novembro 07, 2006

O verdadeiro castigo do turbilhão é que pensamos em milhões de coisas ao mesmo tempo. Um segundo depois, resta um farelo de raciocínio, rapidamente varrido para o passado. A verdade é que estou vivendo meses em apenas 15 dias. Literalmente. Acreditem em mim. Pode parecer um super clichê, pois estou trabalhando feito uma maluca. Mas em apenas um dia, 24 horas somente, Dante me pegou pela mão e me levou ao Paraíso, ao Inferno, ao Paraíso, Inferno, Inferno, Inferno... Purgatório. Ri horrores de tudo e de muitas coisas. Me estressei. Me cansei. Me orgulhei. Me senti na nuvem de algodão cor de rosa. Cheguei a pensar que a felicidade pudesse ser algo eterno. Cogitei também que o castigo durasse milênios. Revi amigos. Abracei pessoas que estão no meu coração para todo o sempre. Revi inimigos, claro. Às vezes, um ou outro olhar de canto seguia os meus passos pela Praça. Recebi visitas. Tão bom. Descobri novos amigos. Catei novos inimigos. E, novamente, me renovei e mudei toda a minha trajetória como muitos pensavam que seria impossível. Mudar tudo? De novo? Sim. O resultado, no fim desse grande cálculo de duas semanas, é mais positivo do que negativo. Sim, eu ainda estou com vontade de matar o cantor do happy hour do bistrô. Mas até isso teve seu perdão hoje. Eu, que estava lá em cima, num cantinho do céu chamado felicidade, relembrei, pela voz dele, de uma das músicas mais lindas que eu já ouvi. E depois, fiquei cantando na minha cabeça, por horas, horas... Todo mundo sabe que eu faço isso... Então, continuo nesse mundo... de Paixão...

Amo tua voz e tua cor
E teu jeito de fazer amor
Revirando os olhos e o tapete
Suspirando em falsete
Coisas que eu nem sei contar
Ser feliz é tudo que se quer
Ah! Esse maldito fecho eclair
De repente a gente rasga a roupa
E uma febre muito louca
Faz o corpo arrepiar
Depois do terceiro ou quarto copo
Tudo que vier eu topo
Tudo que vier, vem bem
Quando bebo perco o juízo
Não me responsabilizo
Nem por mim, nem por ninguém

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