As pessoas que conheci com o passar dos anos freqüentemente me perguntavam com o que eu estava trabalhando, e eu normalmente respondia que o principal era um livro sobre Dresden.
Um dia disse isso a Harrison Starr, o cineasta. Ele ergueu as sobrancelhas e perguntou:
- É um livro de guerra?
- É, respondi. - Acho que sim.
- Sabe o que eu digo às pessoas quando fico sabendo que elas estão escrevendo livros antiguerra?
- Não. O que é que você diz, Harrison Starr?
- Eu pergunto: "Por que você não escreve um livro antigeleiras?"
É claro que o que ele quis dizer foi que sempre haveria guerras, e que elas eram tão passíveis de serem evitadas como as geleiras. Eu também acredito nisso.
E mesmo que as guerras não continuassem existindo, como as geleiras, ainda assim haveria a boa e velha morte.
Matadouro 5, de Kurt Vonnegut
janeiro 18, 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
É que ele, o Kurt V, vê tudo ao contrário... como todo narcisista.
Mas, a sua fragmentação literária até que é bem criativa.
Bjnho.
Nancy,
Meu lado inocente e egocêntrico adora Vonnegut. Li teu comentário e escrevi um post. Vou publicar agora! heheheheh
Beijos!
Postar um comentário