junho 04, 2006

É dificil se acostumar com as mudanças. Pelo simples fato de que elas viciam. Tornam-se imprescindíveis como o ar, como colocar uma perna a frente da outra para provocar o deslocamento. Depois de trabalhar-estudar-me-cansar, dediquei o resto do fim de semana a uma tarefa nova: livrar-me de mim mesma. É isso. Livrar minha fala, meu olhar, meu toque, minha influência, minhas produções... Afastar tudo isso de mim mesma. Porque está cansativo esse caminho que escolhi. Está cada vez mais complicado encontrar soluções que provoquem a mudança automática e plena. Sem mencionar o fato de que, mudando tanto, corro o risco de completar a volta inteira e chegar ao mesmíssimo ponto de onde eu parti a primeira vez... Aquela mesma, em que decretei guerra contra o soldado-eu. Então esse será o desafio do mês: farei coisas que eu nunca faria, falarei coisas que eu não falaria, tocarei tudo de jeito diferente. Mesmo que quebre. E mais importante: não escreverei uma linha sequer do que seja eu... Serei outra pessoa e o universo ao mesmo tempo. Talvez melhore um pouco. Mas com certeza a lista dos defeitos aumentará.

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