Fiquei viciada nos cartões de débito. Eles são aceitos em quase todos os lugares e são, até mesmo, mais práticos do que ter dinheiro na carteira. Ruim, ruim de verdade, é quando descobrimos que eles não são o nosso pote cheio de ouro no fim do arco-íris. Eles também falham. E, se não é por falta de saldo, é a fatídica frase: o sistema está fora do ar. Justo no dia em que eu, a personagem principal da minha vida, entrei no supermercado para comprar a minha janta divertida na terça-feira solitária, e tinha apenas (nada mais, nada menos) dois reais na carteira. Cheguei a me imaginar preenchendo o cheque: sete reais e cinqüenta e quatro centavos... Então, fiquei no meio do corredor, com o cartão em uma mão, e a sacola de compras na outra. Esperando... e pensando nas formas alternativas possíveis de pagamento. Maldito sistema... Mas eis que fui salva pelo cavaleiro da ordem secreta das maquininhas que sempre funcionam. Sempre... Agradeci a gentileza de tão nobre atitude. E segui para o castelo encantado. Minha versão moderna de conto de fadas.
janeiro 04, 2006
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