agosto 13, 2006

Tenho ficado exigente. Auto-exigência. Na frente da telinha do notebook, escrevo um texto inteiro, com todo o argumento na cabeça. Escrevo tudo... Reescrevo algumas partes. Leio, leio... Nada parece me agradar. Penso que o raciocínio pode circular de forma diferente. Tento me lembrar de imprimir os sentimentos às linhas. Me apego à simulação dos anseios dos meus leitores. Sim, porque tenho a pretensão de dizer que conheço os meus leitores. Aí, reescrevo uma segunda versão, logo abaixo da inicial. Tudo diferente. Mas tudo muito parecido no fim das contas. Coloco uma música no fone de ouvido. Nem assim.

E a pressão das horas me intimando, para não perder o calendário automático de publicação. Um post por dia, média de quatro comentários por post. Auto-exigência, auto-superação, satisfação inatingível. Sei que às vezes sou o meu pior concorrente, meu mais terrível carrasco, a encarnação daquele mestre absolutamente insatisfeito e descrente do pupilo. Seguro o mouse com delicadeza, seleciono tudo e teclo Del.

Hoje não. Quem sabe amanhã.

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