novembro 20, 2006

A todos os que me perguntam a pergunta...

Dançar de pijama dentro de casa. Passar o dedo no merengue do bolo. Roubar a cereja, é claro. Cantar no chuveiro. Brincar de cabra-cega. Cantar no carro. Carrossel. Cantar na frente do fogão. Gangorra. Cantar mais na frente da pia. Pular amarelinha na calçada. Sorrir para um estranho na sinaleira. Iniciar um conto. Terminar um conto. Passear de mãos dadas. Desejar tudo de bom para os manos. Ficar horas na prateleira escolhendo qual será o próximo livro. Dar um abraço. Jogar conversa fora com o pai e a mãe. Dar um beijo. Compartilhar todo o domingo chuvoso com a Tuti, a segunda cachorrinha mais fofa do universo. Rir, rir muito e durante o fim de semana todo. Ter saudades. Ter liberdade. Ter amigos que te provam que mesmo o fundo do poço é colorido. Acordar cedo, com a luz do sol. Estudar até a cabeça doer. Aprender até tudo ser bom. E, no mar de dúvidas, ter um insight que parece ser a resposta definitiva para o trabalho do fim da pós. Rir com os colegas da aula. E, só com o olhar, trocar as piadas mais infames na frente do professor. Tomar café. Fazer chimarrão. Jogar damas no tabuleiro. E cavalheiros pela janela. Cozinhar. Deixar a água lavar tudo. Colocar hidratante, creme, perfume. Sentir-se cheirosa. Ler uma revista sobre literatura. Ter saudade da praia. Da serra. Do campo. Liberar a vontade de viajar. Fazer as malas. Viajar na cabeça. Longe, bem longe. Apoiar a cabeça nas mãos e fechar os olhos. Adivinhar. Perguntar tudo o que pode ser perguntado. Fazer um churrasco com os amigos em plena segunda-feira ao meio-dia. Brindar o término do trabalho da Feira do Livro com champanhe. Não ter a mínima noção do que será do ano que vem... E não ter a mínima preocupação com isso. Ah... a vida.

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