Sempre está chovendo em alguma parte do mundo, eu digo.
É um pensamento que me acalma, a proximidade da água, a transformação de um fenômeno da natureza metamorfoseado magicamente em bênção, o modo como a chuva ameniza a feiúra do concreto. Um dia de chuva acrescenta-me a sensação de limpeza. Há bondade no ozônio.
Ele ri, meio desnorteado, olha para os cantos, até encontrar as quarenta e quatro fotografias de Caio, 15 x 20, em preto-e-branco, dispostas por Ceres, lado a lado na parede verde. Olho para o Ciclista. Tenho vontade de perguntar o que ele faz nos dias de chuva. Acho engraçado perceber a bênção de uns transformada na maldição de outros.
Assim é a vida.
O ciclista, de Walther Moreira Santos
novembro 27, 2008
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2 comentários:
Lu, minha linda, saudades!
Que honra ser lembrado por você!
Walther! Saudades tuas também. O Napp me emprestou O Ciclista. Eu adorei! Gostei muito, verdade. Parabéns! Pelo livro e pelo prêmio!
Beijos!!
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