem projetar e vivenciar o que eu estou esperando desse futuro que nem parece tão distante assim mais. Eu já sinto isso. E fiquei dias sem saber como agir. Querendo não deixar que, de novo, a minha impulsividade chegasse como pés desmoronando a areia que nem castelo mais lembraria. Daí, fiquei magoada assim... Me sentindo meio assim. Fiz a promessa, com os olhos fechados, de, independente do que acontecer, não deixar nada estragar a amizade. E entender, de uma vez por todas assim, que as pessoas merecem ser felizes... Mesmo que longe de mim. Daí, total assim, eu fiquei hoje além do horário no escritório. Não tinha vontade de desgrudar os olhos de um pôr-do-sol dourado que insistia em invadir a janela. E pensei que não poderia falar com a Sassá, ou com a Déia, ou com a Ângela, ou com o Mano. E queria que algo legal acontecesse. E aí, aconteceu:

eis que no afã de fazer um agrado à minha amiga linda querida adorável do coração, fui à cata!
e... ACHEI!!!

obviamente o objetivo era mandar baixar lá do outro lado do atlântico e te entregar em mãos, mas como tou enrolado com isso faz diiiiiias e as correrias tão grandes, te mando agora.

entonces: tomalá!

beeeeem, espero q consiga mandar vir, bom proveito e talicoisa e coisital.

nos falamos, linda, bjãozão,
m.

Recebi o e-mail e quase chorei. Quase abri a janela e gritei para o sol que aquilo era bom demais. E deixei o escritório flutuando. Obrigada, Marcelo. Tu és (definitivamente) muito especial pra mim. E espero, sempre, muitas discussões sobre Perec pra gente... Se possível, com todas as letras do alfabeto e idéias possíveis... Um beijo do tamanho da vida e de todas as bulas que existem pra ela (principalmente a literária...).

3 comentários:

Nessita! disse...

é importante a gente entender isso de as pessoas serem felizes - mesmo que longe da gente. é importante pq às vezes também ficamos longe de pessoas que nos estimam, e não é por mal, é só a vida que coloca algumas curvas no caminho.

e o melhor é que sempre tem um amigo especial para sentir como a gente está e mandar uma notícia exatamente na hora em que mais precisamos!

beijão, guria!

Anônimo disse...

lulu, não sumi (embora às vezes tenha muita vontade!!). estou apenas trabalhando muito, muito mesmo... mas acho que ninguém melhor do que tu pra entender isso, né?
seja como for, amigo de verdade a gente não perde pelo caminho, e eu continuo aqui, com ambos os ombros e os ouvidos à disposição!
beijos.

IcaroReverso disse...

Amigos que a gente pesca por aí. Por aí vão mar adiante. Pra gente sobra a fossa dentre corais. Que a beleza da gente continue a encantar viajantes...