Ontem terminei o dia com um suspiro. De alívio, de orgullho. Finalizei a sexta-feira me considerando, "modestamente", um ser dotado de poderes especiais para o campo da superação de desafios. Acompanhe a jornada.
7h45 - Larguei meus irmãos universitários na PUC.
8h10 - Adentrei a Gráfica Calábria (que fica muito longe do meu ponto de partida) para corrigir oito páginas e liberar o jornal para a impressão de 17 mil exemplares.
10h55 - Saí a mil com o meu gol para chegar na Carlos Gomes, estacionar o carro em um Safe Park (muito caro!!!) e chamar minha irmã. A Maricota desceu do 7º andar do prédio e pegou os documentos e a chave.
11h02 - Peguei um táxi e fui direto para o Hospital Moinhos de Vento.
11h28 - Cheguei a tempo na sala de espera do 2º andar, e consegui me despedir do Elio. Queria que ele me visse e soubesse que eu estava lá esperando por ele. Dois minutos depois, os médicos o chamaram.
11h30 a 13h15 - Tempo que durou a espera e o procedimento de endoscopia do Elio. Neste período, almocei (como é caro comer na cafeteria do hospital!!!), li, caminhei um pouco e atendi cinco pessoas no meu celular.
13h30 a 14h - Levei o Elio para casa e o coloquei para dormir.
14h15 a 15h40 - Trajeto do apê do Elio até o Centro.
15h45 - Cheguei na CCMQ, lotada de trabalho para fazer. Correria, correria.
15h55 a 18h - Envio de releases, atualização da agenda da Casa, contato com jornalistas, solução de problemas. Ah! Consegui finalmente ir no banheiro neste período.
18h05 - Início do coquetel de lançamento da revista Et Cetera. Auxiliei a equipe da TVE, entreguei um exemplar da publicação para o Pellizzari, encontrei a Nóia e a Jussara da Feira do Livro. O tempo passou rápido.
19h15 - Liguei para o Elio avisando que sairia da CCMQ.
19h30 - Fui embora da casa e peguei o carro.
20h05 - Cheguei no apê do Elio, conversamos um pouco, pegamos as roupas para secar e corremos para a casa da minha mãe e do meu pai para jantar.
20h45 - Início da janta. Comi em 30 minutos e fui tomar banho.
21h50 - Nos encaminhamos e passamos no super.
22h20 - Chegamos no apê do Elio. Assisti um pouco de TV e capotei no sofá.
23h18 - Acordei com uma música tenebrosa na tevê, um cara gritando... Horror. Fui para a cama. E não me lembro de mais nada, nem de dado boa noite para o Elio...
Chego a uma conclusão depois do final de toda esta aventura: a rotina de uma mulher casada, que trabalha e tem filhos deve ser mais corrida do que a minha sexta-feira. Haja fôlego. Pés que agüentem. Cabeça que não ameace explodir quando o ritmo fica insuportável. Vontade. Paciência. Rotina. Dinheiro para pagar os meios utilizados para conciliar todos os compromissos. Sorriso para mostrar quando a única vontade que se tem é tomar banho e cair na cama.
Sim senhor, eu topo. A minha família vai ser linda...
abril 26, 2003
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