janeiro 22, 2006

Vi a sugestão no blog do Milton Ribeiro. E gostei da idéia de fazer um currículo pessoal. Aí vai o meu.

1) Nasci num fim de tarde de março. Um pôr-do-sol lindo, me dizendo que eu estava pronta para o mundo e deveria aproveitá-lo. Mas tenho fases: de ficar em casa durante meses, sem pegar o telefone e ligar para alguém. E de sair todos os dias e todas as noites para conhecer lugares e pessoas. Acho que a culpa é do meu ascendente em libra e da minha lua em câncer. Só pode ser.

2) Eu tenho mania por trabalho. E sou psicótica por perfeição desde criança. Isso faz com que eu seja uma chata várias vezes.

3) Eu tenho medo. Mas quando o perco, enlouqueço de vez. Sim, sou meio pirada, e daí?!?!?

4) Eu me machuquei de todos os jeitos possíveis quando era criança. Na realidade, sempre fui um moleque. Subia em todas as árvores, nadava no rio, dirigia escondido o carro do meu pai, ralava os joelhos e os cotovelos em qualquer canto, roia unhas desesperadamente, caía e levantava. Um osso eu só fui quebrar depois de adulta. E foi o penúltimo dedinho do pé direito, numa aula de yoga.

5) Uma vez quando pequena eu me queimei feio. Caí em cima de um fogão a lenha. Queimei o pescoço. E tenho uma cicatriz de meio centímetro graças aos cuidados da minha mãe.

6) Eu tenho alguns amigos. Verdadeiros amigos. Do colégio não sobrou quase nenhum. Da faculdade tenho os companheiros de bar e de risadas. E do trabalho, os amigos sempre vão e vem. E alguns ficam. Tenho amigos que conheci na Internet, e tenho amizade que só consigo manter através da Web, pela nossa distância.

7) Depois de quatro anos, tive coragem e me matriculei na oficina do Professor Assis Brasil. Depois de um ano, tive mais coragem ainda e participei da edição de um livro. Ainda tenho um frio na barriga. E isso faz com que novas idéias surjam para o meu livro. Graças a Deus.

8) Já entrevistei muita gente legal na minha vida de jornalista. Uma vez, conheci Antonio Skármeta. Ele foi um amor comigo nas duas vezes que nos encontramos.

9) Morei com os meus pais até os 26 anos. Volto duas vezes por semana para visitá-los. E a coisa que eu mais gosto é que a gente ri muito quando está junto. Até mesmo na hora do jantar.

10) Tenho uma tatuagem nas costas. Fiz em 1996. Na verdade, quem queria mesmo se tatuar era a minha irmã. Por amor, eu fiz antes, só para mostrar pra ela que não doía tanto assim.

11) Faço yoga duas vezes por semana. Mas ainda não consegui deixar de comer carne.

12) Choro duas vezes por semana. De tristeza e de alegria.

13) Quando eu dou risada, faço escândalo. Mas não consigo me controlar se acho algo muito engraçado.

14) Meu melhor amigo tem mais do que o dobro da minha idade. Ele é poeta. Quer que eu seja escritora. E se diverte com as loucuras que eu falo todos os dias.

15) Um dos grandes amores da minha vida é vermelho, tem quatro rodas e motor 1.6. Tem nome: Dequinho. E me entende e ajuda como ninguém. É por isso que não deixo ele ir embora nunca.

16) Tenho adoração pelo novo. E principalmente por comidas exóticas e diferentes. Provo tudo sem medo. Adoro carne de búfalo com geléia de framboesa.

17) Nunca gostei muito de chocolate. Hoje em dia não posso mais comer doces por ordens médicas. Nunca gostei de pizza. E sorvete me enjoa rápido.

18) Já sofri um ano inteiro por amor. O médico disse que não, mas tenho certeza de que ficou uma cicatriz bem aqui no meu peito. Quando assisto a um filme ou leio um livro triste, essa cicatriz dói.

19) Já fiz loucuras por amor. Hoje estou mais calma.

20) A primeira impressão que tenho das pessoas é sempre a errada. Sempre.

21) Tenho muito medo de ser rejeitada. E mais medo ainda de que as pessoas não gostem de mim. Mas tem dias que eu esqueço isso. E daí brigo com todo mundo.

22) Queria viajar pelo mundo todo.

23) Quando eu fico braba, xingo, praguejo e falo palavrões por horas seguidas. Uma vez, até dei um soco na parede. Um minuto depois, esqueço tudo completamente.

24) Não tenho medo de me mostrar. Mas, se não quiser, ninguém me obriga a abrir a boca.

25) Um dia, quero ter um filho. E vou tentar ao máximo não obrigá-lo a ser igual a mim.

26) Gostei disso. Vou fazer novamente outro dia.

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