janeiro 30, 2007

A pergunta que as pessoas têm feito muito na última semana:

"E aí, já deu tempo de fazer nada?"

E a resposta que sempre dou, nessa semana de recém-exonerada:

"Meu Deus! Desde o dia 22 de janeiro não parei um só segundo!"

Emendei o recém-descoberto desemprego com uma contratação instantânea para dois dias de trabalho, mais uma entrega de livros e outra assinatura de recibos. Depois, entrei na turbulência do trabalho de pós-graduação. Só apertar os cintos não foi suficiente. A fuselagem sacudiu para valer no bairro Rubem Berta. Na sexta-feira, fiquei duas horas na rua. Esperando a minha entrevistada aparecer. O que não aconteceu. Em compensação, vi até uma faca que me arrepiou completamente a espinha. Por sorte, ela não estava tão perto de mim, e mais sorte ainda foi que consegui manter meus olhos longe do rapaz que a portava. Foi nesse minuto, que conheci a personagem para a minha última matéria do pós. E conversamos na calçada, que de calçada não tinha nada, e na chuva, que quase não molhava a gente, mesmo que a folha do bloco tivesse ficado encharcada. Então, passei a noite de sexta-feira imaginando como poderia contar a vida da Maria Cristina, do bairro onde ela mora. E tive algumas idéias. Escrevi o sábado todo. Escrevi o domingo todo. Às 21h, com a segunda-feira apontando na curva, terminei o texto. Hoje eu entreguei. Agora, só falta o ensaio. Só. Uns 12 livros para ler. Algumas 20 páginas para escrever. E amanhã (que já é hoje e o sono foi embora) tenho uma agenda cheia de coisas para fazer.

Então, pode fazer a pergunta de novo!!!

"Lu, e aí, já deu tempo de fazer nada?"

"Tempo? Nada? Que coisas são essas? Do que essas pessoas estão falando?!?!?!"

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