junho 15, 2006

Há dias tenho tido pesadelos. Diferentes dos habituais, nos quais estou trabalhando durante toda a madrugada, discutindo com alguém aos gritos, ou tentando gritar e sem voz para fazê-lo. Nesta semana tem sido pouco usual. Acordo, no meio da noite, com a sensação de que alguém está no quarto. Mas não uma pessoa somente. Lotes e lotes de pessoas. Elas caminham pelo espaço, se encostam no guarda-roupa. Algumas até sentam discretamente no cantinho do colchão. Elas conversam e não me deixam dormir. Como um encontro de velhos colegas de colégio. E eu ali, com os olhos fechados, escondendo o rosto no travesseiro. O tempo passa, começo a ficar com calor, e eles começam a inventar coisas. Pior: me mandam fazer coisas a noite toda. Inicio todo o processo de estresse e nervosismo. A madrugada é infinitamente menor que a lista de tarefas. Na quarta-feira, tive a nítida impressão de, às 2h59min, dizer para o Mr. Flag: "Tchê, da próxima vez não traga tanta gente para a cama, por favor". Hoje eu vou ter que dar um jeito. Se esse povo está ali esperando drinks e canapés, estão é muito enganados.

Nenhum comentário: