Estamos aqui. Sentados. Esperando. A sensação é de uma angústia. Alguém brincou que podemos estar acomodados na areia, só esperando que uma grande onda venha e nos derrube. Alguns dizem já ouvir o barulho da água se movimentando na nossa direção. Outros resolvem caminhar para o mar, buscando uma última tentativa ou o fim certo. Mas ninguém está alheio. Tudo piora ainda mais porque o ar sufoca, porque o ventilador faz barulho, e é impossível se concentrar. Porque se o telefone toca, logo aparecem pessoas no corredor, querendo saber qual é a notícia. E se decepcionam ao descobrir que era engano. Será que é engano mesmo? Uns diriam que isso já estava definido. Que estamos interpretando o dramalhão mexicano, ao tentarmos nos agarrar no chão ou nas árvores. Acho que o confronto não será evitado. E a mudança acontecerá. De uma forma ou de outra. Já está tudo diferente. É muito confuso esperar ouvir Não, quando o Sim está cravado na cabeça.
janeiro 04, 2007
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