maio 16, 2008

Se fosse um dia normal, de um tempo normal, eu estacionaria o carro e atravessaria o caminho dando bom dia (ou quase boa tarde) e abanando para algumas pessoas. Subiria pelas escadas (afinal, era um andar só), abriria a porta da sala e , enquanto o computador ligasse, eu iria até o espaço ao lado e diria: "Isso são horas?!" Ele sorriria e me responderia: "Lu Thomé, achei que tu não vinha mais trabalhar. Me abandonou a manhã inteira." E riríamos um pouco. Desceríamos até o restaurante e, antes dos nossos pratos chegarem, eu diria: "Perdi o sono e acabei assistindo Lua de Fel." E passaríamos os próximos tempos falando desse e de outros filmes. Até que ele dissesse: "Não, não... Mas tu não pode falar de cinema se até hoje não viu..." E agora quem pára sou eu. Porque não me lembro sequer qual o título do filme. Se fosse um dia normal, eu diria que, simplesmente, tivera um pesadelo de esquecer tudo ou perder as lembranças. E voltaria à vida que sempre será a desejada... Não importa o que aconteça.

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