A essa altura, Blank leu tudo o que conseguiu agüentar, e não achou a menor graça. Num rompante de raiva e frustração reprimidas, atira o manuscrito por cima do ombro com uma guinada violenta do pulso, sem se incomodar nem mesmo em virar a cabeça para onde ele vai parar. Enquanto o calhamaço se agita no ar e depois cai no chão com um baque atrás dele, Blank esmurra a escrivaninha e diz em voz alta: Quando é que vai acabar este absurdo?
Viagens ao scriptorium, de Paul Auster
outubro 17, 2007
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