O pai é aquele homem enorme, mãos grandes, olhos escuros e atentos, voz pausada e grave, gestos precisos como só ele consegue, aquelas passadas seguras, aquele ar de quem sabe o que faz e o que quer. O pai é aquele mundo onde o menino não consegue entrar, aquele mistério para o qual ele não tem resposta, a caixa que não se deixa abrir. A casa parece pequena para ele. A mãe parece curvar-se. Só o coração do menino fala, grita, pensa coisas que a boca não tem coragem de repetir, mas coração de menino não se ouve quando a boca não fala.
das Travessias, de Sergio Napp
janeiro 05, 2009
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4 comentários:
Lurdes, quando comecei a ler fiquei pensando que eu conhecia o texto só não recordava o autor. Olha só que coisa! Surpreendente!
Dos contos é um dos que mais eu gosto. E tenho de confessar, eu até que escrevia bem lá por 1987. Como fui desaprender? snapp.
Luka`s
Quero saber das novidades... como foi o trabalho?!!!
Estou torcendo!!! Hehehehehe
Nos falamos final de semana... sábado ou domingo!!!
Beijos...
Quem é o autor de das Travessias? Daniel Galera.
Estou na campanha "Napp adote a Branquinha".
Muito bonito o texto. Quero ler o resto!
(Posso deixar de lado a vergonha de não ter lido ainda mesmo já conhecendo o autor, né?)
Beijos!!
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